JORGE NUNO PINTO DA COSTA: Última testemunha do 'Apito' também revela ofertas a árbitros

21-01-2011
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Foram ouvidas ontem no Tribunal de Gondomar as derradeiras seis testemunhas do processo "Apito Dourado". O último a ser inquirido, Agostinho Caetano, antigo presidente do Paredes, reconheceu a oferta de prendas a árbitros - uma "prática normal", a exemplo do que fora admitido por vários dirigentes ao longo das 37 sessões anteriores do julgamento.Caetano, antigo futebolista de Tirsense e FC Porto, liderava o Paredes quando o clube nortenho jogava na Segunda Divisão B, lado a lado com o Gondomar - a equipa implicada no "Apito Dourado", que investiga alegada corrupção e tráfico de influências no futebol nacional. Em tribunal, o ex-dirigente revelou que "era norma" o Paredes oferecer " vinho verde, salvas de prata" e "lanches após os jogos" aos árbitros que apitavam os encontros do clube em casa, mas garantiu que com isso não pretendia exercer qualquer tipo de corrupção sobre os juízes.O antigo jogador falou ainda da relação com Pinto de Sousa (antigo presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e também arguido no processo). "Todos os dirigentes tinham acesso directo para falar, ele era muito acessível", explicou, contando que era hábito pedir a Pinto de Sousa, que "escolhesse os melhores árbitros", mas sem propósito de favorecimento de qualquer emblema. Era para garantir que os juízes "tinham um bom desempenho e aguentavam a pressão, esclareceu o antigo líder do Paredes.Caetano também recordou os dois jogos com o Gondomar, no decorrer da época 2003/04: o Paredes ganhou as partidas e, segundo o ex-presidente, foi beneficiado pelas arbitragens.Ontem, para terminar as 178 inquirições desta fase do processo, deviam ter sido ouvidos, entre outros, Gaspar Silva e Henriques Nunes, mas ambos se negaram a prestar declarações. Silva negou-se por ser arguido num processo paralelo ao "Apito". Nunes, ex-treinador do Gondomar, não quis falar porque o seu irmão, Luís (ex-vogal do Conselho de Arbitragem da FPF), também é arguido no "Apito Dourado".DN

Foram ouvidas ontem no Tribunal de Gondomar as derradeiras seis testemunhas do processo "Apito Dourado". O último a ser inquirido, Agostinho Caetano, antigo presidente do Paredes, reconheceu a oferta de prendas a árbitros - uma "prática normal", a exemplo do que fora admitido por vários dirigentes ao longo das 37 sessões anteriores do julgamento.Caetano, antigo futebolista de Tirsense e FC Porto, liderava o Paredes quando o clube nortenho jogava na Segunda Divisão B, lado a lado com o Gondomar - a equipa implicada no "Apito Dourado", que investiga alegada corrupção e tráfico de influências no futebol nacional. Em tribunal, o ex-dirigente revelou que "era norma" o Paredes oferecer " vinho verde, salvas de prata" e "lanches após os jogos" aos árbitros que apitavam os encontros do clube em casa, mas garantiu que com isso não pretendia exercer qualquer tipo de corrupção sobre os juízes.O antigo jogador falou ainda da relação com Pinto de Sousa (antigo presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e também arguido no processo). "Todos os dirigentes tinham acesso directo para falar, ele era muito acessível", explicou, contando que era hábito pedir a Pinto de Sousa, que "escolhesse os melhores árbitros", mas sem propósito de favorecimento de qualquer emblema. Era para garantir que os juízes "tinham um bom desempenho e aguentavam a pressão, esclareceu o antigo líder do Paredes.Caetano também recordou os dois jogos com o Gondomar, no decorrer da época 2003/04: o Paredes ganhou as partidas e, segundo o ex-presidente, foi beneficiado pelas arbitragens.Ontem, para terminar as 178 inquirições desta fase do processo, deviam ter sido ouvidos, entre outros, Gaspar Silva e Henriques Nunes, mas ambos se negaram a prestar declarações. Silva negou-se por ser arguido num processo paralelo ao "Apito". Nunes, ex-treinador do Gondomar, não quis falar porque o seu irmão, Luís (ex-vogal do Conselho de Arbitragem da FPF), também é arguido no "Apito Dourado".DN

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