No Cesto da Gávea: Do vómito a mais uma, talvez esquecida, pouca-vergonha

19-12-2009
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Leio e espanto-me pela imensa e ignominiosa cobardia de alguns ditos associados do Sindicato dos Profissionais de Polícia. Um perfeito vómito.A história é simples e reconto-a com base no que li num artigo de Miguel Curado, publicado hoje no Correio da Manhã.Assim os acréscimos e comentários são de minha única e total responsabilidade.Um grupo de “associados” do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP) enviou, a coberto do anonimato, para o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, uma exposição escrita pedindo um inquérito ao presidente do SPP, António Ramos.Sustentada em diversa documentação, a exposição denuncia “irregularidades no sindicato”, e a alegada “usurpação de funções” praticada pelo seu presidente.Os “associados anónimos” alegam que António Ramos, fora aposentado compulsivamente por despacho do Ministério da Administração Interna (MAI), – subscrito pelo inefável punho do então secretário de Estado da Administração Interna, José Magalhães – datado de 17 de Julho de 2006, e que, segundo o disposto na lei 14 /2002, que instituiu o sindicalismo na PSP, só podem ser presidentes de sindicatos, agentes da polícia no activo.De facto o n.º 2 do art. 2.º da referida lei dispõe que:“O direito de filiação e participação activa em associações sindicais está restrito às associações sindicais compostas exclusivamente por pessoal com funções policiais em serviço efectivo nos quadros da PSP.”Mas então é preciso apresentar “queixinha” no DIAP para resolver um problema interno do sindicato? Os seus Estatutos não consagram outras formas de actuação para reporem a legalidade estatutária, como por exemplo, a convocação de uma Assembleia-Geral?Mas no meio de tanta cobardia apareceram dois sócios a recolher os louros, afirmando terem participado na apresentação da queixa: são eles o ex-secretário regional Rui Martins e Manuel Barata, actual vogal da direcção.Em que “caixa” irão cobrar os “30 dinheiros”?Mas porque me meto nisto, eu que nem sou policia?Porque estranho tudo isto. Pela forma, pelo método, por vir de “associados sindicais” e por ser contra quem é.Mal ou bem, António Ramos tem dado a cara pelos seus camaradas – Oh! Sr. Primeiro-Ministro, não se enerve, não vale a pena. Isto não tem nada a ver com os comunistas. Eu sei que é estranho para si, que não cumpriu o SMO, mas nas Forças Armadas e nas Forças de Segurança sempre foi usual tal vocativo. Até no tempo do outro S, calcule lá. E também não é para tanto, pois acho que no seu partido ainda se usa. Uns sai-lhes do coração, outros por força de hábito, outros a muito custo, mas enfim… “oportunisme oblige”.Recorda-se ainda que a aposentação compulsiva de António Ramos, se deve, no fundamental, a uma frase que este proferiu, enquanto presidente do SPP/PSP, no decurso da sua actividade sindical, numa vigília em Setembro de 2005:"Se o anterior primeiro-ministro [Durão Barroso] foi para Bruxelas, mais depressa este vai para o Quénia", disse.Ora, naquele Verão, José Sócrates, tinha passado uns dias de férias no Quénia….A frase em si até nem tem piada. É até canhestra. Em minha opinião politicamente irrelevante. Mas tanto bastou para que a ira de Sócrates, por entrepostos mandantes, se abatesse sobre António Ramos.Aposentação compulsiva por delito de opinião? Injustiça, perseguição política, incumprimento de direitos fundamentais, uma perfeita pouca-vergonha.É por isso que creio que o Sr. Sousa merece, não uma viagem ao Quénia, que os pobres coitados já tem problemas que cheguem, mas uma travessia do deserto, a seguir às próximas eleições.


Leio e espanto-me pela imensa e ignominiosa cobardia de alguns ditos associados do Sindicato dos Profissionais de Polícia. Um perfeito vómito.A história é simples e reconto-a com base no que li num artigo de Miguel Curado, publicado hoje no Correio da Manhã.Assim os acréscimos e comentários são de minha única e total responsabilidade.Um grupo de “associados” do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP) enviou, a coberto do anonimato, para o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, uma exposição escrita pedindo um inquérito ao presidente do SPP, António Ramos.Sustentada em diversa documentação, a exposição denuncia “irregularidades no sindicato”, e a alegada “usurpação de funções” praticada pelo seu presidente.Os “associados anónimos” alegam que António Ramos, fora aposentado compulsivamente por despacho do Ministério da Administração Interna (MAI), – subscrito pelo inefável punho do então secretário de Estado da Administração Interna, José Magalhães – datado de 17 de Julho de 2006, e que, segundo o disposto na lei 14 /2002, que instituiu o sindicalismo na PSP, só podem ser presidentes de sindicatos, agentes da polícia no activo.De facto o n.º 2 do art. 2.º da referida lei dispõe que:“O direito de filiação e participação activa em associações sindicais está restrito às associações sindicais compostas exclusivamente por pessoal com funções policiais em serviço efectivo nos quadros da PSP.”Mas então é preciso apresentar “queixinha” no DIAP para resolver um problema interno do sindicato? Os seus Estatutos não consagram outras formas de actuação para reporem a legalidade estatutária, como por exemplo, a convocação de uma Assembleia-Geral?Mas no meio de tanta cobardia apareceram dois sócios a recolher os louros, afirmando terem participado na apresentação da queixa: são eles o ex-secretário regional Rui Martins e Manuel Barata, actual vogal da direcção.Em que “caixa” irão cobrar os “30 dinheiros”?Mas porque me meto nisto, eu que nem sou policia?Porque estranho tudo isto. Pela forma, pelo método, por vir de “associados sindicais” e por ser contra quem é.Mal ou bem, António Ramos tem dado a cara pelos seus camaradas – Oh! Sr. Primeiro-Ministro, não se enerve, não vale a pena. Isto não tem nada a ver com os comunistas. Eu sei que é estranho para si, que não cumpriu o SMO, mas nas Forças Armadas e nas Forças de Segurança sempre foi usual tal vocativo. Até no tempo do outro S, calcule lá. E também não é para tanto, pois acho que no seu partido ainda se usa. Uns sai-lhes do coração, outros por força de hábito, outros a muito custo, mas enfim… “oportunisme oblige”.Recorda-se ainda que a aposentação compulsiva de António Ramos, se deve, no fundamental, a uma frase que este proferiu, enquanto presidente do SPP/PSP, no decurso da sua actividade sindical, numa vigília em Setembro de 2005:"Se o anterior primeiro-ministro [Durão Barroso] foi para Bruxelas, mais depressa este vai para o Quénia", disse.Ora, naquele Verão, José Sócrates, tinha passado uns dias de férias no Quénia….A frase em si até nem tem piada. É até canhestra. Em minha opinião politicamente irrelevante. Mas tanto bastou para que a ira de Sócrates, por entrepostos mandantes, se abatesse sobre António Ramos.Aposentação compulsiva por delito de opinião? Injustiça, perseguição política, incumprimento de direitos fundamentais, uma perfeita pouca-vergonha.É por isso que creio que o Sr. Sousa merece, não uma viagem ao Quénia, que os pobres coitados já tem problemas que cheguem, mas uma travessia do deserto, a seguir às próximas eleições.

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