No Cesto da Gávea: A caça às “bruxas” começou em Israel

18-12-2009
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Uri Avnery denuncia: Ofensiva da polícia contra activistas da paz do “Novo Perfil” - uma violação à Liberdade de Expressão.Este ataque aos adeptos da paz e da democracia segue-se após o partido de Lieberman [Yisrael Beiteinu] ter assumido o Ministério da "Policia" [Ministério da Segurança Interna / Yitzhac Aharonovich].O ataque da polícia a activistas do" Novo Perfil – Movimento para a Civil-ização da Sociedade Israelita "e do “HaMoked - Centro para a Defesa do Indivíduo ", a detenção de activistas, entre eles, avós, e a confiscação dos computadores constitui um grave atentado à Liberdade de Expressão em Israel" adverte Uri Avnery do movimento Gush Shalom.A actividade do “Novo Perfil” - uma organização que se opõe ao militarismo da sociedade israelita e dá aconselhamento a Objectores de Consciência - é considerado pela polícia de estar a “incitar à fuga" - um grave acusação.Apenas algumas semanas se passaram desde que o governo de Netanyahu-Lieberman tomou posse (ou deveria dizer um governo Lieberman-Netanyahu) - e já é lançada uma ofensiva brutal contra os adeptos da paz e da democracia.Na manhã de 26 de Abril polícias fizeram buscas domiciliárias a casas de activistas da organização “Novo Perfil”, um movimento feminista cujos objectivos são a "civil-ização da sociedade em Israel" e a "oposição à influência indevida dos militares na vida diária".Cinco activistas foram detidos e interrogados no Posto de Polícia de Ramat Hachiyal. Entre as pessoas interrogadas, encontra-se Analeen Kish, de 70 anos, uma ceramista, filha de uma família de "Justos entre as Nações" [não judeus que arriscaram as suas vidas para salvar judeus do extermínio nazi, durante o Holocausto], convertida ao judaísmo depois do seu casamento com o Dr. Eldad Kish, um sobrevivente do Holocausto, activista nas organizações de sobreviventes holandeses do Holocausto, em Israel.Também foram detidos para interrogatório Amir Givol, um residente de Jerusalém, Sergei Sandler, um residente de Be'er Sheva, e Roni Barkan, um morador de Tel Aviv.Os computadores de todos os detidos foram confiscados pela polícia, tal como foram os computadores pertencentes aos seus parceiros e crianças – num dos casos, o computador de um aluno do quarto grau, [9/10 anos], filha de uma das pessoas interrogadas.Os computadores dos membros das famílias foram devolvidos depois de os activistas terem sido libertados sob fiança, mas sob "medidas de coação" – entre elas uma “proibição de conduta”, quanto ao contacto com os outros membros do movimento durante os próximos 30 dias, o que implica uma grave perturbação e uma paralisia parcial das suas actividades.Também foram invadidos os escritórios do "HaMoked - Centro para a Defesa do Indivíduo" em Jerusalém Oriental - uma organização principalmente envolvida em ajudar palestinos a enfrentar dificuldades com a burocracia do governo militar.A polícia também tentou confiscar os computadores do Centro. Activistas presentes recusaram-se a entregá-los, já que muita da informação armazenada nesses computadores foi fornecida aos advogados do Centro, como parte da relação cliente-advogado, a que a polícia não tem direito de acesso.A advogada Smadar Ben Nathan, que está representando o movimento “Novo Perfil”, disse que a investigação da polícia está centrada no site do movimento, que possui links para outros sites na internet.Ben Nathan acrescentou que o movimento “Novo Perfil”, é reconhecidamente uma associação sem fins lucrativos que actua aberta e publicamente, em conformidade com a lei, e que a utilização de uma investigação criminal, neste contexto, é inválida e exagerada, e está em oposição à liberdade de expressão.O “Novo Perfil” afirmou que as acções da polícia, apenas confirmavam o que desde sempre tinham vindo a denunciar, ou seja, que a militarização da sociedade israelita prejudica os sagrados princípios da democracia, da liberdade de expressão e da liberdade de associação política, e que aqueles que acreditavam que acusações criminais eram “apenas” forjadas contra os cidadãos árabes de Israel, viram esta manhã, que nenhum de nós pode estar certo de que ele ou ela pode exprimir livremente uma opinião dissidente.


Uri Avnery denuncia: Ofensiva da polícia contra activistas da paz do “Novo Perfil” - uma violação à Liberdade de Expressão.Este ataque aos adeptos da paz e da democracia segue-se após o partido de Lieberman [Yisrael Beiteinu] ter assumido o Ministério da "Policia" [Ministério da Segurança Interna / Yitzhac Aharonovich].O ataque da polícia a activistas do" Novo Perfil – Movimento para a Civil-ização da Sociedade Israelita "e do “HaMoked - Centro para a Defesa do Indivíduo ", a detenção de activistas, entre eles, avós, e a confiscação dos computadores constitui um grave atentado à Liberdade de Expressão em Israel" adverte Uri Avnery do movimento Gush Shalom.A actividade do “Novo Perfil” - uma organização que se opõe ao militarismo da sociedade israelita e dá aconselhamento a Objectores de Consciência - é considerado pela polícia de estar a “incitar à fuga" - um grave acusação.Apenas algumas semanas se passaram desde que o governo de Netanyahu-Lieberman tomou posse (ou deveria dizer um governo Lieberman-Netanyahu) - e já é lançada uma ofensiva brutal contra os adeptos da paz e da democracia.Na manhã de 26 de Abril polícias fizeram buscas domiciliárias a casas de activistas da organização “Novo Perfil”, um movimento feminista cujos objectivos são a "civil-ização da sociedade em Israel" e a "oposição à influência indevida dos militares na vida diária".Cinco activistas foram detidos e interrogados no Posto de Polícia de Ramat Hachiyal. Entre as pessoas interrogadas, encontra-se Analeen Kish, de 70 anos, uma ceramista, filha de uma família de "Justos entre as Nações" [não judeus que arriscaram as suas vidas para salvar judeus do extermínio nazi, durante o Holocausto], convertida ao judaísmo depois do seu casamento com o Dr. Eldad Kish, um sobrevivente do Holocausto, activista nas organizações de sobreviventes holandeses do Holocausto, em Israel.Também foram detidos para interrogatório Amir Givol, um residente de Jerusalém, Sergei Sandler, um residente de Be'er Sheva, e Roni Barkan, um morador de Tel Aviv.Os computadores de todos os detidos foram confiscados pela polícia, tal como foram os computadores pertencentes aos seus parceiros e crianças – num dos casos, o computador de um aluno do quarto grau, [9/10 anos], filha de uma das pessoas interrogadas.Os computadores dos membros das famílias foram devolvidos depois de os activistas terem sido libertados sob fiança, mas sob "medidas de coação" – entre elas uma “proibição de conduta”, quanto ao contacto com os outros membros do movimento durante os próximos 30 dias, o que implica uma grave perturbação e uma paralisia parcial das suas actividades.Também foram invadidos os escritórios do "HaMoked - Centro para a Defesa do Indivíduo" em Jerusalém Oriental - uma organização principalmente envolvida em ajudar palestinos a enfrentar dificuldades com a burocracia do governo militar.A polícia também tentou confiscar os computadores do Centro. Activistas presentes recusaram-se a entregá-los, já que muita da informação armazenada nesses computadores foi fornecida aos advogados do Centro, como parte da relação cliente-advogado, a que a polícia não tem direito de acesso.A advogada Smadar Ben Nathan, que está representando o movimento “Novo Perfil”, disse que a investigação da polícia está centrada no site do movimento, que possui links para outros sites na internet.Ben Nathan acrescentou que o movimento “Novo Perfil”, é reconhecidamente uma associação sem fins lucrativos que actua aberta e publicamente, em conformidade com a lei, e que a utilização de uma investigação criminal, neste contexto, é inválida e exagerada, e está em oposição à liberdade de expressão.O “Novo Perfil” afirmou que as acções da polícia, apenas confirmavam o que desde sempre tinham vindo a denunciar, ou seja, que a militarização da sociedade israelita prejudica os sagrados princípios da democracia, da liberdade de expressão e da liberdade de associação política, e que aqueles que acreditavam que acusações criminais eram “apenas” forjadas contra os cidadãos árabes de Israel, viram esta manhã, que nenhum de nós pode estar certo de que ele ou ela pode exprimir livremente uma opinião dissidente.

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