o tempo das cerejas*: O artigo de Pacheco Pereira hoje no "Público"

04-08-2010
marcar artigo


Um elogio e uma breve críticaPor estranho que pareça vivemos um tempo em que, por vezes, é útil repetir o que devia ser óbvio. Vem esta sibilina sentença a propósito do facto de, por vezes, quem assiste às polémicas, ataques ou críticas acesas que pequenas (este adjectivo está aqui a pensar em mim), médias e grandes personalidades da vida pública trocam há duas ou três décadas poder pensar que estamos num universo de contraposição, acrimónia e hostilidade sistemáticas. Ora, a mim não me custa nada reconhecer que já não poucas vezes estive de acordo com observações ou reflexões de José Pacheco Pereira e, sem esperar retribuição que sabia nunca viria, até já há uma vez elogiei um artigo do meu «inimigo de estimação» Miguel Sousa Tavares sobre a evolução da Itália berlusconiana que considerei notável (e cuja republicação até seria muito vantajosa passados estes anos). Vem toda esta conversa a propósito do artigo que José Pacheco Pereira hoje assina no Público e que parte de uma intervenção na AR do deputado do PCP José Soeiro sobre a situação dos mineiros de Neves-Corvo. Para não ferir em excesso os direitos editoriais do Público, seguem-se dois extractos (amanhã colocarei em linha o artigo integral em «os papéis de alexandria»).(...) Entretanto, e é parte da crítica, numa coisa Pacheco Pereira se equivoca : é que a intervenção do meu amigo e camarada José Soeiro não é apenas a falar para os eleitores alentejanos do PCP (que, contra o que muita gente pensa, nunca tiveram o peso relativo no conjunto do eleitorado do PCP que alguns imaginam). É que, indo ao fundo das coisas, a intervenção de José Soeiro é a expressão coerente e persistente de um combate do PCP contra o mundo de indiferença, insensibilidade e pechisbeque que José Pacheco Pereira agora vem justamente fustigar.


Um elogio e uma breve críticaPor estranho que pareça vivemos um tempo em que, por vezes, é útil repetir o que devia ser óbvio. Vem esta sibilina sentença a propósito do facto de, por vezes, quem assiste às polémicas, ataques ou críticas acesas que pequenas (este adjectivo está aqui a pensar em mim), médias e grandes personalidades da vida pública trocam há duas ou três décadas poder pensar que estamos num universo de contraposição, acrimónia e hostilidade sistemáticas. Ora, a mim não me custa nada reconhecer que já não poucas vezes estive de acordo com observações ou reflexões de José Pacheco Pereira e, sem esperar retribuição que sabia nunca viria, até já há uma vez elogiei um artigo do meu «inimigo de estimação» Miguel Sousa Tavares sobre a evolução da Itália berlusconiana que considerei notável (e cuja republicação até seria muito vantajosa passados estes anos). Vem toda esta conversa a propósito do artigo que José Pacheco Pereira hoje assina no Público e que parte de uma intervenção na AR do deputado do PCP José Soeiro sobre a situação dos mineiros de Neves-Corvo. Para não ferir em excesso os direitos editoriais do Público, seguem-se dois extractos (amanhã colocarei em linha o artigo integral em «os papéis de alexandria»).(...) Entretanto, e é parte da crítica, numa coisa Pacheco Pereira se equivoca : é que a intervenção do meu amigo e camarada José Soeiro não é apenas a falar para os eleitores alentejanos do PCP (que, contra o que muita gente pensa, nunca tiveram o peso relativo no conjunto do eleitorado do PCP que alguns imaginam). É que, indo ao fundo das coisas, a intervenção de José Soeiro é a expressão coerente e persistente de um combate do PCP contra o mundo de indiferença, insensibilidade e pechisbeque que José Pacheco Pereira agora vem justamente fustigar.

marcar artigo