A Cinco Tons: Pontos negativos e positivos do projecto "Acrópole XXI"

05-08-2010
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"O relato que é feito da sessão de discussão, promovida pelo Grupo Pró-Évora, ignora a intervenção que eu fiz. Porque me parece que as ideias que defendi merecem ser discutidas, passo a apresentar o essencial da minha intervenção.
O espaço que envolve o Templo Romano precisa de uma remodelação que deve atingir dois objectivos:
1 - Valorização do Templo Romano.  
2 - Melhoria das condições de fruição daquele espaço privilegiado da cidade.
O projecto em discussão consegue atingir o 1º objectivo mas não o 2º. Em relação ao 1º objectivo, o projecto devolve ao Templo Romano o palco que ele merece, suprime as vias de trânsito automóvel que atravancam o espaço envolvente e dá-lhe espaço para ele respirar. Concordo com a substituição da calçada, apropriada ao trânsito automóvel, por lajes de granito, apropriadas ao trânsito pedonal.
O 2º objectivo não é atingido. É criada uma ampla alameda pavimentada com lajes de granito, ligando o Templo Romano ao miradouro. Aquela área é tratada mais como zona de passagem do que como zona de estar. Penso que tal solução não é boa para quem queira fruir aquele espaço. Não serve nem os eborenses nem os turistas que visitam Évora. Objectivamente, cria-se um amplo espaço sem árvores nem sombras, onde, eventualmente, se poderão realizar espectáculos ao ar livre, com o Templo Romano a servir de cenário – parca vantagem comparada com o prejuízo causado às pessoas, no dia a dia. Defendo que o jardim seja mantido no local onde está, mas que seja sujeito a uma profunda remodelação que beneficie as condições de fruição do espaço. Deverão ser dadas condições para se estar: sombras no Verão, sol no Inverno, bancos, relva, água. Compreendo e concordo que essa remodelação envolva a mudança de lugar do busto do Dr. Barahona.
Discordo que seja construída uma cafetaria no local proposto. Naquele local, destinado a miradouro, não deve ser construído qualquer edifício, por mais “transparente” que seja. Defendo que a cafetaria ou seja enterrada (eventualmente, com um janelão voltado para o edifício do Governo Civil) ou seja construída em local recuado em relação ao muro de suporte/miradouro".

Júlio Correia da Silva

13 Dezembro, 2009 10:22


"O relato que é feito da sessão de discussão, promovida pelo Grupo Pró-Évora, ignora a intervenção que eu fiz. Porque me parece que as ideias que defendi merecem ser discutidas, passo a apresentar o essencial da minha intervenção.
O espaço que envolve o Templo Romano precisa de uma remodelação que deve atingir dois objectivos:
1 - Valorização do Templo Romano.  
2 - Melhoria das condições de fruição daquele espaço privilegiado da cidade.
O projecto em discussão consegue atingir o 1º objectivo mas não o 2º. Em relação ao 1º objectivo, o projecto devolve ao Templo Romano o palco que ele merece, suprime as vias de trânsito automóvel que atravancam o espaço envolvente e dá-lhe espaço para ele respirar. Concordo com a substituição da calçada, apropriada ao trânsito automóvel, por lajes de granito, apropriadas ao trânsito pedonal.
O 2º objectivo não é atingido. É criada uma ampla alameda pavimentada com lajes de granito, ligando o Templo Romano ao miradouro. Aquela área é tratada mais como zona de passagem do que como zona de estar. Penso que tal solução não é boa para quem queira fruir aquele espaço. Não serve nem os eborenses nem os turistas que visitam Évora. Objectivamente, cria-se um amplo espaço sem árvores nem sombras, onde, eventualmente, se poderão realizar espectáculos ao ar livre, com o Templo Romano a servir de cenário – parca vantagem comparada com o prejuízo causado às pessoas, no dia a dia. Defendo que o jardim seja mantido no local onde está, mas que seja sujeito a uma profunda remodelação que beneficie as condições de fruição do espaço. Deverão ser dadas condições para se estar: sombras no Verão, sol no Inverno, bancos, relva, água. Compreendo e concordo que essa remodelação envolva a mudança de lugar do busto do Dr. Barahona.
Discordo que seja construída uma cafetaria no local proposto. Naquele local, destinado a miradouro, não deve ser construído qualquer edifício, por mais “transparente” que seja. Defendo que a cafetaria ou seja enterrada (eventualmente, com um janelão voltado para o edifício do Governo Civil) ou seja construída em local recuado em relação ao muro de suporte/miradouro".

Júlio Correia da Silva

13 Dezembro, 2009 10:22

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