A Cinco Tons: Depois das galinhas as toupeiras

05-08-2010
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Com a devida vénia às editoras da Pnetpopular, aqui ficam as Décimas de Domingos José Pinto, que receberam uma "menção honrosa" no primeiro concurso de poesia popular da Terrugem:MOTEAndo a espreitar uma topeiraLá dentro do meu quintalDa caçar não há maneiraEsse maldito animalIPasso a noite passo o diaAté parece impossívelAquele animal terrívelCom chuva ou com maresiaLá anda na galeriaÓu ela ó a companheiraÉ daninha e traiçoeiraLá no meio da escuridãoCom a feramenta na mãoAndo a espreitar uma topeiraIIQuando ela as unhas aferraLogo pela madrugadaLá vou eu com a enxadaAlisar aquela terraÉ um viver sempre em guerraTomara dar-lhe o finalNão há bicho que a igualCava por todos os ladosVou tendo os alhos chupadosLá dentro do meu quintalIIIFura por todas as partesÉ pior do que uma brocaHaver se encontra a minhocaLá na leira dos tomatesSempre me foge aos encartesPara debaixo de uma roseiraPassei uma manhã inteiraEspereitando esses traidoresJá abrasado em caloresDa caçar não há maneiraIVTinha lá uns pimentõesQue até dava gosto vê-losTém me arripiado os grelosDe lhe dar tantos pochõesJá me engelhou os feijõesPara mexer não tem rivalTão pequena e só faz malJá brinca com o hortelãoPara furar é um furãoEste maldito animalREMATETém um pelo luzidioOlheia com atençãoPalpeia com a mãoNão vi pelo mais macioSenti logo um arripioLá à porta da moradaMeti-lhe logo a enxadaQuando estava descobertaFicou com as pernas abertaE a boca ensanguentada.


Com a devida vénia às editoras da Pnetpopular, aqui ficam as Décimas de Domingos José Pinto, que receberam uma "menção honrosa" no primeiro concurso de poesia popular da Terrugem:MOTEAndo a espreitar uma topeiraLá dentro do meu quintalDa caçar não há maneiraEsse maldito animalIPasso a noite passo o diaAté parece impossívelAquele animal terrívelCom chuva ou com maresiaLá anda na galeriaÓu ela ó a companheiraÉ daninha e traiçoeiraLá no meio da escuridãoCom a feramenta na mãoAndo a espreitar uma topeiraIIQuando ela as unhas aferraLogo pela madrugadaLá vou eu com a enxadaAlisar aquela terraÉ um viver sempre em guerraTomara dar-lhe o finalNão há bicho que a igualCava por todos os ladosVou tendo os alhos chupadosLá dentro do meu quintalIIIFura por todas as partesÉ pior do que uma brocaHaver se encontra a minhocaLá na leira dos tomatesSempre me foge aos encartesPara debaixo de uma roseiraPassei uma manhã inteiraEspereitando esses traidoresJá abrasado em caloresDa caçar não há maneiraIVTinha lá uns pimentõesQue até dava gosto vê-losTém me arripiado os grelosDe lhe dar tantos pochõesJá me engelhou os feijõesPara mexer não tem rivalTão pequena e só faz malJá brinca com o hortelãoPara furar é um furãoEste maldito animalREMATETém um pelo luzidioOlheia com atençãoPalpeia com a mãoNão vi pelo mais macioSenti logo um arripioLá à porta da moradaMeti-lhe logo a enxadaQuando estava descobertaFicou com as pernas abertaE a boca ensanguentada.

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