Caxinas: Seminário Segurança Marítima “Em Defesa da Vida Humana" decorreu ontem nas Caxinas

18-12-2009
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seminário sobre segurança marítima, que decorreu este sábado nas Caxinas

documento final do encontro inclui mais de uma dezena de reivindicações, entre as quais se destaca a «correcta e eficaz coordenação dos meios marítimos e aéreos, públicos e privados, desburocratizando a sua rápida utilização sem a fazer depender dos custos».

contou com cerca de uma centena de participantes, incluindo representantes do Estado-Maior da Armada, Direcção Geral das Pescas, capitanias, autarquias e empresas ligadas ao sector, além de deputados da Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas.

omenagem aos pescadores que morreram em consequência de acidentes e naufrágios, a simulação da utilização de meios de salvamento e a apresentação de novos fatos de oleado para pescadores, mais maleáveis e que já incluem coletes salva-vidas."

"Pescadores e armadores querem que o Governo tome um conjunto de medidas que passam pela entrada em funcionamento, 24 horas por dia, do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), o que só será possível, «com um reforço de, pelo menos, 200 funcionários, com formação específica». Esta é apenas uma das mais de dez exigências feitas ontem, no decurso de um encontro, promovido pelo Sindicato das Pescas do Norte, e que juntou em Caxinas, Vila do Conde, centenas de pessoas ligadas à pesca.

A correcta e eficaz coordenação dos meios marítimos e aéreos, da Marinha, Força Aérea e Protecção Civil, a existência de rebocadores de alto mar em permanência, com capacidade adequada e em número suficiente para cobertura de toda a costa, bem como a reactivação dos postos de rádio existentes nas delegações da Docapesca, fazem também parte do extenso rol de pretensões que os homens do mar querem que o Governo resolva a curto prazo.

No encontro foi também defendida uma análise aprofundada das conclusões das auditorias às operações de salvamento e resgate realizadas na sequência dos acidentes com os barcos ‘Salgueirinha’ e ‘Luz do Sameiro’. Esta reivindicação, “mais do que apurar as devidas responsabilidades”, pretende, segundo o sindicato, criar condições para que sejam “corrigidos falhas e erros”.

A questão da formação dos pescadores foi também amplamente debatida. Cristina Moça, assistente social da Mútua dos Pescadores, foi uma das vozes a ressalvar que «não basta ter meios é preciso saber usá-los».

«Muitos pescadores não aprendem a utilizar determinados equipamentos que têm a bordo, o que impede o seu salvamento. Não sabem utilizar as jangadas e pedem socorro por rádio sem estarem no canal de escuta», salientou.

Os pescadores homenagearam ainda, à margem do seminário, «todos aqueles que morreram no mar». Pescadores, familiares, amigos e entidades oficiais rumaram até à praia e, após uma pequena cerimónia religiosa, atiraram flores ao mar. Elsa Pereira, 61 anos, a quem o mar “levou, há uns anos, um filho e alguns primos” disse ao CM que «a morte deixa uma dor que nunca mais se apaga».

Também Virgínia Pontes lembrava a madrugada do dia 19 de Outubro de 2004, quando perdeu seis familiares, no naufrágio da ‘Salgueirinha’ à entrada do porto de Aveiro. É por isso, disse, que »trazemos connosco uma grande tristeza e o que nos vale é que quando alguém morre, não chora só um, choramos todos».

Iracema Eusébio lamentou o facto de o mar «ser traiçoeiro». »Mas este é o nosso modo de vida. Morremos com ele, mas sem ele não sobrevivemos».

Márcia Vara

"A desburocratização dos meios necessários para operações de socorro no mar, de forma a assegurar a sua rápida utilização, foi uma das principais reivindicações aprovadas no, Vila do CondeOs participantes neste seminário, promovido pelo Sindicato dos Pescadores da Pesca Norte, defenderam ainda a necessidade de existirem «rebocadores de alto mar em prontidão permanente e em número suficiente para cobrir toda a costa».A melhoria dos meios marítimos e aéreos envolvidos nas operações de salvamento marítimo foi outra das reivindicações aprovadas, assim como a necessidade do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) funcionar durante 24 horas. O ISN deve ainda ser dotado com o quadro de pessoal necessário, estimado em 200 profissionais «no mínimo», com a correspondente formação e reciclagem específica para funções de salvamento.Neste encontro foi também defendida uma análise aprofundada das conclusões das auditorias às operações de salvamento e resgate realizadas na sequência dos acidentes com os barcos de pesca 'Salgueirinha' e 'Luz do Sameiro'. Esta reivindicação, «mais do que apurar as devidas responsabilidades», pretende criar condições para que sejam «corrigidas falhas e erros».Na longa lista de reivindicações consta ainda a implementação de estruturas em terra que permitam o normal funcionamento do Sistema de Comunicações para o Salvamento Marítimo, bem como a reactivação dos postos de rádio existentes nas delegações da DOCAPESCA.O reforço das acções de formação dos pescadores e a sua sensibilização para a utilização de meios de segurança adequados foram outras das medidas defendidas pelos participantes neste seminário, que também pretendem a melhoria dos molhes e das entradas das barras e o reforço da sinalização marítima.O seminário, que decorreu no Salão Paroquial das Caxinas, Vila do Conde,A iniciativa, que teve como tema central «Em defesa da vida humana», incluiu uma h

seminário sobre segurança marítima, que decorreu este sábado nas Caxinas

documento final do encontro inclui mais de uma dezena de reivindicações, entre as quais se destaca a «correcta e eficaz coordenação dos meios marítimos e aéreos, públicos e privados, desburocratizando a sua rápida utilização sem a fazer depender dos custos».

contou com cerca de uma centena de participantes, incluindo representantes do Estado-Maior da Armada, Direcção Geral das Pescas, capitanias, autarquias e empresas ligadas ao sector, além de deputados da Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas.

omenagem aos pescadores que morreram em consequência de acidentes e naufrágios, a simulação da utilização de meios de salvamento e a apresentação de novos fatos de oleado para pescadores, mais maleáveis e que já incluem coletes salva-vidas."

"Pescadores e armadores querem que o Governo tome um conjunto de medidas que passam pela entrada em funcionamento, 24 horas por dia, do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), o que só será possível, «com um reforço de, pelo menos, 200 funcionários, com formação específica». Esta é apenas uma das mais de dez exigências feitas ontem, no decurso de um encontro, promovido pelo Sindicato das Pescas do Norte, e que juntou em Caxinas, Vila do Conde, centenas de pessoas ligadas à pesca.

A correcta e eficaz coordenação dos meios marítimos e aéreos, da Marinha, Força Aérea e Protecção Civil, a existência de rebocadores de alto mar em permanência, com capacidade adequada e em número suficiente para cobertura de toda a costa, bem como a reactivação dos postos de rádio existentes nas delegações da Docapesca, fazem também parte do extenso rol de pretensões que os homens do mar querem que o Governo resolva a curto prazo.

No encontro foi também defendida uma análise aprofundada das conclusões das auditorias às operações de salvamento e resgate realizadas na sequência dos acidentes com os barcos ‘Salgueirinha’ e ‘Luz do Sameiro’. Esta reivindicação, “mais do que apurar as devidas responsabilidades”, pretende, segundo o sindicato, criar condições para que sejam “corrigidos falhas e erros”.

A questão da formação dos pescadores foi também amplamente debatida. Cristina Moça, assistente social da Mútua dos Pescadores, foi uma das vozes a ressalvar que «não basta ter meios é preciso saber usá-los».

«Muitos pescadores não aprendem a utilizar determinados equipamentos que têm a bordo, o que impede o seu salvamento. Não sabem utilizar as jangadas e pedem socorro por rádio sem estarem no canal de escuta», salientou.

Os pescadores homenagearam ainda, à margem do seminário, «todos aqueles que morreram no mar». Pescadores, familiares, amigos e entidades oficiais rumaram até à praia e, após uma pequena cerimónia religiosa, atiraram flores ao mar. Elsa Pereira, 61 anos, a quem o mar “levou, há uns anos, um filho e alguns primos” disse ao CM que «a morte deixa uma dor que nunca mais se apaga».

Também Virgínia Pontes lembrava a madrugada do dia 19 de Outubro de 2004, quando perdeu seis familiares, no naufrágio da ‘Salgueirinha’ à entrada do porto de Aveiro. É por isso, disse, que »trazemos connosco uma grande tristeza e o que nos vale é que quando alguém morre, não chora só um, choramos todos».

Iracema Eusébio lamentou o facto de o mar «ser traiçoeiro». »Mas este é o nosso modo de vida. Morremos com ele, mas sem ele não sobrevivemos».

Márcia Vara

"A desburocratização dos meios necessários para operações de socorro no mar, de forma a assegurar a sua rápida utilização, foi uma das principais reivindicações aprovadas no, Vila do CondeOs participantes neste seminário, promovido pelo Sindicato dos Pescadores da Pesca Norte, defenderam ainda a necessidade de existirem «rebocadores de alto mar em prontidão permanente e em número suficiente para cobrir toda a costa».A melhoria dos meios marítimos e aéreos envolvidos nas operações de salvamento marítimo foi outra das reivindicações aprovadas, assim como a necessidade do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) funcionar durante 24 horas. O ISN deve ainda ser dotado com o quadro de pessoal necessário, estimado em 200 profissionais «no mínimo», com a correspondente formação e reciclagem específica para funções de salvamento.Neste encontro foi também defendida uma análise aprofundada das conclusões das auditorias às operações de salvamento e resgate realizadas na sequência dos acidentes com os barcos de pesca 'Salgueirinha' e 'Luz do Sameiro'. Esta reivindicação, «mais do que apurar as devidas responsabilidades», pretende criar condições para que sejam «corrigidas falhas e erros».Na longa lista de reivindicações consta ainda a implementação de estruturas em terra que permitam o normal funcionamento do Sistema de Comunicações para o Salvamento Marítimo, bem como a reactivação dos postos de rádio existentes nas delegações da DOCAPESCA.O reforço das acções de formação dos pescadores e a sua sensibilização para a utilização de meios de segurança adequados foram outras das medidas defendidas pelos participantes neste seminário, que também pretendem a melhoria dos molhes e das entradas das barras e o reforço da sinalização marítima.O seminário, que decorreu no Salão Paroquial das Caxinas, Vila do Conde,A iniciativa, que teve como tema central «Em defesa da vida humana», incluiu uma h

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