CDS-PP: Concelhia de Lisboa

19-12-2009
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"Total surpresa" - e descontentamento. A bancada parlamentar do CDS/PP não gostou da proposta avançada na última quarta-feira pela estrutura directiva do partido que, por ocasião do Dia Mundial da Criança, defendeu a criação do "Dia Mundial da Criança por Nascer".A ideia está longe de ter acolhimento junto da grande maioria dos deputados democratas-cristãos. Mas não só. Ao que o DN apurou, até alguns membros da direcção de José Ribeiro e Castro manifestaram discordância com a proposta, avançada em conferência de imprensa por Paulo Núncio, porta-voz do partido.Ao DN, um dos parlamentares centristas qualificou mesmo a proposta como "risível". Mas, mais do que a ideia de institucionalizar um dia nacional da criança por nascer, as críticas deste deputado vão para o que considera ser uma "insistência excessiva do discurso [do CDS] nas questões da família". Embora esta seja uma das bandeiras do partido parece "que não há vida para além disso", sublinhou.Reparos subscritos por outros deputados da bancada popular, que olham para esta proposta como "uma radicalização desnecessária" da posição democrata-cristã na questão do aborto. "É um retrocesso no discurso do CDS", sublinhou fonte centrista, questionando igualmente o excessivo protagonismo desta questão, numa altura em que o país está virado para outras matérias e em que se aproximam umas eleições autárquicas tradicionalmente difíceis para os populares.Apesar da divergência, a maior parte dos deputados opta por desvalorizar. Mas a questão poderá não ficar por aqui. Na conferência de imprensa em que defendeu a criação de um dia nacional da criança por nascer, Paulo Núncio não fechou a hipótese de a proposta ser apresentada no Parlamento. "Se houver uma orientação nesse sentido, vai haver muita discussão sobre isso", salientou um deputado, deixando ainda outra questão "Quero ver quem é que vai dar a a cara por isso".A proposta avançada pela direcção vem abrir mais um foco de divergência entre o grupo parlamentar e a estrutura directiva. E, se é certo que a bancada garante, a uma voz, "total cooperação institucional", o que é certo é que os episódios de pequenos desentendimentos se vão repetindo. Ainda que neste caso, como salientou ao DN um dirigente alheio ao grupo parlamentar, a proposta tenha tido "o mérito de unir gregos e troianos estão quase todos contra". Fonte: DN

"Total surpresa" - e descontentamento. A bancada parlamentar do CDS/PP não gostou da proposta avançada na última quarta-feira pela estrutura directiva do partido que, por ocasião do Dia Mundial da Criança, defendeu a criação do "Dia Mundial da Criança por Nascer".A ideia está longe de ter acolhimento junto da grande maioria dos deputados democratas-cristãos. Mas não só. Ao que o DN apurou, até alguns membros da direcção de José Ribeiro e Castro manifestaram discordância com a proposta, avançada em conferência de imprensa por Paulo Núncio, porta-voz do partido.Ao DN, um dos parlamentares centristas qualificou mesmo a proposta como "risível". Mas, mais do que a ideia de institucionalizar um dia nacional da criança por nascer, as críticas deste deputado vão para o que considera ser uma "insistência excessiva do discurso [do CDS] nas questões da família". Embora esta seja uma das bandeiras do partido parece "que não há vida para além disso", sublinhou.Reparos subscritos por outros deputados da bancada popular, que olham para esta proposta como "uma radicalização desnecessária" da posição democrata-cristã na questão do aborto. "É um retrocesso no discurso do CDS", sublinhou fonte centrista, questionando igualmente o excessivo protagonismo desta questão, numa altura em que o país está virado para outras matérias e em que se aproximam umas eleições autárquicas tradicionalmente difíceis para os populares.Apesar da divergência, a maior parte dos deputados opta por desvalorizar. Mas a questão poderá não ficar por aqui. Na conferência de imprensa em que defendeu a criação de um dia nacional da criança por nascer, Paulo Núncio não fechou a hipótese de a proposta ser apresentada no Parlamento. "Se houver uma orientação nesse sentido, vai haver muita discussão sobre isso", salientou um deputado, deixando ainda outra questão "Quero ver quem é que vai dar a a cara por isso".A proposta avançada pela direcção vem abrir mais um foco de divergência entre o grupo parlamentar e a estrutura directiva. E, se é certo que a bancada garante, a uma voz, "total cooperação institucional", o que é certo é que os episódios de pequenos desentendimentos se vão repetindo. Ainda que neste caso, como salientou ao DN um dirigente alheio ao grupo parlamentar, a proposta tenha tido "o mérito de unir gregos e troianos estão quase todos contra". Fonte: DN

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