No Cesto da Gávea: A.B. Yehoshua: "O problema são os colonatos"

18-12-2009
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Entrevistado pela revista Host [pode ler a entrevista completa em inglês aqui], o romancista israelita Avraham B. Yehoshua [1] ecoa o discurso de Barack Obama no Cairo sobre a necessidade de uma solução de dois Estados: Israel-Palestina. "Estou esperançoso de que Barack Obama vai dizer a Israel: “Basta!” acerca dos colonatos", diz ele com perspicácia. "Os colonatos são o problema." Uma figura contraditória, Yehoshua é um sionista que afirma que o judaísmo na "diáspora" é um sucedâneo: "Pode-se viver em Praga e ir a uma sinagoga e ouvir um sermão sobre como o Judaísmo é grande. Mas depois vai-se para Gaza e tem que se decidir se vai para abater civis, para salvar a vida dos seus filhos, e dos seus soldados. [...] Essas decisões fazem o judaísmo de hoje porque moldam a nossa moralidade. " Mas Yehoshua é também um intransigente crítico da política israelita, indo mais longe do que o presidente dos E.U.A. ao defender a devolução de Jerusalém Oriental para os palestinos: "Se queremos uma solução, temos sempre que nos lembrar do que a história já nos ensinou, que tudo é possível. Lembro-me de Moshe Dayan dizendo "Prefiro ter Sharm-al-Sheikh sem paz do que ter paz sem Sharm-al-Sheikh." E então assinou um tratado de paz com o Egipto e devolveu Sharm al-Sheikh aos egípcios. Portanto, não acredito declarações. [1] A. B. Yehoshua (Avraham Bulli Yehoshua) 1936 – É um novelista, ensaísta e dramaturgo israelita. Fervoroso e infatigável activista do Movimento da Paz Israelita. Esteve presente e assinou a Iniciativa de Genebra em Dezembro de 2003. (Esta iniciativa apresentou um plano para a resolução do conflito israelo-palestino.)


Entrevistado pela revista Host [pode ler a entrevista completa em inglês aqui], o romancista israelita Avraham B. Yehoshua [1] ecoa o discurso de Barack Obama no Cairo sobre a necessidade de uma solução de dois Estados: Israel-Palestina. "Estou esperançoso de que Barack Obama vai dizer a Israel: “Basta!” acerca dos colonatos", diz ele com perspicácia. "Os colonatos são o problema." Uma figura contraditória, Yehoshua é um sionista que afirma que o judaísmo na "diáspora" é um sucedâneo: "Pode-se viver em Praga e ir a uma sinagoga e ouvir um sermão sobre como o Judaísmo é grande. Mas depois vai-se para Gaza e tem que se decidir se vai para abater civis, para salvar a vida dos seus filhos, e dos seus soldados. [...] Essas decisões fazem o judaísmo de hoje porque moldam a nossa moralidade. " Mas Yehoshua é também um intransigente crítico da política israelita, indo mais longe do que o presidente dos E.U.A. ao defender a devolução de Jerusalém Oriental para os palestinos: "Se queremos uma solução, temos sempre que nos lembrar do que a história já nos ensinou, que tudo é possível. Lembro-me de Moshe Dayan dizendo "Prefiro ter Sharm-al-Sheikh sem paz do que ter paz sem Sharm-al-Sheikh." E então assinou um tratado de paz com o Egipto e devolveu Sharm al-Sheikh aos egípcios. Portanto, não acredito declarações. [1] A. B. Yehoshua (Avraham Bulli Yehoshua) 1936 – É um novelista, ensaísta e dramaturgo israelita. Fervoroso e infatigável activista do Movimento da Paz Israelita. Esteve presente e assinou a Iniciativa de Genebra em Dezembro de 2003. (Esta iniciativa apresentou um plano para a resolução do conflito israelo-palestino.)

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