JORGE NUNO PINTO DA COSTA: Memórias de Adriaanse

23-05-2011
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Agora que somos quase todos especialistas em Direito Desportivo, depois de uma verdadeira ensaboadela de termos jurídicos, comités de recurso e afins, notícias como esta de Adriaanse, aqui ao lado, são mais acessíveis. Afinal, hoje em dia, falar do TAS é tão simples e natural como falar do tempo. A coisa entranhou-se. É bem capaz de ser mais difícil falar de Adriaanse, mas, à boleia desta informação fresca, vale a pena tentar.HUGO SOUSAPrimeiro, a personalidade, que era desconcertante. Assim de repente, lembro-me das conferências de Imprensa em que ele apareceu visivelmente amuado, limitando-se a responder "sim", "não" ou "talvez", e lembro-me também do dia em que, numa inesperada e descontraída conversa com os jornalistas que acompanhavam o FC Porto na Holanda, Adriaanse perguntou se também morávamos na Foz, como ele. Escusado seria dizer, mas diz-se na mesma, que rebolámos todos de riso. Para quem não conhece o Porto, morar na Foz é coisa para custar uns trocos valentes. Não tanto, ainda assim, como a indemnização que a FIFA o obrigou a pagar por interromper o contrato. Esta parcela à parte, Adriaanse arrisca-se a ser um dos mais rentáveis treinadores de sempre. Vejamos: por entre algumas loucuras, foi ele quem acreditou em Pepe; recuou Bosingwa em definitivo para o lado direito da defesa; apostou em Raul Meireles numa pré-temporada em que todos o davam como dispensado; domou o talento Quaresma. Interrompe-se aqui a lista para dizer que estes estão todos no Europeu. Continuando, Adriaanse teve ainda o mérito de reservar Bruno Alves para o plantel, isto além de construir o meio-campo com Paulo Assunção, Lucho e Meireles. Não é coisa pouca.http://www.ojogo.pt/

Agora que somos quase todos especialistas em Direito Desportivo, depois de uma verdadeira ensaboadela de termos jurídicos, comités de recurso e afins, notícias como esta de Adriaanse, aqui ao lado, são mais acessíveis. Afinal, hoje em dia, falar do TAS é tão simples e natural como falar do tempo. A coisa entranhou-se. É bem capaz de ser mais difícil falar de Adriaanse, mas, à boleia desta informação fresca, vale a pena tentar.HUGO SOUSAPrimeiro, a personalidade, que era desconcertante. Assim de repente, lembro-me das conferências de Imprensa em que ele apareceu visivelmente amuado, limitando-se a responder "sim", "não" ou "talvez", e lembro-me também do dia em que, numa inesperada e descontraída conversa com os jornalistas que acompanhavam o FC Porto na Holanda, Adriaanse perguntou se também morávamos na Foz, como ele. Escusado seria dizer, mas diz-se na mesma, que rebolámos todos de riso. Para quem não conhece o Porto, morar na Foz é coisa para custar uns trocos valentes. Não tanto, ainda assim, como a indemnização que a FIFA o obrigou a pagar por interromper o contrato. Esta parcela à parte, Adriaanse arrisca-se a ser um dos mais rentáveis treinadores de sempre. Vejamos: por entre algumas loucuras, foi ele quem acreditou em Pepe; recuou Bosingwa em definitivo para o lado direito da defesa; apostou em Raul Meireles numa pré-temporada em que todos o davam como dispensado; domou o talento Quaresma. Interrompe-se aqui a lista para dizer que estes estão todos no Europeu. Continuando, Adriaanse teve ainda o mérito de reservar Bruno Alves para o plantel, isto além de construir o meio-campo com Paulo Assunção, Lucho e Meireles. Não é coisa pouca.http://www.ojogo.pt/

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