O Arquivo: Aborto é contra a dignidade e a paz

03-08-2010
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Bento XVI, na mensagem para a Jornada Mundial da Paz, denuncia que há também as "mortes silenciosas", provocadas "pela fome, pelo aborto, pela experiência com embriões e pela eutanásia".Reconhece que, em muitas ocasiões, "a dignidade (da mulher) não é respeitada". No mesmo dia, na Faculdade de Direito da Universidade do Porto, foi lançada a reimpressão da actual publicação Vida e Direito. Reflexões sobre um Referendo.Porque a Vida é um Direito!, (1998), que contém 50 estudos notáveis e foi prefaciada por António de Sousa Franco.Apresento uma súmula da intervenção que fiz a propósito do aborto. No texto que apresentei na Assembleia da República, em 19 de Outubro p.p., como Declaração de Voto aquando da votação do referendo do aborto, expliquei que tenho profunda discordância quanto a este assunto.Fui a única deputada a votar contra (com um deputado do Partido da Terra).Cito um pouco da Declaração de Voto. O aborto "é sobretudo uma questão de consciência, mas até um assunto pragmático, porque, como nos avisou José Gil: "Portugal arrisca-se a desaparecer na medida em que demograficamente pode haver uma diminuição da população…". José Vera Jardim, a propósito de O Papel da Religião no Mundo Contemporâneo, edição da Fundação Marquês de Pombal, Oeiras, 2001, disse que "o Estado deve criar condições legais e condições materiais para este fenómeno" (religioso em geral).Tais afirmações estão de acordo com o que proponho: adequada prevenção do aborto, apoio à maternidade, agilização da adopção (existem muito mais pedidos de adopção do que crianças adoptáveis), etc…O referendo não vai sequer resolver graves problemas das mulheres. Não quero ver mulheres nos tribunais e, para isso, é necessário alterar em profundidade a legislação… Ao longo dos séculos, Portugal… (foi) pioneiro nas abolições da escravatura e da pena de morte, vanguardista no apoio a crianças, na defesa e valorização das mulheres e nos cuidados para com os mais fracos em geral.Voto contra este Projecto de Resolução, inclusivamente porque gostava que, mais uma vez, Portugal se distinguisse agora por ser pioneiro mundial do Humanismo, numa renovada cultura a favor dos Valores e da Vida".Depois de eu ter escrito a Declaração de Voto, a Comissão Europeia recomendou políticas pró-natalidade, insertas em Cinco maneiras de desactivar a bomba de relógio demográfica. A Alemanha apressou-se a fazê-lo.No Primeiro Fórum sobre o Futuro Demográfico da Europa, realizado em 30 de Outubro p.p., Vladimir Spidla, membro da Comissão Europeia responsável pelo Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades, disse: "uma Europa que promove renovação demográfica é uma Europa em que se procuram criar as pré-condições para que os Europeus estejam aptos a atingir os seus objectivos familiares".Estas políticas europeias pecam por tardias.Entretanto, nos países onde se liberalizou o aborto diminuíram em largos milhares os nascimentos, aumentando o total de abortos (legais+clandestinos), o que contribuiu para o gravíssimo problema do envelhecimento da Europa, tendo-se seguido outras leis atentatórias da Vida, da Dignidade e da Paz. O nosso País tem um défice de 47 mil nascimentos/ano. Desde 1983 verifica-se diminuição contínua do número de partos, tendo nascido menos 900 mil crianças.Portugal, como pioneiro moderno da Vida, concretizaria afinal o sonho do Pe. António Vieira. Está na hora de votar Não ao aborto e de colocar Portugal no mapa mundial do Humanismo do século XXI.MATILDE SOUSA FRANCODeputada na AR(in Ecclesia)Fonte: Jornal da madeira


Bento XVI, na mensagem para a Jornada Mundial da Paz, denuncia que há também as "mortes silenciosas", provocadas "pela fome, pelo aborto, pela experiência com embriões e pela eutanásia".Reconhece que, em muitas ocasiões, "a dignidade (da mulher) não é respeitada". No mesmo dia, na Faculdade de Direito da Universidade do Porto, foi lançada a reimpressão da actual publicação Vida e Direito. Reflexões sobre um Referendo.Porque a Vida é um Direito!, (1998), que contém 50 estudos notáveis e foi prefaciada por António de Sousa Franco.Apresento uma súmula da intervenção que fiz a propósito do aborto. No texto que apresentei na Assembleia da República, em 19 de Outubro p.p., como Declaração de Voto aquando da votação do referendo do aborto, expliquei que tenho profunda discordância quanto a este assunto.Fui a única deputada a votar contra (com um deputado do Partido da Terra).Cito um pouco da Declaração de Voto. O aborto "é sobretudo uma questão de consciência, mas até um assunto pragmático, porque, como nos avisou José Gil: "Portugal arrisca-se a desaparecer na medida em que demograficamente pode haver uma diminuição da população…". José Vera Jardim, a propósito de O Papel da Religião no Mundo Contemporâneo, edição da Fundação Marquês de Pombal, Oeiras, 2001, disse que "o Estado deve criar condições legais e condições materiais para este fenómeno" (religioso em geral).Tais afirmações estão de acordo com o que proponho: adequada prevenção do aborto, apoio à maternidade, agilização da adopção (existem muito mais pedidos de adopção do que crianças adoptáveis), etc…O referendo não vai sequer resolver graves problemas das mulheres. Não quero ver mulheres nos tribunais e, para isso, é necessário alterar em profundidade a legislação… Ao longo dos séculos, Portugal… (foi) pioneiro nas abolições da escravatura e da pena de morte, vanguardista no apoio a crianças, na defesa e valorização das mulheres e nos cuidados para com os mais fracos em geral.Voto contra este Projecto de Resolução, inclusivamente porque gostava que, mais uma vez, Portugal se distinguisse agora por ser pioneiro mundial do Humanismo, numa renovada cultura a favor dos Valores e da Vida".Depois de eu ter escrito a Declaração de Voto, a Comissão Europeia recomendou políticas pró-natalidade, insertas em Cinco maneiras de desactivar a bomba de relógio demográfica. A Alemanha apressou-se a fazê-lo.No Primeiro Fórum sobre o Futuro Demográfico da Europa, realizado em 30 de Outubro p.p., Vladimir Spidla, membro da Comissão Europeia responsável pelo Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades, disse: "uma Europa que promove renovação demográfica é uma Europa em que se procuram criar as pré-condições para que os Europeus estejam aptos a atingir os seus objectivos familiares".Estas políticas europeias pecam por tardias.Entretanto, nos países onde se liberalizou o aborto diminuíram em largos milhares os nascimentos, aumentando o total de abortos (legais+clandestinos), o que contribuiu para o gravíssimo problema do envelhecimento da Europa, tendo-se seguido outras leis atentatórias da Vida, da Dignidade e da Paz. O nosso País tem um défice de 47 mil nascimentos/ano. Desde 1983 verifica-se diminuição contínua do número de partos, tendo nascido menos 900 mil crianças.Portugal, como pioneiro moderno da Vida, concretizaria afinal o sonho do Pe. António Vieira. Está na hora de votar Não ao aborto e de colocar Portugal no mapa mundial do Humanismo do século XXI.MATILDE SOUSA FRANCODeputada na AR(in Ecclesia)Fonte: Jornal da madeira

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