A Cinco Tons: Faleceu o radialista António Sérgio

05-08-2010
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foto Rita Carmo/BlitzLisboa, 01 Nov (Lusa) - O radialista António Sérgio faleceu na noite de sábado, vítima de um problema cardíaco, aos 59 anos, das quais mais de 40 anos foram ao serviço da rádio, disse à Agência Lusa Luis Montez, dono da Rádio Radar.António Sérgio fazia actualmente o programa "Viriato 25" da rádio Radar, tendo inclusivamente estado em estúdio a gravar o programa da próxima semana, que será posto no ar tal como previsto, garantiu Luís Montez.O dono da Radar qualificou António Sérgio como "um mestre da rádio, uma referência" ou o "John Peel português". Montez afirmou que o radialista era um exemplo de trabalho e dedicação e "estava sempre preocupado com os ouvintes".A morte de António Sérgio no Público. No BlitzNa TSF Na Antena 1Recordar António Sérgio a 4 de Agosto último, no programa 5 Para a Meia-Noite, na RTP.A Homenagem de Carlos Júlio:A minha homenagem também ao imenso profissional de rádio que foi o António Sérgio. Nunca fui muito virado para a música, nunca o conheci pessoalmente, embora tivessemos trabalhado juntos na mesma empresa, mas o que eu gostava daquele vozeirão e da "queda" que o António Sérgio tinha para músicas, músicos e projectos sempre politicamente incorrectos e inovadoramente sugestivos! Ouvi há pouco o Nuno Santos na TSF dizer que com a morte de António Sérgio acaba uma geração da rádio. Concordo. Ele foi um dos últimos resistentes às play list e às rádios que apenas passam os êxitos musicais do momento. E onde já morreu o prazer da descoberta e da surpresa. Ou seja: uma rádio que está a preparar a sua própria morte, a morte daquilo que fez e foi, e deveria ser, de um modo geral, sempre a sua essência: o piscar de olho ao ouvinte, o supreendê-lo com uma flor, uma música, um texto. E, à sua maneira, era isso mesmo que o António Sérgio fazia a cada um de nós sempre que o ouvíamos nas várias estações em que trabalhou e que, no fundo, eram sempre a mesma: a sua e a nossa telefonia, a caixa através da qual a capacidade de seduzir continua a ser a única taxa credível para medir as audiências. A pergunta não é, de facto, quantos ouvintes temos. A pergunta deve ser feita de outro modo: quantos ouvintes se deixaram seduzir e aumentaram a sua capacidade de sedução ao ouvirem esta ou aquela estação emissora? Talvez assim esta coisa da rádio voltasse a ser o que sempre foi: um espaço de autenticidade, de sedução e de criatividade.Mais a frio, (22:30h) a minha homenagem:Trago comigo a paixão da rádio. Grande parte da magia que me trouxe para a rádio foi passada por António Sérgio naquelas longas noites nos idos de 80 em que o Som da Frente era imprescindível.Noventa por cento ou mais da música que oiço e guardo nas prateleiras foram-me apresentadas por António Sérgio.Ainda agora, volta e meia assegurava um posto de escuta na internet para ouvir Viriato 25 na Radar FM.Há uns anos conheci o Paulo, filho de António Sérgio. Que bons dias passámos em Évora à volta da rádio e do (então) último álbum dos Pearl Jam. É para ele o meu abraço nesta hora triste.Um bom pedaço da Rádio morreu hoje com a partida de António Sérgio.Guardo-o na memória:"Sintoniza o FM Stéreo da Rádio Comercial. Som da Frente, boa noite. Emissão de segunda-feira. Dupla hora até às 3..."


foto Rita Carmo/BlitzLisboa, 01 Nov (Lusa) - O radialista António Sérgio faleceu na noite de sábado, vítima de um problema cardíaco, aos 59 anos, das quais mais de 40 anos foram ao serviço da rádio, disse à Agência Lusa Luis Montez, dono da Rádio Radar.António Sérgio fazia actualmente o programa "Viriato 25" da rádio Radar, tendo inclusivamente estado em estúdio a gravar o programa da próxima semana, que será posto no ar tal como previsto, garantiu Luís Montez.O dono da Radar qualificou António Sérgio como "um mestre da rádio, uma referência" ou o "John Peel português". Montez afirmou que o radialista era um exemplo de trabalho e dedicação e "estava sempre preocupado com os ouvintes".A morte de António Sérgio no Público. No BlitzNa TSF Na Antena 1Recordar António Sérgio a 4 de Agosto último, no programa 5 Para a Meia-Noite, na RTP.A Homenagem de Carlos Júlio:A minha homenagem também ao imenso profissional de rádio que foi o António Sérgio. Nunca fui muito virado para a música, nunca o conheci pessoalmente, embora tivessemos trabalhado juntos na mesma empresa, mas o que eu gostava daquele vozeirão e da "queda" que o António Sérgio tinha para músicas, músicos e projectos sempre politicamente incorrectos e inovadoramente sugestivos! Ouvi há pouco o Nuno Santos na TSF dizer que com a morte de António Sérgio acaba uma geração da rádio. Concordo. Ele foi um dos últimos resistentes às play list e às rádios que apenas passam os êxitos musicais do momento. E onde já morreu o prazer da descoberta e da surpresa. Ou seja: uma rádio que está a preparar a sua própria morte, a morte daquilo que fez e foi, e deveria ser, de um modo geral, sempre a sua essência: o piscar de olho ao ouvinte, o supreendê-lo com uma flor, uma música, um texto. E, à sua maneira, era isso mesmo que o António Sérgio fazia a cada um de nós sempre que o ouvíamos nas várias estações em que trabalhou e que, no fundo, eram sempre a mesma: a sua e a nossa telefonia, a caixa através da qual a capacidade de seduzir continua a ser a única taxa credível para medir as audiências. A pergunta não é, de facto, quantos ouvintes temos. A pergunta deve ser feita de outro modo: quantos ouvintes se deixaram seduzir e aumentaram a sua capacidade de sedução ao ouvirem esta ou aquela estação emissora? Talvez assim esta coisa da rádio voltasse a ser o que sempre foi: um espaço de autenticidade, de sedução e de criatividade.Mais a frio, (22:30h) a minha homenagem:Trago comigo a paixão da rádio. Grande parte da magia que me trouxe para a rádio foi passada por António Sérgio naquelas longas noites nos idos de 80 em que o Som da Frente era imprescindível.Noventa por cento ou mais da música que oiço e guardo nas prateleiras foram-me apresentadas por António Sérgio.Ainda agora, volta e meia assegurava um posto de escuta na internet para ouvir Viriato 25 na Radar FM.Há uns anos conheci o Paulo, filho de António Sérgio. Que bons dias passámos em Évora à volta da rádio e do (então) último álbum dos Pearl Jam. É para ele o meu abraço nesta hora triste.Um bom pedaço da Rádio morreu hoje com a partida de António Sérgio.Guardo-o na memória:"Sintoniza o FM Stéreo da Rádio Comercial. Som da Frente, boa noite. Emissão de segunda-feira. Dupla hora até às 3..."

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