No Cesto da Gávea: As confusões de uma “crente”: da xenofobia à homofobia

18-12-2009
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Afinal comprova-se que haveria boas razões para Manuela Ferreira Leite manter o silêncio. Pelo menos poupavam-se os inúmeros disparates disparates.Os emigrantes, venham de onde vierem, para trabalhar, são uma mais valia para o país, e já só falo em termos económicos que parecia ser área de especialização dessa Senhora.E se eles são a maioria da mão-de-obra nestas grandes obras é porque os portugueses não estão disponíveis para tal.É evidente que subjacente a esta situação estão baixos salários, horários e condições de trabalho ilegais, por vezes inumanas e roçando a escravatura.Mas tal existe porque sucessivos governos – os do PSD também – o tem permitido, quer através de legislação cada vez mais permissiva – veja-se o Código de Trabalho “Bagão Félix” e a proposta actual do governo Sócrates. – quer porque nunca estiveram interessados em que se exercesse a adequada fiscalização, quer pela desadequação das penas aos delitos cometidos nesta área.Eu sei que, mor das vezes, o que aparece são os pequenos empreiteiros desonestos – pequenos oportunistas e novos esclavagistas (não lhes chamo pequenos empresários).Mas de facto a maior responsabilidade cabe aos contratantes-mandantes, superlativamente desonestos: as grandes empresas de obras públicas, que conhecendo a situação a permitem, em nome do chorudo lucro.No tocante aos cabo-verdianos e aos ucranianos são, na sua esmagadora maioria, cidadãos exemplares, muitos já naturalizados e outros com filhos portugueses.Acho que com estas observações xenófobas, Manuel Ferreira Leite, perdido o centro, (e o tento), mais não visa que uma aliança táctica com o PNR.Daí talvez também a sua oposição, a que o contrato civil entre duas pessoas, chamado casamento, abranja os homossexuais.Eu sei que a sua confusão se deverá, por certo, àquelas aulas de catequese coladas com cuspo, para fazer a primeira comunhão.Mas com essa idade, afirmando-se católica apostólica romana, – será só para caçar votos – ainda não saber distinguir entre casamento civil e o sagrado sacramento do matrimónio…Bem sei que sendo divorciada tudo isto lhe deve fazer uma grande confusão, tantas são as suas contradições.Público


Afinal comprova-se que haveria boas razões para Manuela Ferreira Leite manter o silêncio. Pelo menos poupavam-se os inúmeros disparates disparates.Os emigrantes, venham de onde vierem, para trabalhar, são uma mais valia para o país, e já só falo em termos económicos que parecia ser área de especialização dessa Senhora.E se eles são a maioria da mão-de-obra nestas grandes obras é porque os portugueses não estão disponíveis para tal.É evidente que subjacente a esta situação estão baixos salários, horários e condições de trabalho ilegais, por vezes inumanas e roçando a escravatura.Mas tal existe porque sucessivos governos – os do PSD também – o tem permitido, quer através de legislação cada vez mais permissiva – veja-se o Código de Trabalho “Bagão Félix” e a proposta actual do governo Sócrates. – quer porque nunca estiveram interessados em que se exercesse a adequada fiscalização, quer pela desadequação das penas aos delitos cometidos nesta área.Eu sei que, mor das vezes, o que aparece são os pequenos empreiteiros desonestos – pequenos oportunistas e novos esclavagistas (não lhes chamo pequenos empresários).Mas de facto a maior responsabilidade cabe aos contratantes-mandantes, superlativamente desonestos: as grandes empresas de obras públicas, que conhecendo a situação a permitem, em nome do chorudo lucro.No tocante aos cabo-verdianos e aos ucranianos são, na sua esmagadora maioria, cidadãos exemplares, muitos já naturalizados e outros com filhos portugueses.Acho que com estas observações xenófobas, Manuel Ferreira Leite, perdido o centro, (e o tento), mais não visa que uma aliança táctica com o PNR.Daí talvez também a sua oposição, a que o contrato civil entre duas pessoas, chamado casamento, abranja os homossexuais.Eu sei que a sua confusão se deverá, por certo, àquelas aulas de catequese coladas com cuspo, para fazer a primeira comunhão.Mas com essa idade, afirmando-se católica apostólica romana, – será só para caçar votos – ainda não saber distinguir entre casamento civil e o sagrado sacramento do matrimónio…Bem sei que sendo divorciada tudo isto lhe deve fazer uma grande confusão, tantas são as suas contradições.Público

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