A Cinco Tons: Modernices. Qualquer dia começam a fumar

05-08-2010
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Quando ouvi a notícia esta manhã pensei que havia algum exagero. Chego a casa e vejo que não: no meio da maior crise económica das últimas décadas; no mês em que os portugueses foram espoliados de parte significativa dos seus rendimentos e em que muitos de nós estamos a pagar os custo de, durante anos, alguns (poucos) terem vivido acima das suas possibilidades, vem o PS e o Governo com essa proposta inaudita de cortar e mexer nos feriados. Como se daí adviesse algo de positivo. Ou como se fosse algo de urgente. São estes os grandes temas em que o PS pensa que os portugueses estão interessados (e que só mentes doentes podem pensar como prioritários, num momento como aquele que atravessamos) ou será mais uma manobra de diversão tão ao gosto dos estrategas menores e criadores de cenários de que este executivo dispõe às dezenas? E já agora: não eram as deputadas, católicas por sinal, que agora lideram esta iniciativa, que há uns meses atrás, quando se discutia o casamento de pessoas do mesmo sexo, quem dizia que era "um assunto" extemporâneo, que não tinha urgência em ser aprovado e que se deveria primeiro gerar um grande debate nacional? E avança-se agora para o fim (fala-se de 4) e para a alteração de alguns feriados (e da mesma natureza é aquela idiotice dos chips nos carros), assim, de "um pé para a mão"? Com tanta modernice, como ainda se diz no Alentejo profundo, qualquer dia ainda começam a fumar.


Quando ouvi a notícia esta manhã pensei que havia algum exagero. Chego a casa e vejo que não: no meio da maior crise económica das últimas décadas; no mês em que os portugueses foram espoliados de parte significativa dos seus rendimentos e em que muitos de nós estamos a pagar os custo de, durante anos, alguns (poucos) terem vivido acima das suas possibilidades, vem o PS e o Governo com essa proposta inaudita de cortar e mexer nos feriados. Como se daí adviesse algo de positivo. Ou como se fosse algo de urgente. São estes os grandes temas em que o PS pensa que os portugueses estão interessados (e que só mentes doentes podem pensar como prioritários, num momento como aquele que atravessamos) ou será mais uma manobra de diversão tão ao gosto dos estrategas menores e criadores de cenários de que este executivo dispõe às dezenas? E já agora: não eram as deputadas, católicas por sinal, que agora lideram esta iniciativa, que há uns meses atrás, quando se discutia o casamento de pessoas do mesmo sexo, quem dizia que era "um assunto" extemporâneo, que não tinha urgência em ser aprovado e que se deveria primeiro gerar um grande debate nacional? E avança-se agora para o fim (fala-se de 4) e para a alteração de alguns feriados (e da mesma natureza é aquela idiotice dos chips nos carros), assim, de "um pé para a mão"? Com tanta modernice, como ainda se diz no Alentejo profundo, qualquer dia ainda começam a fumar.

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