Atletismo « Zona de Ataque

19-12-2009
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O Secretário de Estado da Juventude e do Desporto entrou em directo no «Opinião Pública» da SIC Notícias, como um vulgar telespectador, tentando retirar tempo de antena aos convidados Fernando Mota e Nuno Fernandes e minorar os efeitos devastadores da crítica inocente de Nelson Évora a respeito da falta de condições para treino de Atletismo no Inverno e da possibilidade (por enquanto apenas académica) de o saltador do Benfica passar a treinar e viver em Espanha, como fizeram Carla Sacramento, a nossa última campeã mundial, e Francis Obikwelu, o nosso campeão europeu e medalha de prata olímpica.

O tempo é de acção e Laurentino Dias tem revelado dificuldades em acompanhar o passo de outros membros do Governo, que passam a vida nas televisões a anunciar medidas e inovações, a maioria das quais virtuais, mas nem por isso falhas de efeito mediático e político.

A Lei de Bases ainda não tem regulamentação, nem sinais de vir a ter.

As Universidades não adoptam a tutória dos estudantes-atletas.

O pós-carreira dos atletas não tem solução.

O Estado não cumpre o contrato do Seguro de Carreira em Caso de Vida, cujo prémio de 50 mil euros já devia ter sido atribuído a mais de duas dezenas de atletas que cumpriram os requisitos de doze anos na Alta Competição.

A alta competição nas Federações está estrangulada por falta de verbas, que nem sequer vêem do Orçamento de Estado, mas sim dos jogos da Santa Casa.

As bolsas de Alta Competição e os prémios do Estado pelos resultados internacionais regem-se por uma tabela de 1997.

E quando há um governante que acha que uma atleta como Gustavo Lima «ganhou» do Estado 5.000 euros por mês, sem se dar ao trabalho de explicar o que está por trás dos valores, é todo o desporto de performance que fica seriamente ameaçado. Talvez porque, como ele diz, cada vez que ganham uma medalha lá vêm os atletas protestar contra a falta de apoios. Bom governante deve ser o que não permite a conquista de qualquer medalha e que, por isso, não dá azo a quaisquer protestos...

O sucesso dos desportistas de elite serve para atrair jovens para a prática desportiva. Portugal é o país mais atrasado da Europa nesta matéria, apesar das medalhas e das vitórias de alguns corajosos resistentes.

O Secretário de Estado da Juventude e do Desporto entrou em directo no «Opinião Pública» da SIC Notícias, como um vulgar telespectador, tentando retirar tempo de antena aos convidados Fernando Mota e Nuno Fernandes e minorar os efeitos devastadores da crítica inocente de Nelson Évora a respeito da falta de condições para treino de Atletismo no Inverno e da possibilidade (por enquanto apenas académica) de o saltador do Benfica passar a treinar e viver em Espanha, como fizeram Carla Sacramento, a nossa última campeã mundial, e Francis Obikwelu, o nosso campeão europeu e medalha de prata olímpica.

O tempo é de acção e Laurentino Dias tem revelado dificuldades em acompanhar o passo de outros membros do Governo, que passam a vida nas televisões a anunciar medidas e inovações, a maioria das quais virtuais, mas nem por isso falhas de efeito mediático e político.

A Lei de Bases ainda não tem regulamentação, nem sinais de vir a ter.

As Universidades não adoptam a tutória dos estudantes-atletas.

O pós-carreira dos atletas não tem solução.

O Estado não cumpre o contrato do Seguro de Carreira em Caso de Vida, cujo prémio de 50 mil euros já devia ter sido atribuído a mais de duas dezenas de atletas que cumpriram os requisitos de doze anos na Alta Competição.

A alta competição nas Federações está estrangulada por falta de verbas, que nem sequer vêem do Orçamento de Estado, mas sim dos jogos da Santa Casa.

As bolsas de Alta Competição e os prémios do Estado pelos resultados internacionais regem-se por uma tabela de 1997.

E quando há um governante que acha que uma atleta como Gustavo Lima «ganhou» do Estado 5.000 euros por mês, sem se dar ao trabalho de explicar o que está por trás dos valores, é todo o desporto de performance que fica seriamente ameaçado. Talvez porque, como ele diz, cada vez que ganham uma medalha lá vêm os atletas protestar contra a falta de apoios. Bom governante deve ser o que não permite a conquista de qualquer medalha e que, por isso, não dá azo a quaisquer protestos...

O sucesso dos desportistas de elite serve para atrair jovens para a prática desportiva. Portugal é o país mais atrasado da Europa nesta matéria, apesar das medalhas e das vitórias de alguns corajosos resistentes.

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