Berlusconi cede gestão e direitos de imagem do Coliseu de Roma

05-04-2011
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Em troca do investimento de 25 milhões que custará o restauro do anfiteatro do século I, a empresa de Diego della Valle ficará responsável pela gestão exclusiva do espaço, passando todas as decisões por si e não pelo Estado. A Tod’s passará então a gerir o aluguer do espaço, podendo deixar a sua marca nas entradas do Coliseu de Roma e nos andaimes das obras. A construção de um centro de serviços no próprio Coliseu também é uma possibilidade.

A partir de agora, se alguém desejar utilizar a imagem do Coliseu de Roma terá que pedir permissão e pagar os direitos da imagem à Tod’s. Seja para realizar um filme, uma campanha ou mesmo um anúncio televisivo. Os responsáveis da Volkswagen, que queriam apresentar o novo modelo no teatro romano, já tiveram que contactar os novos responsáveis.

Apesar de a imprensa italiana só agora dar conta do caso, o acordo já foi firmado em Janeiro, mas o seu conteúdo foi mantido em segredo. Na Itália as opiniões dividem-se e a União Nacional de Escritores e Artistas (UIL) já apresentou uma carta ao Tribunal de Contas a pedir explicações sobre o contrato entre o Governo e o empresário, apontando eventuais ilegalidades e lembrando que impedirá pelo menos durante 15 anos o Estado de decidir livremente sobre o uso e a imagem do monumento. O secretário-geral da UIL, Gianfranco Cerasoli, explicou ao jornal italiano “Corriere della Sera” que de acordo com a Constituição o Estado é que é o responsável do anfiteatro e por isso deve decidir livremente sobre o uso da imagem do monumento. “A valorização do acordo é muito baixa, qualquer economista sabe que a operação originará no mínimo 200 milhões de euros”, acrescentou Cerasoli.

Por seu lado, a Tod’s afirma o direito a beneficiar do investimento. “Uma empresa cotada em bolsa que investe 25 milhões de euros para restaurar um monumento deve explicar aos seus accionistas esse comportamento. Seria absurdo que a Tod’s não tivesse os direitos exclusivos enquanto durem as obras”.

Para o presidente da câmara de Roma, Gianni Alemanno, “quem está contra esta acção de privados ou é louco ou é inimigo de Roma”. “Não oferecemos o Coliseu de Roma, apenas a exclusividade do trabalho nele”, explicou Alemanno ao “Corriere della Sera”.

Em troca do investimento de 25 milhões que custará o restauro do anfiteatro do século I, a empresa de Diego della Valle ficará responsável pela gestão exclusiva do espaço, passando todas as decisões por si e não pelo Estado. A Tod’s passará então a gerir o aluguer do espaço, podendo deixar a sua marca nas entradas do Coliseu de Roma e nos andaimes das obras. A construção de um centro de serviços no próprio Coliseu também é uma possibilidade.

A partir de agora, se alguém desejar utilizar a imagem do Coliseu de Roma terá que pedir permissão e pagar os direitos da imagem à Tod’s. Seja para realizar um filme, uma campanha ou mesmo um anúncio televisivo. Os responsáveis da Volkswagen, que queriam apresentar o novo modelo no teatro romano, já tiveram que contactar os novos responsáveis.

Apesar de a imprensa italiana só agora dar conta do caso, o acordo já foi firmado em Janeiro, mas o seu conteúdo foi mantido em segredo. Na Itália as opiniões dividem-se e a União Nacional de Escritores e Artistas (UIL) já apresentou uma carta ao Tribunal de Contas a pedir explicações sobre o contrato entre o Governo e o empresário, apontando eventuais ilegalidades e lembrando que impedirá pelo menos durante 15 anos o Estado de decidir livremente sobre o uso e a imagem do monumento. O secretário-geral da UIL, Gianfranco Cerasoli, explicou ao jornal italiano “Corriere della Sera” que de acordo com a Constituição o Estado é que é o responsável do anfiteatro e por isso deve decidir livremente sobre o uso da imagem do monumento. “A valorização do acordo é muito baixa, qualquer economista sabe que a operação originará no mínimo 200 milhões de euros”, acrescentou Cerasoli.

Por seu lado, a Tod’s afirma o direito a beneficiar do investimento. “Uma empresa cotada em bolsa que investe 25 milhões de euros para restaurar um monumento deve explicar aos seus accionistas esse comportamento. Seria absurdo que a Tod’s não tivesse os direitos exclusivos enquanto durem as obras”.

Para o presidente da câmara de Roma, Gianni Alemanno, “quem está contra esta acção de privados ou é louco ou é inimigo de Roma”. “Não oferecemos o Coliseu de Roma, apenas a exclusividade do trabalho nele”, explicou Alemanno ao “Corriere della Sera”.

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