o sexo dos anjos: "A Arma Secreta"

31-05-2010
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“A arma secreta” é o título de uma crónica do eurodeputado cessante do CDS-PP, José Ribeiro e Castro. Para quem esteja distraído, é importante reparar que o partido de Paulo Portas não é apenas um cálculo mesquinho sobre as legislativas, das quais espera sair em posição de se tornar uma espécie de avençado de José Sócrates, ou, por outras palavras, um partido a recibos verdes contratado por um PS sem maioria absoluta. Não, o actual CDS não é apenas isso: é pior.“Amigos meus criticam-me o facto de não abordar o CDS-PP nestas crónicas. Têm razão. Por isso, reparo a omissão.No anúncio da lista para o Parlamento Europeu, o CDS indicou que busca eleger três candidatos. O falado trio de cabeças-de-lista tinha esse propósito. E, há dias, Paulo Portas assegurou que o seu partido será o que mais vai subir. A aposta é forte.Tem surpreendido, assim, que a candidata número 3, a deputada Teresa Caeiro, vice-presidente do partido, a mais-valia decisiva da lista e baliza da ambição de conquista, ainda não tenha aparecido: nem na pré-campanha, nem nesta primeira semana. Nuno Melo anda com o líder do partido. Diogo Feio já apareceu. Mas de Teresa Caeiro… nada! Até poderia dar a ideia de que pretendem mantê-la escondida.O meu pensamento é outro: está certamente guardada para a última semana, como a arma secreta do CDS-PP, trampolim para a eleição dos três eurodeputados.Não seria a primeira vez que Teresa Caeiro faz esse sacrifício dos últimos minutos. No referendo para liberalização do aborto, em 2007, a deputada Teresa Caeiro aguardou exactamente o último dia de campanha para anunciar na imprensa, dois dias antes do voto, que divergia do partido e não votaria “Não”. Deixou a ideia de que votou “Sim”. E, seguindo essa linha, tem-se destacado também na defesa do casamento homossexual, afirmando, em entrevista, sentir a missão de mostrar que a direita não é tacanha e retrógrada.A posição estratégica como terceira candidata traduz por certo a exposição desta nova modernidade pela direcção do CDS-PP. E nisso assenta a minha convicção de que Teresa Caeiro não está escondida; antes guardada para arrasar na recta final em defesa da liberalização do aborto e do casamento homossexual, temas que são frequentes nos debates no Parlamento Europeu.” José Ribeiro e Castro

“A arma secreta” é o título de uma crónica do eurodeputado cessante do CDS-PP, José Ribeiro e Castro. Para quem esteja distraído, é importante reparar que o partido de Paulo Portas não é apenas um cálculo mesquinho sobre as legislativas, das quais espera sair em posição de se tornar uma espécie de avençado de José Sócrates, ou, por outras palavras, um partido a recibos verdes contratado por um PS sem maioria absoluta. Não, o actual CDS não é apenas isso: é pior.“Amigos meus criticam-me o facto de não abordar o CDS-PP nestas crónicas. Têm razão. Por isso, reparo a omissão.No anúncio da lista para o Parlamento Europeu, o CDS indicou que busca eleger três candidatos. O falado trio de cabeças-de-lista tinha esse propósito. E, há dias, Paulo Portas assegurou que o seu partido será o que mais vai subir. A aposta é forte.Tem surpreendido, assim, que a candidata número 3, a deputada Teresa Caeiro, vice-presidente do partido, a mais-valia decisiva da lista e baliza da ambição de conquista, ainda não tenha aparecido: nem na pré-campanha, nem nesta primeira semana. Nuno Melo anda com o líder do partido. Diogo Feio já apareceu. Mas de Teresa Caeiro… nada! Até poderia dar a ideia de que pretendem mantê-la escondida.O meu pensamento é outro: está certamente guardada para a última semana, como a arma secreta do CDS-PP, trampolim para a eleição dos três eurodeputados.Não seria a primeira vez que Teresa Caeiro faz esse sacrifício dos últimos minutos. No referendo para liberalização do aborto, em 2007, a deputada Teresa Caeiro aguardou exactamente o último dia de campanha para anunciar na imprensa, dois dias antes do voto, que divergia do partido e não votaria “Não”. Deixou a ideia de que votou “Sim”. E, seguindo essa linha, tem-se destacado também na defesa do casamento homossexual, afirmando, em entrevista, sentir a missão de mostrar que a direita não é tacanha e retrógrada.A posição estratégica como terceira candidata traduz por certo a exposição desta nova modernidade pela direcção do CDS-PP. E nisso assenta a minha convicção de que Teresa Caeiro não está escondida; antes guardada para arrasar na recta final em defesa da liberalização do aborto e do casamento homossexual, temas que são frequentes nos debates no Parlamento Europeu.” José Ribeiro e Castro

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