Bloco solicita encontro com Governo para discutir resgate "sem factos consumados"

30-04-2011
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Dando como certo estar-se "prestes a dar início a uma modalidade ainda indefinida de negociação política com as autoridades portuguesas", o dirigente bloquista Luís Fazenda afirma na carta ser este o momento certo para que aquele partido se reúna com o Governo: porque se está prestes a receber a "proposta política que sustenta o acordo de resgate" mas ainda não existem - escreve o BE - "compromissos que vinculem Portugal": "O BE não quis falar sem factos, mas quer discutir sem factos consumados", acrescenta.

Na entrevista concedida ontem à noite à RTP1, o coordenador Francisco Louçã precisou também que a reunião serviria para o BE "apresentar as nossas [suas] contrapropostas, argumentos, razões".

Na entrevista, este dirigente partidário insistiu nas suas propostas "alternativas" ao resgate financeiro.

Voltou a defender uma auditoria à dívida portuguesa. E confirmou não ter recebido qualquer resposta do executivo em relação a essa proposta. Só depois, acrescentou, se deveria equacionar a criação de "um fundo nacional para que se pague o que tem de se pagar". Mas sem esquecer o contributo dos mais ricos para esse esforço.

Para sustentar a reunião solicitada ao Governo, Luís Fazenda lembra a recusa do seu partido em reunir-se com a troika internacional: "Sublinhou a responsabilidade, em termos constitucionais, de o Governo ser o interlocutor juridicamente válido para celebrar acordos de natureza internacional." Também Louçã justificou a opção do Bloco. "Eu falo com o Governo do meu país; é o Governo que responde pelo país", afirmou depois de ter lembrado que as "instituições têm uma legitimidade" que decorre do facto de terem sido eleitas. Algo que faltava ao FMI ou BCE. "É com os eleitores que se tomam as decisões", rematou Francisco Louçã.

Quanto às eleições de 5 de Junho, Louçã mostrou-se seguro: "Nós vamos ganhar mais votos nestas eleições." Votos retirados ao PS, apesar de existirem candidatos mais à esquerda: "Uma vez eleito, Ferro Rodrigues vai votar a redução das pensões", asseverou Louçã.

Dando como certo estar-se "prestes a dar início a uma modalidade ainda indefinida de negociação política com as autoridades portuguesas", o dirigente bloquista Luís Fazenda afirma na carta ser este o momento certo para que aquele partido se reúna com o Governo: porque se está prestes a receber a "proposta política que sustenta o acordo de resgate" mas ainda não existem - escreve o BE - "compromissos que vinculem Portugal": "O BE não quis falar sem factos, mas quer discutir sem factos consumados", acrescenta.

Na entrevista concedida ontem à noite à RTP1, o coordenador Francisco Louçã precisou também que a reunião serviria para o BE "apresentar as nossas [suas] contrapropostas, argumentos, razões".

Na entrevista, este dirigente partidário insistiu nas suas propostas "alternativas" ao resgate financeiro.

Voltou a defender uma auditoria à dívida portuguesa. E confirmou não ter recebido qualquer resposta do executivo em relação a essa proposta. Só depois, acrescentou, se deveria equacionar a criação de "um fundo nacional para que se pague o que tem de se pagar". Mas sem esquecer o contributo dos mais ricos para esse esforço.

Para sustentar a reunião solicitada ao Governo, Luís Fazenda lembra a recusa do seu partido em reunir-se com a troika internacional: "Sublinhou a responsabilidade, em termos constitucionais, de o Governo ser o interlocutor juridicamente válido para celebrar acordos de natureza internacional." Também Louçã justificou a opção do Bloco. "Eu falo com o Governo do meu país; é o Governo que responde pelo país", afirmou depois de ter lembrado que as "instituições têm uma legitimidade" que decorre do facto de terem sido eleitas. Algo que faltava ao FMI ou BCE. "É com os eleitores que se tomam as decisões", rematou Francisco Louçã.

Quanto às eleições de 5 de Junho, Louçã mostrou-se seguro: "Nós vamos ganhar mais votos nestas eleições." Votos retirados ao PS, apesar de existirem candidatos mais à esquerda: "Uma vez eleito, Ferro Rodrigues vai votar a redução das pensões", asseverou Louçã.

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