A Cinco Tons: O prazer de pensar

03-08-2010
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Magnificosestes filósofosNo passado fim de semana, alguém que conhece bem os meus interesses, ofereceu-me um pequeno livro que devorei com enorme gosto: "Em busca da identidade - o desnorte" do filósofo português José Gil.Andava eu ainda com as ideias de Gil a povoar-me o pensamento, a cogitar nessa "capacidade que temos de viver o local como global", que Gil diz ser um dos traços da nossa identidade, e dos reflexos disto na campanha autárquica em curso...Quando hoje recebo no correio (tradicional) um outro livro, ou uma alegria já esperada: "Para lá do Ocidente" foi editado há poucos dias em Itália, assinado por António Valleriani, um outro filósofo que das questões da identidade passou às da alteridade.(Edições unicopli)Começa assim este livro:" A modernidade do Ocidente apresenta-se históricamente como modelo único e superior a todas as outras culturas do planeta, tornando-se o protagonista exclusivo da História do mundo, o único real, que exclui a infinita pluralidade de vozes da vida da periferia, cuja riqueza de histórias é reduzida ao silêncio" (tradução minha)Conheço o autor e sei que tem tudo a ver connosco. Com o ser Português, também com uma certa identidade de Évora. Valleriani defende a necessidade de nos descobrirmos "para lá do Ocidente que, com a sua suposta superioridade antropológica, gerou o colonialismo e o imperialismo".Far-nos-ia bem, certamente, aceitarmos a sugestão. Para não prolongarmos repetidas e desajustadas dominações. Nem outra vez os mesmos erros sob véus de novos tecidos.


Magnificosestes filósofosNo passado fim de semana, alguém que conhece bem os meus interesses, ofereceu-me um pequeno livro que devorei com enorme gosto: "Em busca da identidade - o desnorte" do filósofo português José Gil.Andava eu ainda com as ideias de Gil a povoar-me o pensamento, a cogitar nessa "capacidade que temos de viver o local como global", que Gil diz ser um dos traços da nossa identidade, e dos reflexos disto na campanha autárquica em curso...Quando hoje recebo no correio (tradicional) um outro livro, ou uma alegria já esperada: "Para lá do Ocidente" foi editado há poucos dias em Itália, assinado por António Valleriani, um outro filósofo que das questões da identidade passou às da alteridade.(Edições unicopli)Começa assim este livro:" A modernidade do Ocidente apresenta-se históricamente como modelo único e superior a todas as outras culturas do planeta, tornando-se o protagonista exclusivo da História do mundo, o único real, que exclui a infinita pluralidade de vozes da vida da periferia, cuja riqueza de histórias é reduzida ao silêncio" (tradução minha)Conheço o autor e sei que tem tudo a ver connosco. Com o ser Português, também com uma certa identidade de Évora. Valleriani defende a necessidade de nos descobrirmos "para lá do Ocidente que, com a sua suposta superioridade antropológica, gerou o colonialismo e o imperialismo".Far-nos-ia bem, certamente, aceitarmos a sugestão. Para não prolongarmos repetidas e desajustadas dominações. Nem outra vez os mesmos erros sob véus de novos tecidos.

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