A Arte da Fuga: Post enquinado

28-12-2009
marcar artigo

Paulo Gorjão (Bloguitica), que nos habitua a posts ponderados e serenos, só se transtorna quando opina sobre o CDS-PP. O seu último post, "Directas Enquinadas, é bom demais para ficar pelas referências, transcrevo-o aqui:1. O Conselho Nacional do CDS -- i.e. José Ribeiro e Castro -- marcou para 18 de Junho a eleição directa do líder do partido.2. Reparem no sinal de fraqueza implícito: consciente de que não controla o aparelho do seu partido, Ribeiro e Castro opta por convocar eleições quase de imediato, procurando assim neutralizar candidaturas alternativas.3. Ribeiro e Castro reconhece implicitamente a sua fraqueza e, pior do que isso, opta por um caminho pouco democrático.4. Ribeiro e Castro poderá consolidar a sua liderança, mas não reforçará a sua legitimidade.5. Logo, as directas terão pouca utilidade do ponto de vista daquilo que é verdadeiramente essencial, i.e. a legitimidade do líder e o debate sobre a estratégia a adoptar pelo partido.Respondendo, com o à-vontade de quem não está associado ao CDS-PP:- convém recordar que Ribeiro e Castro foi eleito no último Congresso por normas perfeitamente democráticas que lhe deram toda a legitimidade para assumir a liderança do partido;- fazia parte do seu programa convocar directas o mais depressa possível. Estratégia ou não, era uma condição a que se submetia;- os congressistas votaram maioritariamente a sua moção, mas deram aos partidários de Telmo Correia a maioria no Conselho Nacional;- nestas condições, é pouco correcto identificar o Conselho Nacional com o líder, apesar daquele órgão ter aprovado a sua proposta;- ao impor a convocação de directas, Ribeiro e Castro exerce o seu poder com autoridade (não fraqueza!); em vez da eleição do líder por delegados do aparelho, envereda por um caminho mais democrático— as directas— uma medida em que o PS de Paulo Gorjão foi pioneiro;- se Ribeiro e Castro for reconduzido na liderança do partido, por força do voto directo dos militantes, reforça a sua legitimidade— como é possível defender o contrário?- num partido tão habituado a disputar lideranças em cima do acontecimento como o CDS-PP, e no rescaldo de um congresso bem disputado, três semanas é mais do que suficiente para surgirem alternativas a Ribeiro e Castro, se for caso disso;- seja qual for o resultado, só contribuirá para discutir, clarificar e legitimar as estratégias do partido.

Paulo Gorjão (Bloguitica), que nos habitua a posts ponderados e serenos, só se transtorna quando opina sobre o CDS-PP. O seu último post, "Directas Enquinadas, é bom demais para ficar pelas referências, transcrevo-o aqui:1. O Conselho Nacional do CDS -- i.e. José Ribeiro e Castro -- marcou para 18 de Junho a eleição directa do líder do partido.2. Reparem no sinal de fraqueza implícito: consciente de que não controla o aparelho do seu partido, Ribeiro e Castro opta por convocar eleições quase de imediato, procurando assim neutralizar candidaturas alternativas.3. Ribeiro e Castro reconhece implicitamente a sua fraqueza e, pior do que isso, opta por um caminho pouco democrático.4. Ribeiro e Castro poderá consolidar a sua liderança, mas não reforçará a sua legitimidade.5. Logo, as directas terão pouca utilidade do ponto de vista daquilo que é verdadeiramente essencial, i.e. a legitimidade do líder e o debate sobre a estratégia a adoptar pelo partido.Respondendo, com o à-vontade de quem não está associado ao CDS-PP:- convém recordar que Ribeiro e Castro foi eleito no último Congresso por normas perfeitamente democráticas que lhe deram toda a legitimidade para assumir a liderança do partido;- fazia parte do seu programa convocar directas o mais depressa possível. Estratégia ou não, era uma condição a que se submetia;- os congressistas votaram maioritariamente a sua moção, mas deram aos partidários de Telmo Correia a maioria no Conselho Nacional;- nestas condições, é pouco correcto identificar o Conselho Nacional com o líder, apesar daquele órgão ter aprovado a sua proposta;- ao impor a convocação de directas, Ribeiro e Castro exerce o seu poder com autoridade (não fraqueza!); em vez da eleição do líder por delegados do aparelho, envereda por um caminho mais democrático— as directas— uma medida em que o PS de Paulo Gorjão foi pioneiro;- se Ribeiro e Castro for reconduzido na liderança do partido, por força do voto directo dos militantes, reforça a sua legitimidade— como é possível defender o contrário?- num partido tão habituado a disputar lideranças em cima do acontecimento como o CDS-PP, e no rescaldo de um congresso bem disputado, três semanas é mais do que suficiente para surgirem alternativas a Ribeiro e Castro, se for caso disso;- seja qual for o resultado, só contribuirá para discutir, clarificar e legitimar as estratégias do partido.

Paulo Gorjão (Bloguitica), que nos habitua a posts ponderados e serenos, só se transtorna quando opina sobre o CDS-PP. O seu último post, "Directas Enquinadas, é bom demais para ficar pelas referências, transcrevo-o aqui:1. O Conselho Nacional do CDS -- i.e. José Ribeiro e Castro -- marcou para 18 de Junho a eleição directa do líder do partido.2. Reparem no sinal de fraqueza implícito: consciente de que não controla o aparelho do seu partido, Ribeiro e Castro opta por convocar eleições quase de imediato, procurando assim neutralizar candidaturas alternativas.3. Ribeiro e Castro reconhece implicitamente a sua fraqueza e, pior do que isso, opta por um caminho pouco democrático.4. Ribeiro e Castro poderá consolidar a sua liderança, mas não reforçará a sua legitimidade.5. Logo, as directas terão pouca utilidade do ponto de vista daquilo que é verdadeiramente essencial, i.e. a legitimidade do líder e o debate sobre a estratégia a adoptar pelo partido.Respondendo, com o à-vontade de quem não está associado ao CDS-PP:- convém recordar que Ribeiro e Castro foi eleito no último Congresso por normas perfeitamente democráticas que lhe deram toda a legitimidade para assumir a liderança do partido;- fazia parte do seu programa convocar directas o mais depressa possível. Estratégia ou não, era uma condição a que se submetia;- os congressistas votaram maioritariamente a sua moção, mas deram aos partidários de Telmo Correia a maioria no Conselho Nacional;- nestas condições, é pouco correcto identificar o Conselho Nacional com o líder, apesar daquele órgão ter aprovado a sua proposta;- ao impor a convocação de directas, Ribeiro e Castro exerce o seu poder com autoridade (não fraqueza!); em vez da eleição do líder por delegados do aparelho, envereda por um caminho mais democrático— as directas— uma medida em que o PS de Paulo Gorjão foi pioneiro;- se Ribeiro e Castro for reconduzido na liderança do partido, por força do voto directo dos militantes, reforça a sua legitimidade— como é possível defender o contrário?- num partido tão habituado a disputar lideranças em cima do acontecimento como o CDS-PP, e no rescaldo de um congresso bem disputado, três semanas é mais do que suficiente para surgirem alternativas a Ribeiro e Castro, se for caso disso;- seja qual for o resultado, só contribuirá para discutir, clarificar e legitimar as estratégias do partido.

Paulo Gorjão (Bloguitica), que nos habitua a posts ponderados e serenos, só se transtorna quando opina sobre o CDS-PP. O seu último post, "Directas Enquinadas, é bom demais para ficar pelas referências, transcrevo-o aqui:1. O Conselho Nacional do CDS -- i.e. José Ribeiro e Castro -- marcou para 18 de Junho a eleição directa do líder do partido.2. Reparem no sinal de fraqueza implícito: consciente de que não controla o aparelho do seu partido, Ribeiro e Castro opta por convocar eleições quase de imediato, procurando assim neutralizar candidaturas alternativas.3. Ribeiro e Castro reconhece implicitamente a sua fraqueza e, pior do que isso, opta por um caminho pouco democrático.4. Ribeiro e Castro poderá consolidar a sua liderança, mas não reforçará a sua legitimidade.5. Logo, as directas terão pouca utilidade do ponto de vista daquilo que é verdadeiramente essencial, i.e. a legitimidade do líder e o debate sobre a estratégia a adoptar pelo partido.Respondendo, com o à-vontade de quem não está associado ao CDS-PP:- convém recordar que Ribeiro e Castro foi eleito no último Congresso por normas perfeitamente democráticas que lhe deram toda a legitimidade para assumir a liderança do partido;- fazia parte do seu programa convocar directas o mais depressa possível. Estratégia ou não, era uma condição a que se submetia;- os congressistas votaram maioritariamente a sua moção, mas deram aos partidários de Telmo Correia a maioria no Conselho Nacional;- nestas condições, é pouco correcto identificar o Conselho Nacional com o líder, apesar daquele órgão ter aprovado a sua proposta;- ao impor a convocação de directas, Ribeiro e Castro exerce o seu poder com autoridade (não fraqueza!); em vez da eleição do líder por delegados do aparelho, envereda por um caminho mais democrático— as directas— uma medida em que o PS de Paulo Gorjão foi pioneiro;- se Ribeiro e Castro for reconduzido na liderança do partido, por força do voto directo dos militantes, reforça a sua legitimidade— como é possível defender o contrário?- num partido tão habituado a disputar lideranças em cima do acontecimento como o CDS-PP, e no rescaldo de um congresso bem disputado, três semanas é mais do que suficiente para surgirem alternativas a Ribeiro e Castro, se for caso disso;- seja qual for o resultado, só contribuirá para discutir, clarificar e legitimar as estratégias do partido.

marcar artigo