No Cesto da Gávea: Vargas Llosa rompe compromisso

19-12-2009
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O escritor peruano, naturalizado espanhol, Mario Vargas Llosa decidiu retirar o seu apoio ao Partido Popular e pedir “o Voto” para o novíssimo partido Unión Progreso y Democracia (UPyD), liderado por Rosa Diez (ex-PSOE), afirmando não se sentir representado em “atitudes conservadoras reticentes" no que toca ao laicismo e à homossexualidade.O escritor confessa que, com esta decisão, está a romper com o compromisso que assumiu em Junho de 1990, de que “não voltaria a subir a uma tribuna para pronunciar um discurso político”.Vargas Llosa fez estas declarações no livro Política razoável. Este livro reúne um conjunto de textos – que apresentam e desenvolvem o posicionamento daquele novo partido político – subscritos por três dos seus mais destacados promotores (Fernando Savater, Rosa Díez e Carlos Martínez Gorriarán) e pelas primeiras três personalidades literárias que decidiram apoiá-lo publicamente (Mario Vargas Llosa, Albert Boadella e Álvaro Pombo).Assegura sentir-se "próximo "das propostas económicas do PP e da sua defesa da unidade espanhola”, mas acrescenta que não se sente representado "em absoluto" "nas atitudes conservadoras, reticentes, por exemplo, quanto ao laicismo, à separacã0 da Igreja e do Estado, à criação de uma sociedade laica"."Como liberal, creio que medidas como a despenalização do aborto, os casamentos gays e o direito dos pares homossexuais a adoptar crianças, são medidas de progresso que aumentam a liberdade e os direitos humanos em Espanha, e por tanto, não me posso sentir representado por um partido que recusa estas reformas", sublinha.Vargas Llosa critica ainda a estratégia política do PSOE não só por " dar alento" aos nacionalismos, mas por "criar uma ilusão mentirosa de que pode haver nacionalismos progressistas", e argumenta que esta ideologia é "profundamente reaccionária, de raízes antidemocráticas e antimodernas".Nesse sentido, expressa a sua convicção de que muitos espanhóis verão "com alívio, sonho e entusiasmo" a UPyD que, destaca, nasce "sem complexos de inferioridade face aos nacionalismos, a favor da democracia e da liberdade".


O escritor peruano, naturalizado espanhol, Mario Vargas Llosa decidiu retirar o seu apoio ao Partido Popular e pedir “o Voto” para o novíssimo partido Unión Progreso y Democracia (UPyD), liderado por Rosa Diez (ex-PSOE), afirmando não se sentir representado em “atitudes conservadoras reticentes" no que toca ao laicismo e à homossexualidade.O escritor confessa que, com esta decisão, está a romper com o compromisso que assumiu em Junho de 1990, de que “não voltaria a subir a uma tribuna para pronunciar um discurso político”.Vargas Llosa fez estas declarações no livro Política razoável. Este livro reúne um conjunto de textos – que apresentam e desenvolvem o posicionamento daquele novo partido político – subscritos por três dos seus mais destacados promotores (Fernando Savater, Rosa Díez e Carlos Martínez Gorriarán) e pelas primeiras três personalidades literárias que decidiram apoiá-lo publicamente (Mario Vargas Llosa, Albert Boadella e Álvaro Pombo).Assegura sentir-se "próximo "das propostas económicas do PP e da sua defesa da unidade espanhola”, mas acrescenta que não se sente representado "em absoluto" "nas atitudes conservadoras, reticentes, por exemplo, quanto ao laicismo, à separacã0 da Igreja e do Estado, à criação de uma sociedade laica"."Como liberal, creio que medidas como a despenalização do aborto, os casamentos gays e o direito dos pares homossexuais a adoptar crianças, são medidas de progresso que aumentam a liberdade e os direitos humanos em Espanha, e por tanto, não me posso sentir representado por um partido que recusa estas reformas", sublinha.Vargas Llosa critica ainda a estratégia política do PSOE não só por " dar alento" aos nacionalismos, mas por "criar uma ilusão mentirosa de que pode haver nacionalismos progressistas", e argumenta que esta ideologia é "profundamente reaccionária, de raízes antidemocráticas e antimodernas".Nesse sentido, expressa a sua convicção de que muitos espanhóis verão "com alívio, sonho e entusiasmo" a UPyD que, destaca, nasce "sem complexos de inferioridade face aos nacionalismos, a favor da democracia e da liberdade".

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