Imprensa internacional destaca que resgate está mais próximo com queda de Sócrates

25-03-2011
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O Financial Times (FT) volta a abrir a sua edição da Europa com a situação em Portugal, afirmando que “a crise política aumenta a possibilidade de um resgate” internacional, criando um potencial “vácuo político que complicaria as negociações sobre o pacote de apoio”. O jornal cita vários analistas que consideram inevitável o resgate que pode surgir já “nos próximos dias”.

Independentemente da crise, escreve o FT, esperanças de uma solução abrangente para a crise da dívida na zona euro estava já “a desaparecer” antes da cimeira europeia de hoje, com falta de acordo na ampliação do fundo de resgate. O diário The Guardian remete o assunto para as páginas de economia, referindo que o resgate “está mais próximo depois de José Sócrates perder voto crucial” na Assembleia da República, com “o limbo político a pôr pressão sobre os títulos portugueses”.

Num artigo assinado pelo correspondente em Madrid, o jornal britânico recorda que a demissão de Sócrates coincidiu com as notícias de Bruxelas de que a ampliação do fundo de resgate europeu continua sem acordo. O jornal cita um analista do RBS que dá conta do eventual impacto de um período eleitoral na situação económica geral do país, incluindo a dívida soberana. “Parece cada vez mais provável que Portugal precisará de algum tipo de ajuda”, refere um analista do Lloyds Bank citado pelo jornal.

“Crise poderá elevar ainda mais o custo dos empréstimos do país”

A crise em Portugal tem chamada à primeira página no jornal The Times, como fazem outros periódicos do Reino Unido ou dos Estados Unidos, em muitos casos utilizando notícias das agências internacionais. Do outro lado do Atlântico, o Los Angeles Times considera que “Portugal pode precisar de um resgate”, por não conseguir aprovar o plano de austeridade, com a crise portuguesa a fazer sentir-se no euro, que “caiu depois de ter chegado ao nível mais elevado do ano na segunda-feira”. “A crise poderá elevar ainda mais o custo dos empréstimos do país, já em níveis elevados. Isso poderá significar que Portugal não terá opção mas virar-se para o fundo de resgate da UE”, refere.

A revista The Economist titula “A morte de Sócrates”, referindo que a crise política torna quase inevitável um resgate económico do país. “Na Irlanda, o resgate ajudou a forçar o Governo a convocar eleições antecipadas. Em Portugal, eleições antecipadas podem forçar o Governo a aceitar um resgate. A questão é, que Governo?”, escreve a revista na sua edição online. “Poucos duvidam que Portugal está próximo do momento em que não tem mais alternativa que solicitar assistência do fundo de resgate europeu”, sublinha.

A revista alemã Der Spiegel também sublinha, num artigo da sua edição online, que Portugal terá de pedir mais dinheiro emprestado até às eleições. “Até Junho, precisa de refinanciar alguns 9,2 mil milhões de euros de dívida soberana no mercado, dos quais 4,2 em Abril. Pedir empréstimos poderá tornar-se insuportavelmente caro para o governo de transição”. Outro problema “é que será especialmente difícil pedir ajuda à UE durante a campanha eleitoral”, algo que “tecnicamente, é possível”, mas “politicamente, será problemático ir com a caixa de esmolas para Bruxelas“

Já o tablóide de grande circulação Bild preocupa-se com a factura: “Crise em Portugal: Quanto terá a Alemanha de pagar?”

A imprensa espanhola também dedica hoje ampla cobertura a Portugal e considera que a crise política aproxima o país do resgate financeiro, mas sublinha as diferenças com Espanha e que o efeito de contágio parece afastar-se. “José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, considerado pela esquerda um socialista quase neoliberal, apresentou a sua demissão depois de seis anos como primeiro-ministro de um Portugal devorado, como ele, pela crise económica”, escreve o económico Expansion.

O Financial Times (FT) volta a abrir a sua edição da Europa com a situação em Portugal, afirmando que “a crise política aumenta a possibilidade de um resgate” internacional, criando um potencial “vácuo político que complicaria as negociações sobre o pacote de apoio”. O jornal cita vários analistas que consideram inevitável o resgate que pode surgir já “nos próximos dias”.

Independentemente da crise, escreve o FT, esperanças de uma solução abrangente para a crise da dívida na zona euro estava já “a desaparecer” antes da cimeira europeia de hoje, com falta de acordo na ampliação do fundo de resgate. O diário The Guardian remete o assunto para as páginas de economia, referindo que o resgate “está mais próximo depois de José Sócrates perder voto crucial” na Assembleia da República, com “o limbo político a pôr pressão sobre os títulos portugueses”.

Num artigo assinado pelo correspondente em Madrid, o jornal britânico recorda que a demissão de Sócrates coincidiu com as notícias de Bruxelas de que a ampliação do fundo de resgate europeu continua sem acordo. O jornal cita um analista do RBS que dá conta do eventual impacto de um período eleitoral na situação económica geral do país, incluindo a dívida soberana. “Parece cada vez mais provável que Portugal precisará de algum tipo de ajuda”, refere um analista do Lloyds Bank citado pelo jornal.

“Crise poderá elevar ainda mais o custo dos empréstimos do país”

A crise em Portugal tem chamada à primeira página no jornal The Times, como fazem outros periódicos do Reino Unido ou dos Estados Unidos, em muitos casos utilizando notícias das agências internacionais. Do outro lado do Atlântico, o Los Angeles Times considera que “Portugal pode precisar de um resgate”, por não conseguir aprovar o plano de austeridade, com a crise portuguesa a fazer sentir-se no euro, que “caiu depois de ter chegado ao nível mais elevado do ano na segunda-feira”. “A crise poderá elevar ainda mais o custo dos empréstimos do país, já em níveis elevados. Isso poderá significar que Portugal não terá opção mas virar-se para o fundo de resgate da UE”, refere.

A revista The Economist titula “A morte de Sócrates”, referindo que a crise política torna quase inevitável um resgate económico do país. “Na Irlanda, o resgate ajudou a forçar o Governo a convocar eleições antecipadas. Em Portugal, eleições antecipadas podem forçar o Governo a aceitar um resgate. A questão é, que Governo?”, escreve a revista na sua edição online. “Poucos duvidam que Portugal está próximo do momento em que não tem mais alternativa que solicitar assistência do fundo de resgate europeu”, sublinha.

A revista alemã Der Spiegel também sublinha, num artigo da sua edição online, que Portugal terá de pedir mais dinheiro emprestado até às eleições. “Até Junho, precisa de refinanciar alguns 9,2 mil milhões de euros de dívida soberana no mercado, dos quais 4,2 em Abril. Pedir empréstimos poderá tornar-se insuportavelmente caro para o governo de transição”. Outro problema “é que será especialmente difícil pedir ajuda à UE durante a campanha eleitoral”, algo que “tecnicamente, é possível”, mas “politicamente, será problemático ir com a caixa de esmolas para Bruxelas“

Já o tablóide de grande circulação Bild preocupa-se com a factura: “Crise em Portugal: Quanto terá a Alemanha de pagar?”

A imprensa espanhola também dedica hoje ampla cobertura a Portugal e considera que a crise política aproxima o país do resgate financeiro, mas sublinha as diferenças com Espanha e que o efeito de contágio parece afastar-se. “José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, considerado pela esquerda um socialista quase neoliberal, apresentou a sua demissão depois de seis anos como primeiro-ministro de um Portugal devorado, como ele, pela crise económica”, escreve o económico Expansion.

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