made in viseu: opinião

21-01-2011
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Dar o dito por não dito Por: Almeida Henriques*A reunião da Assembleia Municipal de Viseu ficou marcada pelo debate sobre o encerramento da 2ª. Repartição de Finanças de Viseu, com a aprovação de duas moções no mesmo sentido, evitar a consumação desta vontade do Governo.Ficou bem patente o embaraço da bancada socialista, que há três meses afirmava peremptoriamente que este assunto não estava na agenda política, vendo-se agora na contingência de dar o dito por não dito.Não se percebe que o Secretário de Estado da Administração Local venha dizer que não concorda com uma decisão do Governo de qual faz parte, devia ter actuado por antecipação, embora ainda vá a tempo, aplaudiremos um recuo do Governo nesta matéria.Mas, pelos vistos, está na moda dar o dito por não dito, já não é um exclusivo do líder socialista no distrito ou do ex Governador Civil, agora Deputado, também o Secretário de Estado do Comércio vem dizer que não percebe a polémica das suas palavras sobre a deslocalização da Loja do Cidadão.Afinal de contas, o que disse foi só um “exercício teórico” divorciado da realidade, tratava-se de abordar a necessidade de existirem “âncoras” no centro histórico, deu o exemplo da loja do cidadão como poderia ter dado o da “Zara”.Irresponsabilidade a mais, também cansa!Afinal de contas, quando um membro do Governo fala, deve faze-lo em nome do colectivo que é o Executivo que trata dos destinos da Nação, não estamos a falar de uma qualquer conversa de café ou de um cidadão comum que exprime as suas opiniões, mas sim de declarações que criam justas expectativas.Várias vezes tenho afirmado, em artigos e intervenções no Parlamento, que o Governo não entende o que se passa no comércio de proximidade e nos Pólos Urbanos, este membro do executivo diz os maiores disparates com ar de quem está a fazer uma declaração solene da qual depende o futuro do País.Foi irresponsável ao criar expectativas da deslocalização da Loja do Cidadão, como está a ser quando persiste num remédio, o Modcom, que não cura o doente.Veio a Viseu reafirmar o que tem dito, o Modcom, sistema de incentivos ao comércio, é um sucesso e é lançada uma nova linha.Mais uma vez a pontaria está errada, de que serve incentivar o comerciante a efectuar obras de remodelação e modernização do estabelecimento, investindo mais dinheiro, quando o problema é a falta de movimento nos centros históricos e falta de clientes que entrem nas lojas?Tenho afirmado que é o “MorreCom” pois o comerciante, ao efectuar o investimento, morre mais depressa, pois tem que pagar as despesas que efectuou sem ter garantias que o seu movimento e facturação vão aumentar.Faria mais sentido criar um Fundo que permitisse uma “task force” entre comerciantes, Associação Comercial, Governo e Autarquia, que permitisse criar uma dinâmica de Centro Comercial de Céu Aberto, com modernização de lojas, criação de âncoras (como a Zara ou a Loja do Cidadão), dinâmicas colectivas que permitissem concorrer com as outras superfícies existentes.Ao invés, o Secretário de Estado do Comércio anda há cinco anos a lançar o Modcom 1, 2, 3, 4 e agora o 5, uma aspirina que nem faz mal nem faz bem, não percebendo que o doente, o comércio tradicional ou de proximidade, precisa de um tratamento de choque que passa pelos cuidados intensivos, antibiótico e medicação adequada.Triste figura veio fazer a Viseu, dar o dito por não dito a propósito da Loja do Cidadão e trazer uma mão cheia de nada para o comércio de proximidade, com a voz crítica e clarividente do Presidente da Associação Comercial e com o “coro” politicamente correcto do Governador Civil.Quando não se tem imaginação e não se aplicam as politicas correctas, o importante é fazer de contas que se está a governar e a resolver os problemas, é triste mas é verdade.*António Almeida Henriques Deputado do PSD


Dar o dito por não dito Por: Almeida Henriques*A reunião da Assembleia Municipal de Viseu ficou marcada pelo debate sobre o encerramento da 2ª. Repartição de Finanças de Viseu, com a aprovação de duas moções no mesmo sentido, evitar a consumação desta vontade do Governo.Ficou bem patente o embaraço da bancada socialista, que há três meses afirmava peremptoriamente que este assunto não estava na agenda política, vendo-se agora na contingência de dar o dito por não dito.Não se percebe que o Secretário de Estado da Administração Local venha dizer que não concorda com uma decisão do Governo de qual faz parte, devia ter actuado por antecipação, embora ainda vá a tempo, aplaudiremos um recuo do Governo nesta matéria.Mas, pelos vistos, está na moda dar o dito por não dito, já não é um exclusivo do líder socialista no distrito ou do ex Governador Civil, agora Deputado, também o Secretário de Estado do Comércio vem dizer que não percebe a polémica das suas palavras sobre a deslocalização da Loja do Cidadão.Afinal de contas, o que disse foi só um “exercício teórico” divorciado da realidade, tratava-se de abordar a necessidade de existirem “âncoras” no centro histórico, deu o exemplo da loja do cidadão como poderia ter dado o da “Zara”.Irresponsabilidade a mais, também cansa!Afinal de contas, quando um membro do Governo fala, deve faze-lo em nome do colectivo que é o Executivo que trata dos destinos da Nação, não estamos a falar de uma qualquer conversa de café ou de um cidadão comum que exprime as suas opiniões, mas sim de declarações que criam justas expectativas.Várias vezes tenho afirmado, em artigos e intervenções no Parlamento, que o Governo não entende o que se passa no comércio de proximidade e nos Pólos Urbanos, este membro do executivo diz os maiores disparates com ar de quem está a fazer uma declaração solene da qual depende o futuro do País.Foi irresponsável ao criar expectativas da deslocalização da Loja do Cidadão, como está a ser quando persiste num remédio, o Modcom, que não cura o doente.Veio a Viseu reafirmar o que tem dito, o Modcom, sistema de incentivos ao comércio, é um sucesso e é lançada uma nova linha.Mais uma vez a pontaria está errada, de que serve incentivar o comerciante a efectuar obras de remodelação e modernização do estabelecimento, investindo mais dinheiro, quando o problema é a falta de movimento nos centros históricos e falta de clientes que entrem nas lojas?Tenho afirmado que é o “MorreCom” pois o comerciante, ao efectuar o investimento, morre mais depressa, pois tem que pagar as despesas que efectuou sem ter garantias que o seu movimento e facturação vão aumentar.Faria mais sentido criar um Fundo que permitisse uma “task force” entre comerciantes, Associação Comercial, Governo e Autarquia, que permitisse criar uma dinâmica de Centro Comercial de Céu Aberto, com modernização de lojas, criação de âncoras (como a Zara ou a Loja do Cidadão), dinâmicas colectivas que permitissem concorrer com as outras superfícies existentes.Ao invés, o Secretário de Estado do Comércio anda há cinco anos a lançar o Modcom 1, 2, 3, 4 e agora o 5, uma aspirina que nem faz mal nem faz bem, não percebendo que o doente, o comércio tradicional ou de proximidade, precisa de um tratamento de choque que passa pelos cuidados intensivos, antibiótico e medicação adequada.Triste figura veio fazer a Viseu, dar o dito por não dito a propósito da Loja do Cidadão e trazer uma mão cheia de nada para o comércio de proximidade, com a voz crítica e clarividente do Presidente da Associação Comercial e com o “coro” politicamente correcto do Governador Civil.Quando não se tem imaginação e não se aplicam as politicas correctas, o importante é fazer de contas que se está a governar e a resolver os problemas, é triste mas é verdade.*António Almeida Henriques Deputado do PSD

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