A Cinco Tons: Que raio, porque não terei eu o meu direito ao espreguiçar?

07-08-2010
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Desenho: Sandra Lagua

Amigos!
A luta consiste precisamente no direito a espreguiçar.
Que sentido faz viver numa sociedade tecnologicamente desenvolvida, com robots especializados em tudo o que é trabalho mecânico senão o direito a espreguiçar?
Existirá nas nossas mentes mamíferas um cúmulo maior de felicidade do que o espreguiçar?
O poder pelo poder?
A acumulação de capital, o aforro?
Essa fabulosa utopia da felicidade?
Não!!!
O espreguiçar!
É pelo direito à preguiça que devemos lutar.
O paradigma social do direito ao trabalho, da produção de riqueza, da criação de mais valia, é uma virtualidade.
Temos de exigir, temos de lutar, temos de nos bater pelo direito ao espreguiçar.
Onde param os lucros do trabalho de todos nós, para que servem as novas tecnologias de comunicação,o que aprendem os nossos filhos nas escolas?
Melhor dizendo; será que as escolas ensinam a ser ou apenas a fazer?
Porque será que temos que depositar os nossos filhos numa instituição 8 horas por dia, as mesmas horas que dedicamos ao nosso estéril quotidiano "produtivo"?
O que será que pretendemos?
Quem se aproveita do trabalho infantil?
Quem se aproveita dos retrovirais em África e da sobrepopulação na Ásia e da deflorestação e da angústia de ter filhos em Gaza e no Sudão e em qualquer outro lado do mundo?
Será assim tão difícil a nós que para aqui andamos com a cabeça entre as orelhas assimilar o conceito tão simples, tão elementar, de que as coisas se foram mudando para que tudo se mantivesse na mesma?
Cá por mim, cuja aspiração é cumprir os meus desígnios, ter livros, ter papel,canetas e tinta; a solução passa por aí.
Que raio, porque não terei eu o meu direito ao espreguiçar?

M. Sampaio
19 Janeiro, 2010 18:01


 
Desenho: Sandra Lagua

Amigos!
A luta consiste precisamente no direito a espreguiçar.
Que sentido faz viver numa sociedade tecnologicamente desenvolvida, com robots especializados em tudo o que é trabalho mecânico senão o direito a espreguiçar?
Existirá nas nossas mentes mamíferas um cúmulo maior de felicidade do que o espreguiçar?
O poder pelo poder?
A acumulação de capital, o aforro?
Essa fabulosa utopia da felicidade?
Não!!!
O espreguiçar!
É pelo direito à preguiça que devemos lutar.
O paradigma social do direito ao trabalho, da produção de riqueza, da criação de mais valia, é uma virtualidade.
Temos de exigir, temos de lutar, temos de nos bater pelo direito ao espreguiçar.
Onde param os lucros do trabalho de todos nós, para que servem as novas tecnologias de comunicação,o que aprendem os nossos filhos nas escolas?
Melhor dizendo; será que as escolas ensinam a ser ou apenas a fazer?
Porque será que temos que depositar os nossos filhos numa instituição 8 horas por dia, as mesmas horas que dedicamos ao nosso estéril quotidiano "produtivo"?
O que será que pretendemos?
Quem se aproveita do trabalho infantil?
Quem se aproveita dos retrovirais em África e da sobrepopulação na Ásia e da deflorestação e da angústia de ter filhos em Gaza e no Sudão e em qualquer outro lado do mundo?
Será assim tão difícil a nós que para aqui andamos com a cabeça entre as orelhas assimilar o conceito tão simples, tão elementar, de que as coisas se foram mudando para que tudo se mantivesse na mesma?
Cá por mim, cuja aspiração é cumprir os meus desígnios, ter livros, ter papel,canetas e tinta; a solução passa por aí.
Que raio, porque não terei eu o meu direito ao espreguiçar?

M. Sampaio
19 Janeiro, 2010 18:01

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