O Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas reafirmou a necessidade de um compromisso para travar a expansão dos colonatos e a demolição de casas, especialmente em Jerusalém, nas conversações que manteve com o enviado especial do Presidente Obama ao Médio Oriente, George Mitchell, nesta sexta-feira."O presidente Abbas afirmou a necessidade de que todas as partes se comprometam com a solução dos dois Estados, respeitando os acordos assinados anteriormente e as orientações do Roteiro, especialmente travando os colonatos e a demolição de casas, bem como as expulsões realizadas contra palestinos", disse Saeb Erekat, da Organização de Libertação da Palestina.Numa conferência de imprensa após a reunião entre Abbas e Mitchell, Erekat disse que Abbas exigiu que os Estados Unidos apliquem o mesmo nível de exigências que são feitas à Palestina, para reconhecer o direito de Israel a existir e os acordos assinados anteriormente.Acrescentando que "existe um Governo israelita que rejeita a existência da solução dos dois Estados e os acordos assinados e que insiste em actividades de colonização pelo que, os Estados Unidos e o Quarteto, deverão tomar a necessária atitude sobre esta questão."De acordo com Erekat, George Mitchell afirmou que a solução dos dois Estados é "a única opção, que é do interesse americano."Relativamente às exigências, do primeiro-ministro israelita Benyamin Netanyahu, para que os palestinos reconheçam Israel como um Estado judaico, como uma condição prévia para as conversações, Erekat disse que "isso mostra que Netanyahu não está interessado em retomar o processo de paz", e assinalou que "esta condição não consta em qualquer dos acordos assinados com a OLP e não faz parte de qualquer acordo assinado com a Jordânia e o Egipto.""Não existe qualquer lei internacional conhecida entre os estados por todo o mundo no que diz respeito ao reconhecimento de países" com base em tais exigências, acrescentou Erekat, que concluiu a sua intervenção, dizendo que a atitude de Israel "coloca obstáculos aos esforços internacionais para pôr fim à ocupação israelita e à fundação um Estado palestino.Por sua parte, George Mitchell foi citado como tendo dito que "a solução dos dois Estados é a única opção para acabar com o conflito israelo-palestino.Aditamento:Segundo o Público, citando a Reuters, George Mitchell, enviado de Barack Obama no Médio Oriente, apelou hoje à integração de uma iniciativa de paz árabe como parte do plano dos Estados Unidos para a criação de um Estado palestiniano.A Iniciativa Árabe de 2002 oferece a possibilidade de Israel manter relações pacíficas com todos os Estados árabes em troca de uma total retirada de Israel dos territórios ocupados na Guerra do Médio Oriente em 1967, da criação de um Estado palestiniano e de uma “solução justa” para os refugiados palestinianos.“Os Estados Unidos estão empenhados na criação de um estado palestiniano soberano, onde as aspirações do povo palestiniano de controlar o seu destino sejam realizadas”, disse Mitchell após um encontro com o Presidente palestiniano Mahmoud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia.
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O Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas reafirmou a necessidade de um compromisso para travar a expansão dos colonatos e a demolição de casas, especialmente em Jerusalém, nas conversações que manteve com o enviado especial do Presidente Obama ao Médio Oriente, George Mitchell, nesta sexta-feira."O presidente Abbas afirmou a necessidade de que todas as partes se comprometam com a solução dos dois Estados, respeitando os acordos assinados anteriormente e as orientações do Roteiro, especialmente travando os colonatos e a demolição de casas, bem como as expulsões realizadas contra palestinos", disse Saeb Erekat, da Organização de Libertação da Palestina.Numa conferência de imprensa após a reunião entre Abbas e Mitchell, Erekat disse que Abbas exigiu que os Estados Unidos apliquem o mesmo nível de exigências que são feitas à Palestina, para reconhecer o direito de Israel a existir e os acordos assinados anteriormente.Acrescentando que "existe um Governo israelita que rejeita a existência da solução dos dois Estados e os acordos assinados e que insiste em actividades de colonização pelo que, os Estados Unidos e o Quarteto, deverão tomar a necessária atitude sobre esta questão."De acordo com Erekat, George Mitchell afirmou que a solução dos dois Estados é "a única opção, que é do interesse americano."Relativamente às exigências, do primeiro-ministro israelita Benyamin Netanyahu, para que os palestinos reconheçam Israel como um Estado judaico, como uma condição prévia para as conversações, Erekat disse que "isso mostra que Netanyahu não está interessado em retomar o processo de paz", e assinalou que "esta condição não consta em qualquer dos acordos assinados com a OLP e não faz parte de qualquer acordo assinado com a Jordânia e o Egipto.""Não existe qualquer lei internacional conhecida entre os estados por todo o mundo no que diz respeito ao reconhecimento de países" com base em tais exigências, acrescentou Erekat, que concluiu a sua intervenção, dizendo que a atitude de Israel "coloca obstáculos aos esforços internacionais para pôr fim à ocupação israelita e à fundação um Estado palestino.Por sua parte, George Mitchell foi citado como tendo dito que "a solução dos dois Estados é a única opção para acabar com o conflito israelo-palestino.Aditamento:Segundo o Público, citando a Reuters, George Mitchell, enviado de Barack Obama no Médio Oriente, apelou hoje à integração de uma iniciativa de paz árabe como parte do plano dos Estados Unidos para a criação de um Estado palestiniano.A Iniciativa Árabe de 2002 oferece a possibilidade de Israel manter relações pacíficas com todos os Estados árabes em troca de uma total retirada de Israel dos territórios ocupados na Guerra do Médio Oriente em 1967, da criação de um Estado palestiniano e de uma “solução justa” para os refugiados palestinianos.“Os Estados Unidos estão empenhados na criação de um estado palestiniano soberano, onde as aspirações do povo palestiniano de controlar o seu destino sejam realizadas”, disse Mitchell após um encontro com o Presidente palestiniano Mahmoud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia.