Embaixadores de Israel, Turquia e Egipto recebidos no Parlamento

07-06-2010
marcar artigo

Continua a escalada diplomática entre a Turquia e Israel. E foi isso que espelharam as declarações dos embaixadores dos dois países, à saída dos encontros, em separado, com o presidente da Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros, José Ribeiro e Castro, que convidou também o embaixador egípcio.

Ao sair da reunião, na Assembleia da República, o embaixador israelita, Ehud Gol, deu uma "resposta aritmética" para explicar a condenação internacional ao incidente com o navio turco Mavi Marmara: "Israel é apenas um país contra dezenas de países árabes. O facto de haver muitas vozes contra nós não significa que elas tenham razão."

Gol acusou aqueles que condenam Israel de não saberem do que falam. "Não há nada mais perigoso do que enfrentar pessoas ignorantes e enraivecidas", explicou o embaixador, que não teceu grandes comentários sobre as acusações turcas, para não "inflamar ainda mais as tensões".

O embaixador turco, Ömer Kaya Türkmen, fez suas as palavras do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan: "Israel cometeu um erro histórico." "As relações entre a Turquia e Israel são demasiado importantes para as ferirmos", justificou. Mais, "Israel está a perder a Turquia".

O melhor do Público no email Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Subscrever ×

Mesmo assim, o embaixador admitiu a possibilidade de uma melhoria da relação entre os dois países: se Israel aceitar que seja realizado um inquérito para apurar responsáveis e se os afectados pelo incidente forem compensados. O embaixador israelita mostrou-se menos flexível. "A aliança entre os nossos países não é importante só para Israel. A Turquia também precisa de Israel", afirmou. "A razão e o bom senso vão voltar aos dirigentes turcos."

O último a ser recebido foi o embaixador egípcio, Amgad Maher Abdel Ghaffar. O encontro foi longo, mas as palavras à saída foram breves. Ghaffar justificou a abertura da fronteira do Egipto com Gaza como uma "solução temporária" motivada pelo "sofrimento das pessoas". "Qualquer solução permanente deve ser decidida entre Israel e a Palestina", referiu. "Mas é preciso resolver o problema do bloqueio de Gaza."

Ribeiro e Castro reconheceu a necessidade de garantir a segurança dos países vizinhos de Gaza e admitiu que continuam a existir "versões radicalmente distintas" do incidente.

Continua a escalada diplomática entre a Turquia e Israel. E foi isso que espelharam as declarações dos embaixadores dos dois países, à saída dos encontros, em separado, com o presidente da Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros, José Ribeiro e Castro, que convidou também o embaixador egípcio.

Ao sair da reunião, na Assembleia da República, o embaixador israelita, Ehud Gol, deu uma "resposta aritmética" para explicar a condenação internacional ao incidente com o navio turco Mavi Marmara: "Israel é apenas um país contra dezenas de países árabes. O facto de haver muitas vozes contra nós não significa que elas tenham razão."

Gol acusou aqueles que condenam Israel de não saberem do que falam. "Não há nada mais perigoso do que enfrentar pessoas ignorantes e enraivecidas", explicou o embaixador, que não teceu grandes comentários sobre as acusações turcas, para não "inflamar ainda mais as tensões".

O embaixador turco, Ömer Kaya Türkmen, fez suas as palavras do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan: "Israel cometeu um erro histórico." "As relações entre a Turquia e Israel são demasiado importantes para as ferirmos", justificou. Mais, "Israel está a perder a Turquia".

O melhor do Público no email Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Subscrever ×

Mesmo assim, o embaixador admitiu a possibilidade de uma melhoria da relação entre os dois países: se Israel aceitar que seja realizado um inquérito para apurar responsáveis e se os afectados pelo incidente forem compensados. O embaixador israelita mostrou-se menos flexível. "A aliança entre os nossos países não é importante só para Israel. A Turquia também precisa de Israel", afirmou. "A razão e o bom senso vão voltar aos dirigentes turcos."

O último a ser recebido foi o embaixador egípcio, Amgad Maher Abdel Ghaffar. O encontro foi longo, mas as palavras à saída foram breves. Ghaffar justificou a abertura da fronteira do Egipto com Gaza como uma "solução temporária" motivada pelo "sofrimento das pessoas". "Qualquer solução permanente deve ser decidida entre Israel e a Palestina", referiu. "Mas é preciso resolver o problema do bloqueio de Gaza."

Ribeiro e Castro reconheceu a necessidade de garantir a segurança dos países vizinhos de Gaza e admitiu que continuam a existir "versões radicalmente distintas" do incidente.

marcar artigo