A Cinco Tons: Muitos meninos numa turma quer dizer qualidade?

08-08-2010
marcar artigo


As notícias do fecho das escolas dão-me que pensar.Quando a explicação é economicista é consensual responder com a necessidade de discriminação positiva do interior e das populações mais isoladas. (Por isso foi aprovada pelos três partidos representados na Câmara de Évora - PS, CDU e PSD- uma moção regeitando a ideia do fecho das duas escolas visadas no concelho de Évora).Mas se o argumento é da esfera pedagógica surgem mais dúvidas e as opiniões dividem-se. E é aqui que mais me espanto. Estaremos no tempo de defender turmas com muitos alunos? Trabalho pedagógico massificado, ou seja igual para muitos? Em que um professor aplica a mesma receita a quantos tiver na sua frente, sem ter em conta as especificidades, apetências, necessidades de cada um?Ou esperamos que os professcores sejam capazes de responder a cada um dos 30 de cada turma, que multiplica depois pelo número variável de turmas que tem ? E contamos que seja possivel que os professores conheçam bem os seus alunos,  tenham consciência  das possibilidades e limites de cada um?Não será já este o tempo de defender unidades de ensino à escala humana, que aqui quer dizer possiveis  de pensar e gerir com qualidade? Onde a qualidade possa ser um objectivo concreto e não apenas um sonho impossível? Não será mais que tempo de defender turmas com um número de alunos que torne possível o acompanhamento de cada um, respondendo à especificidade de cada jovem ou criança ?Só pela valorização de cada pessoa me parece possível pensar na valorização de todos. Ou não será assim?


As notícias do fecho das escolas dão-me que pensar.Quando a explicação é economicista é consensual responder com a necessidade de discriminação positiva do interior e das populações mais isoladas. (Por isso foi aprovada pelos três partidos representados na Câmara de Évora - PS, CDU e PSD- uma moção regeitando a ideia do fecho das duas escolas visadas no concelho de Évora).Mas se o argumento é da esfera pedagógica surgem mais dúvidas e as opiniões dividem-se. E é aqui que mais me espanto. Estaremos no tempo de defender turmas com muitos alunos? Trabalho pedagógico massificado, ou seja igual para muitos? Em que um professor aplica a mesma receita a quantos tiver na sua frente, sem ter em conta as especificidades, apetências, necessidades de cada um?Ou esperamos que os professcores sejam capazes de responder a cada um dos 30 de cada turma, que multiplica depois pelo número variável de turmas que tem ? E contamos que seja possivel que os professores conheçam bem os seus alunos,  tenham consciência  das possibilidades e limites de cada um?Não será já este o tempo de defender unidades de ensino à escala humana, que aqui quer dizer possiveis  de pensar e gerir com qualidade? Onde a qualidade possa ser um objectivo concreto e não apenas um sonho impossível? Não será mais que tempo de defender turmas com um número de alunos que torne possível o acompanhamento de cada um, respondendo à especificidade de cada jovem ou criança ?Só pela valorização de cada pessoa me parece possível pensar na valorização de todos. Ou não será assim?

marcar artigo