último reduto: Olímpicos (II)

22-01-2011
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De quatro em quatro anos repete-se o filme: a comitiva nacional demanda o local dos Jogos depois de ser recebida no Palácio de Belém, ocasião na qual o presidente da República recorda aos atletas dúzia e meia de banalidades (que aliás não domina). Por esses dias, a imprensa enche páginas sem fim com as inúmeras medalhas que estamos condenados a ganhar em modalidades que, nos quatro anos anteriores, terão preenchido (se tanto) dez linhas em cada seis meses. Mas eis que arrancam os jogos, a Telma vai ao tapete e a malta mete os pés na terra. E de caminho ainda aparece o argumento da caminha, tendo o país a oportunidade de ouvir um "atleta" justificar a sua prestação com o facto da prova se realizar de manhã. E de manhã, já se vê, é para estar na caminha - argumentava à RTP o candidato tuga a uma medalha! Uma anedota, portanto, com a agravante de ser paga com o nosso dinheiro.Ainda assim, é bom sinalizar o problema: um país sem política desportiva, sem o mais pequeno projecto de desporto escolar, não pode aspirar a competir de igual para igual com gente normal e que leva a educação física muito a sério. No fundo, para espanto do extraordinário Engº Sócrates e do não menos capaz Laurentino Dias - também ele todo um personagem! -, o problema é os Jogos não serem de computador. E, para piorar o quadro, não virem pré-instalados no novíssimo Magalhães. Na era da computação xuxalista, fosse assim e ninguém nos agarrava.

De quatro em quatro anos repete-se o filme: a comitiva nacional demanda o local dos Jogos depois de ser recebida no Palácio de Belém, ocasião na qual o presidente da República recorda aos atletas dúzia e meia de banalidades (que aliás não domina). Por esses dias, a imprensa enche páginas sem fim com as inúmeras medalhas que estamos condenados a ganhar em modalidades que, nos quatro anos anteriores, terão preenchido (se tanto) dez linhas em cada seis meses. Mas eis que arrancam os jogos, a Telma vai ao tapete e a malta mete os pés na terra. E de caminho ainda aparece o argumento da caminha, tendo o país a oportunidade de ouvir um "atleta" justificar a sua prestação com o facto da prova se realizar de manhã. E de manhã, já se vê, é para estar na caminha - argumentava à RTP o candidato tuga a uma medalha! Uma anedota, portanto, com a agravante de ser paga com o nosso dinheiro.Ainda assim, é bom sinalizar o problema: um país sem política desportiva, sem o mais pequeno projecto de desporto escolar, não pode aspirar a competir de igual para igual com gente normal e que leva a educação física muito a sério. No fundo, para espanto do extraordinário Engº Sócrates e do não menos capaz Laurentino Dias - também ele todo um personagem! -, o problema é os Jogos não serem de computador. E, para piorar o quadro, não virem pré-instalados no novíssimo Magalhães. Na era da computação xuxalista, fosse assim e ninguém nos agarrava.

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