A Cinco Tons: Afinal, apenas vis e banais mentirosos

05-08-2010
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Acabo de me levantar e estou ainda um bocado "zonzo" com o que leio na imprensa matinal. Não é que não soubesse ou não suspeitasse. Suspeitava e talvez soubesse, mas nunca tinha tido a percepção tão nítida e abrangente de que um conjunto alargado de personagens que têm tido lugares de estrelato, seja político, empresarial ou mediático, na sociedade portuguesa, não passam de grandes mentirosos, com tudo o que isso implica de má formação humana, falta de integridade e de verticalidade. Não me interessa se Granadeiro está a falar verdade ou se Morais Sarmento mente; se Pais do Amaral diz a verdade ou se Eduardo Moniz inventa; para mim, agora, é irrelevante se Sócrates, Vara, Penedos falam verdade ou se Mário Crespo e Manuela Moura Guedes estão a mentir. O que sei é que alguns estão a mentir e outros, eventualmente, falarão verdade. Não se trata de divergências de factos ou de interpretação de atitudes: trata-se de mentiras. E quando se tem esta noção, assim clara como água, que protagonistas de relevo, como os que atrás nomeei, mentem descaradamente (uma das mais vis características de um ser humano, na minha modesta opinião) que outras fraquezas humanas, desta ou de outra índole, os não habitarão?Se fosse numa aldeia das nossas e o senhor Luís da Mercearia e o Zé do Talho mentissem desta maneira tão evidente, sobre factos que só podem ter uma leitura, seriam desconsiderados por toda a gente, a sua palavra deixaria de ter valor e, talvez, tivessem que emigrar para outra aldeia mais longe ou então para uma qualquer cidade de forma a melhor poderem reconstruir a vida. E uma palavra os definiria, para todo o sempre, na aldeia onde tudo se passara: mentirosos.Parece-me ser este o caso, a nível nacional, com o alegado plano de controle da comunicação social e das interferências políticas nos media. E dá bem a ideia da falta de valores e de idoneidade de grande parte da classe dirigente (seja política, empresarial, mediática, etc., etc.) que nos enche as televisões, os jornais e as revistas, sempre com renovados discursos éticos e morais que, vê-se agora, pouco mais são do palavras ocas, e a quem temos pago lautos e luxuosos pequenos-almoços, almoços, lanches, jantares e até requintadas ceias. Mas cujas dignidade moral e integridade humanas pouco mais valem do que areia atirada ao vento.


Acabo de me levantar e estou ainda um bocado "zonzo" com o que leio na imprensa matinal. Não é que não soubesse ou não suspeitasse. Suspeitava e talvez soubesse, mas nunca tinha tido a percepção tão nítida e abrangente de que um conjunto alargado de personagens que têm tido lugares de estrelato, seja político, empresarial ou mediático, na sociedade portuguesa, não passam de grandes mentirosos, com tudo o que isso implica de má formação humana, falta de integridade e de verticalidade. Não me interessa se Granadeiro está a falar verdade ou se Morais Sarmento mente; se Pais do Amaral diz a verdade ou se Eduardo Moniz inventa; para mim, agora, é irrelevante se Sócrates, Vara, Penedos falam verdade ou se Mário Crespo e Manuela Moura Guedes estão a mentir. O que sei é que alguns estão a mentir e outros, eventualmente, falarão verdade. Não se trata de divergências de factos ou de interpretação de atitudes: trata-se de mentiras. E quando se tem esta noção, assim clara como água, que protagonistas de relevo, como os que atrás nomeei, mentem descaradamente (uma das mais vis características de um ser humano, na minha modesta opinião) que outras fraquezas humanas, desta ou de outra índole, os não habitarão?Se fosse numa aldeia das nossas e o senhor Luís da Mercearia e o Zé do Talho mentissem desta maneira tão evidente, sobre factos que só podem ter uma leitura, seriam desconsiderados por toda a gente, a sua palavra deixaria de ter valor e, talvez, tivessem que emigrar para outra aldeia mais longe ou então para uma qualquer cidade de forma a melhor poderem reconstruir a vida. E uma palavra os definiria, para todo o sempre, na aldeia onde tudo se passara: mentirosos.Parece-me ser este o caso, a nível nacional, com o alegado plano de controle da comunicação social e das interferências políticas nos media. E dá bem a ideia da falta de valores e de idoneidade de grande parte da classe dirigente (seja política, empresarial, mediática, etc., etc.) que nos enche as televisões, os jornais e as revistas, sempre com renovados discursos éticos e morais que, vê-se agora, pouco mais são do palavras ocas, e a quem temos pago lautos e luxuosos pequenos-almoços, almoços, lanches, jantares e até requintadas ceias. Mas cujas dignidade moral e integridade humanas pouco mais valem do que areia atirada ao vento.

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