EDP quer fazer centro cultural voltado para o rio Tejo

05-04-2011
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O mesmo responsável frisou que o centro funcionará no eixo cultural onde está o Centro Cultural de Belém (CCB) e o futuro Museu dos Coches, classificando o sítio como "privilegiado e único": o Tejo será utilizado como uma "propriedade intrínseca" do edifício e as marés entrarão pelas escadarias exteriores do centro. Amanda Levete, um nome em ascensão da arquitectura britânica, será também a autora da extensão do famoso Museu Victoria & Albert, em Londres.

O novo espaço em Belém, com 4000 metros quadrados, estará pronto no final de 2013, segundo António Mexia. É "um centro cultural sem barreiras", "um edifício tão aberto ao público que se pode andar por cima dele", explicou o presidente da EDP, descrevendo o espaço arquitectónico como "dinâmico" e "criativo". O novo centro cultural vai complementar as actividades do Museu da Electricidade, albergando exposições, principalmente de arte contemporânea.

Durante a apresentação do projecto, Mexia anunciou um aumento de 40 por cento no orçamento da Fundação EDP, que destinará seis milhões de euros por ano de investimento para o edifício.

A área de exposição terá 1600 metros quadrados, estando também previsto um anfiteatro com cerca de 200 lugares, um café e uma loja. A "austeridade" do edifício do Museu da Electricidade e o seu interior, que já é, em si, uma exposição de arqueologia industrial, tornam difícil a realização de exposições de arte contemporânea, sustentou Mexia.

Projecto agrada ao Igespar

Para fazer o centro cultural, o projecto propõe a demolição do que está a nascente do Museu de Electricidade, um edifício classificado como imóvel de interesse público. Os cinco edifícios, como os armazéns com as reservas do museu ou a subestação da EDP da área de Belém, estão incluídos numa zona especial de protecção e, por essa razão, o projecto tem de ser aprovado pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar).

O director do Museu de Electricidade, Eduardo Moura, que tem acompanhado o processo, diz que já houve "um contacto informal com o Igespar, sem compromisso", acrescentando que o instituto lhes deu "conforto em relação à linha de pensamento". "O novo edifício vai cumprir todas as funções dos actuais edifícios e acrescentar uma sala de exposições. O pensamento interessante é transformar isto num único edifício que volte o espaço para o rio e que valorize a zona de Belém."

Gonçalo Couceiro, director do Igespar, confirma que o projecto lhe foi apresentado "informalmente" e, embora não se possa pronunciar directamente sobre ele, considera que "uma boa solução de arquitectura contemporânea virá sempre contribuir para a requalificação" de Belém, onde já existem outros exemplos de obras contemporâneas, como o CCB e o novo Museu dos Coches, actualmente em construção.

As formas fluidas, redondas, ondulantes são a imagem de marca de Amanda Levete, cujo projecto para o Victoria & Albert, em Londres, vem substituir uma proposta polémica de Daniel Libeskind. Onde Libeskind propunha uma série de blocos empilhados de forma aparentemente caótica, Levete desenha um espaço público aberto e assente sobre uma grande galeria de exposições subterrânea.

Durante muito tempo, Levete foi mais conhecida como a mulher e sócia do arquitecto Jan Kaplicky no atelier Future Systems. "Até ao infinito e mais além" era o título de um artigo do jornal inglês Guardian, em 2009, que explicava que Levete e Kaplicky tinham sido responsáveis "por alguns dos mais emocionantes edifícios da era espacial" no Reino Unido.

Depois da morte de Kaplicky, em 2009, Levete (que entretanto se divorciara) abriu o seu próprio atelier, que actualmente tem projectos em diversos países, incluindo um hotel em Banguecoque e uma estação de metro em Nápoles, em colaboração com o artista Anish Kapoor.

O mesmo responsável frisou que o centro funcionará no eixo cultural onde está o Centro Cultural de Belém (CCB) e o futuro Museu dos Coches, classificando o sítio como "privilegiado e único": o Tejo será utilizado como uma "propriedade intrínseca" do edifício e as marés entrarão pelas escadarias exteriores do centro. Amanda Levete, um nome em ascensão da arquitectura britânica, será também a autora da extensão do famoso Museu Victoria & Albert, em Londres.

O novo espaço em Belém, com 4000 metros quadrados, estará pronto no final de 2013, segundo António Mexia. É "um centro cultural sem barreiras", "um edifício tão aberto ao público que se pode andar por cima dele", explicou o presidente da EDP, descrevendo o espaço arquitectónico como "dinâmico" e "criativo". O novo centro cultural vai complementar as actividades do Museu da Electricidade, albergando exposições, principalmente de arte contemporânea.

Durante a apresentação do projecto, Mexia anunciou um aumento de 40 por cento no orçamento da Fundação EDP, que destinará seis milhões de euros por ano de investimento para o edifício.

A área de exposição terá 1600 metros quadrados, estando também previsto um anfiteatro com cerca de 200 lugares, um café e uma loja. A "austeridade" do edifício do Museu da Electricidade e o seu interior, que já é, em si, uma exposição de arqueologia industrial, tornam difícil a realização de exposições de arte contemporânea, sustentou Mexia.

Projecto agrada ao Igespar

Para fazer o centro cultural, o projecto propõe a demolição do que está a nascente do Museu de Electricidade, um edifício classificado como imóvel de interesse público. Os cinco edifícios, como os armazéns com as reservas do museu ou a subestação da EDP da área de Belém, estão incluídos numa zona especial de protecção e, por essa razão, o projecto tem de ser aprovado pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar).

O director do Museu de Electricidade, Eduardo Moura, que tem acompanhado o processo, diz que já houve "um contacto informal com o Igespar, sem compromisso", acrescentando que o instituto lhes deu "conforto em relação à linha de pensamento". "O novo edifício vai cumprir todas as funções dos actuais edifícios e acrescentar uma sala de exposições. O pensamento interessante é transformar isto num único edifício que volte o espaço para o rio e que valorize a zona de Belém."

Gonçalo Couceiro, director do Igespar, confirma que o projecto lhe foi apresentado "informalmente" e, embora não se possa pronunciar directamente sobre ele, considera que "uma boa solução de arquitectura contemporânea virá sempre contribuir para a requalificação" de Belém, onde já existem outros exemplos de obras contemporâneas, como o CCB e o novo Museu dos Coches, actualmente em construção.

As formas fluidas, redondas, ondulantes são a imagem de marca de Amanda Levete, cujo projecto para o Victoria & Albert, em Londres, vem substituir uma proposta polémica de Daniel Libeskind. Onde Libeskind propunha uma série de blocos empilhados de forma aparentemente caótica, Levete desenha um espaço público aberto e assente sobre uma grande galeria de exposições subterrânea.

Durante muito tempo, Levete foi mais conhecida como a mulher e sócia do arquitecto Jan Kaplicky no atelier Future Systems. "Até ao infinito e mais além" era o título de um artigo do jornal inglês Guardian, em 2009, que explicava que Levete e Kaplicky tinham sido responsáveis "por alguns dos mais emocionantes edifícios da era espacial" no Reino Unido.

Depois da morte de Kaplicky, em 2009, Levete (que entretanto se divorciara) abriu o seu próprio atelier, que actualmente tem projectos em diversos países, incluindo um hotel em Banguecoque e uma estação de metro em Nápoles, em colaboração com o artista Anish Kapoor.

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