No Diário de Notícias de sábado passado (12-08-2006):«Ao DN, o deputado socialista e vice-presidente da Assembleia da República afirma que "aquilo não se faz, ainda por cima sem dar conhecimento ao comandante supremo das Forças Armadas, que é o Presidente da República". Para Manuel Alegre a decisão é considerada grave, porque "há um conflito instalado de Israel não só com o Hezbollah, mas também com o Estado do Líbano".(...)Entretanto, no PS, o caso da escala do avião nas Lajes tem sido também muito discutido. Para já, e para além da posição do Governo (e, em particular, de Manuel Lobo Antunes), os deputados José Vera Jardim, Vitalino Canas e Leonor Coutinho foram os únicos que comentaram o assunto. Os três pertencem à comissão de Negócios Estrangeiros e mostraram-se de acordo quanto à necessidade de ouvir as explicações do MNE no Parlamento.Mas a autorização não recolhe um parecer consensual. O DN sabe que o sector tido como "soarista" e também o "sampaísta" está reticente quanto à bondade e à utilidade da decisão de deixar aterrar o avião. "Gostava de ter mais elementos", diz Vítor Ramalho, enquanto reserva para o regresso de férias, já com toda a informação, uma tomada de posição. João Cravinho reage assim: "Tenho ouvido falar vagamente disso"... »Compreendo a decisão do Governo. Provavelmente com um voo a descolar, sabe-se lá de onde, a pressionar para efectuar uma escala técnica, a decisão teria que ser muito rápida e pouco reflectida. Mas, Manuel Alegre tem razão quando salienta que o Presidente da República deveria ter sido informado. Um telefonema não poria em causa os timmings da decisão. Tem razão ainda quando afirma que Portugal não deve tomar partido pois o conflito não é só entre Israel e um grupo terrorista mas, também é com um Estado soberano, o Líbano.Curioso, ainda, é o ressuscitar da ala sampaísta, aliás nada que me espante.
Categorias
Entidades
No Diário de Notícias de sábado passado (12-08-2006):«Ao DN, o deputado socialista e vice-presidente da Assembleia da República afirma que "aquilo não se faz, ainda por cima sem dar conhecimento ao comandante supremo das Forças Armadas, que é o Presidente da República". Para Manuel Alegre a decisão é considerada grave, porque "há um conflito instalado de Israel não só com o Hezbollah, mas também com o Estado do Líbano".(...)Entretanto, no PS, o caso da escala do avião nas Lajes tem sido também muito discutido. Para já, e para além da posição do Governo (e, em particular, de Manuel Lobo Antunes), os deputados José Vera Jardim, Vitalino Canas e Leonor Coutinho foram os únicos que comentaram o assunto. Os três pertencem à comissão de Negócios Estrangeiros e mostraram-se de acordo quanto à necessidade de ouvir as explicações do MNE no Parlamento.Mas a autorização não recolhe um parecer consensual. O DN sabe que o sector tido como "soarista" e também o "sampaísta" está reticente quanto à bondade e à utilidade da decisão de deixar aterrar o avião. "Gostava de ter mais elementos", diz Vítor Ramalho, enquanto reserva para o regresso de férias, já com toda a informação, uma tomada de posição. João Cravinho reage assim: "Tenho ouvido falar vagamente disso"... »Compreendo a decisão do Governo. Provavelmente com um voo a descolar, sabe-se lá de onde, a pressionar para efectuar uma escala técnica, a decisão teria que ser muito rápida e pouco reflectida. Mas, Manuel Alegre tem razão quando salienta que o Presidente da República deveria ter sido informado. Um telefonema não poria em causa os timmings da decisão. Tem razão ainda quando afirma que Portugal não deve tomar partido pois o conflito não é só entre Israel e um grupo terrorista mas, também é com um Estado soberano, o Líbano.Curioso, ainda, é o ressuscitar da ala sampaísta, aliás nada que me espante.