Saudações Angolanas

10-11-2009
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Cultura Angolana em Paris

A exibição do filme “Na cidade vazia”, da realizadora Maria João Ganga, seguida de debate, encerrou o ciclo de cinema inserido no programa “Angola Mon Amour”, que mostrou em Paris aspectos da diversidade cultural no país. A exibição do filme “Na cidade vazia”, da realizadora Maria João Ganga, seguida de debate, encerrou o ciclo de cinema inserido no programa “Angola Mon Amour”, que mostrou em Paris aspectos da diversidade cultural no país.

Promovido pela embaixada de Angola em França, a actividade visou também reforçar os laços de amizade entre os dois povos, segundo o embaixador angolano naquele país europeu, Victor Lima.

O filme “Sambizanga” da cineasta Sarah Maldoror, que recentemente foi homenageada no Festival Internacional de Cinema de Luanda, além das curtas-metragens “Carnaval da Vitória”e “A televisão em Angola”, de António Ole e da produtora Ariel de Bigault, respectivamente, foram igualmente vistos.

Cartazes apelativos colocados em pontos estratégicos da capital francesa conduziram no último fim-de-semana cidadãos angolanos na diáspora, franceses, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e pessoas interessadas em cultura, independentemente da nacionalidade, ao museu “Quay du Branly”, uma das maiores referências culturais de Paris.

Localizado nas imediações do rio Sena e da Torre Eiffel, dois dos mais expressivos símbolos de Paris, o “Quay du Branly” acolheu nos dois últimos dias uma concentração maior de visitantes interessados em conviver com aspectos da cultura angolana.

Stéphane Martin, presidente do Museu, no seu discurso de acolhimento, realçou esse aspecto durante a sessão oficial de abertura do programa “Angola Mon Amour”, realizado sábado, à noite.

Ao embaixador Victor Lima coube endereçar palavras de apreço a todos que tornaram possível a execução do projecto, sem desmerecer assuntos como as relações entre Angola e a França, onde se deu a conhecer um pouco mais dos múltiplos aspectos que compõem a construção da identidade de Angola e do seu povo.

Seguiu-se, numa outra sala do Museu, um espectáculo aberto pelo grupo “Jovens do Hungo” que se deslocou de Lisboa a Paris, especialmente para o efeito.

Guardiões de ritmos considerados de raiz, os “Jovens” arrebataram a plateia. Acompanhado pelas passadas certas das duas bailarinas, o grupo cantou, fez dançar e, por isso, foi chamado a encerrar o espectáculo.

Filipe Mukenga

O cantor e compositor angolano Filipe Mukenga vai lançar mais uma obra discográfica de inéditos, produzida no Brasil, no mês de Fevereiro de 2009. O cantor e compositor angolano Filipe Mukenga vai lançar mais uma obra discográfica de inéditos, produzida no Brasil, no mês de Fevereiro de 2009.

“Nesta obra, que não vou adiantar o título, conto com a participação especial dos brasileiros Martinho da Vila, Zeca Baleiro e da cantora Vânia Abreu, que constituem uma mais-valia no disco”, acrescentou.

Para Filipe Mukenga, a sua ausência dos palcos deve-se a dificuldades que tem encontrado para conseguir apoios financeiros para as suas obras, alegando que a ausência de patrocinadores se deve ao estilo musical que faz.

“Eu não faço um estilo comercial. Por esta razão os patrocinadores têm dificuldades em obter retorno com os investimentos feitos nos meus álbuns. Mas agora que apareceu uma agência para ajudar a divulgar cantores sem fins lucrativos tudo vai melhorar”, fez saber.

O interlocutor disse, por outro lado, que “a criação de mais editoras musicais, salas de espectáculos, empresas especializadas em som e iluminação, bem como fábricas de discos, seriam uma mais-valia para a projecção dos artistas na evolução da música angolana".

Cantor, compositor e intérprete, Filipe Mukenga é autor de obras como o "Novo Som" (1991), "Kianda-Kianda" (1994) e "Mimbo Yami" (2003).

Memórias coloniais

O livro "Memórias Coloniais", de António Cadete Leite, foi lançado esta quarta-feira, após a sessão de apresentação pública e de assinatura de autógrafos decorrida na Sala Magna da Faculdade de Medicina, da Universidade Agostinho Neto, em Luanda. O livro "Memórias Coloniais", de António Cadete Leite, foi lançado esta quarta-feira, após a sessão de apresentação pública e de assinatura de autógrafos decorrida na Sala Magna da Faculdade de Medicina, da Universidade Agostinho Neto, em Luanda.

Falando à imprensa, o autor frisou tratar-se de memórias pessoais com as quais pretende dar a conhecer ao público, principalmente à juventude, os acontecimentos ocorridos durante a época colonial em Angola.

"Interessa trazer a público informações sobre o passado do país, pois trata-se de um exercício que ajuda a nova geração a manter-se informada sobre a História de Angola", realçou o autor.

Numa primeira fase, segundo António Cadete Leite foram editados mil exemplares, sendo que para o país vieram apenas cem, que estão a ser comercializadas por mil Kwanzas cada.

Editada pela Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, Portugal, a obra foi ilustrada por José Rodrigues e subdivide-se em sete capítulos.

"O senhor ministro do ultramar pede uma ossada para a sobrinha", "As cuecas do magnífico reitor", "O viajante clandestino", o pequeno-almoço no teatro anatómico", "A encomenda do senhor director", "Três evacuações militares" e "Uma viagem até Lisboa" são algumas das histórias no livro.

Professor jubilado da Universidade do Porto, o autor exerceu funções docentes nos Estudos Gerais Universitários de Angola e no pós-independência, de 1975 a 1983, tendo sido ainda regente da cadeira de Anatomia Normal, na Universidade de Angola.

Participou na extensão da Faculdade de Medicina do Huambo.

Escola de cinema dos CPLP

Os realizadores e produtores de cinema da Comunidade dos Países de Línguas Portuguesa (CPLP) já têm vindo a mostrar ao mundo trabalhos cinematográficos com alguma qualidade, mas, carecem de uma escola profissionalizada da sétima arte, que possa cobrir todo o espaço lusófono.

Esse ponto de vista foi apresentado por vários cineastas participantes no ciclo de conferências do Festival Internacional de Cinema de Luanda (FICLuanda), com fim previsto para sábado, que julgam ser imperiosa a medida institucional, para garantir a execução de um cinema científico.

O realizador moçambicano João Ribeiro, que participa do evento na condição de produtor independente, disse que esse passo seria fundamental, pois, no seu país, por exemplo, nenhuma universidade incluiu nos currículos matérias ligadas especificamente às técnicas de produção audiovisual.

"Em Moçambique temos várias universidades, algumas delas com cursos virados à comunicação, mas não há nada especificamente virado para o audiovisual, os cursos técnicos de câmara, som, iluminação e produção. Não há nada disso", expressou.

Segundo João Ribeiro, são ministrados nessas universidades conceitos gerais sobre produção, mas não se estudam com profundidade as técnicas modernas da sétima arte, daí a necessidade de se criar (não em cada um dos países) uma escola onde possam ser mandados os profissionais do ramo, em busca do conhecimento teórico.

O profissional reconheceu haver no espaço lusófono, sobretudo nos países de expressão portuguesa, cineastas e realizadores de televisão que fazem trabalhos cinematográficos com alguma qualidade técnica, mas sem terem bases teóricas para justificar as suas eventuais opções, dada a falta de conhecimentos teóricos.

"Eles acabam por fazer coisas, mas não as conseguem justificar. Essa falta de conhecimento traduz-se, muitas vezes, naquilo que mostram ao público", opinou.

Filmes lusófonos na net

O director do Instituto de Cinema e Audiovisual de Portugal, José Pedro Ribeiro, anunciou esta quinta-feira, em Luanda, o lançamento em 2009 de uma plataforma de distribuição de filmes lusófonos na Internet, visando permitir que os profissionais da comunidade mostrem as respectivas produções com mais regularidade.

O responsável, que falava à margem do terceiro Ciclo de Conferências do Festival Internacional de Cinema de Luanda (FICLuanda), explicou que os trabalhos podem ser disponibilizados gratuitamente ou mediante pagamento de direitos de autor.

"Vamos disponibilizar uma plataforma de Internet para os detentores dos direitos poderem colocar as suas obras, dando a possibilidade a qualquer cidadão, de qualquer parte do mundo, de fazer o download e visualizar o filme, a troco de um pagamento que fica previamente estabelecido com o detentor dos direitos", explicou.

Com essa iniciativa, precisou José Ribeiro, a sua instituição conta criar uma espécie de portal cinematográfico gratuito, que considera "uma nova forma de difusão", em que as condições de cedência e acesso aos filmes serão determinadas pelos legítimos autores.

Disse estarem a ser criadas, a nível do Instituto, as condições técnicas para a entrada em funcionamento do portal, no qual manifesta o interesse de ver adicionados filmes de toda Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"Gostaríamos muito que fosse o mais aberto possível. Estamos ansiosos em receber conteúdos dos diversos titulares dos direitos dos países da CPLP, para poder integrar esse projecto. É nossa vontade que o mesmo seja aberto a todos, para que a cinematografia da comunidade seja mostrada a todo mundo", acrescentou.

Sobre os financiamentos prestados a realizadores e produtores dos países africanos, José Ribeiro disse estar a ser desenvolvido, desde o ano 2000, um programa de fomento à cooperação com a CPLP, que visa apoiar longas-metragens de ficção.

De igual modo, informou, iniciaram em 2004 um outro projecto de intercâmbio no domínio da formação, virado aos documentários, que já permitiu, com apoio da RTP, a produção de documentários de vários países africanos.

Diamantes e Ouro valor +

O Novo Código Mineiro, cuja aprovação em Conselho de Ministros aguarda-se para meados de 2009, considera os diamantes, ouro e os minerais radioactivos como estratégicos para o país, disse terça-feira, em Luanda, o coordenador da Comissão Técnica para a Revisão da Legislação Mineira, Francisco Queiroz. O Novo Código Mineiro, cuja aprovação em Conselho de Ministros aguarda-se para meados de 2009, considera os diamantes, ouro e os minerais radioactivos como estratégicos para o país, disse terça-feira, em Luanda, o coordenador da Comissão Técnica para a Revisão da Legislação Mineira, Francisco Queiroz.

Segundo o jurista, que falava à margem do II seminário de auscultação do Código Mineiro, concorrem para a classificação dos minerais estratégicos factores como a sua raridade, a grande procura no mercado internacional, e o impacto relevante no crescimento das economias.

À luz do presente código, Francisco Queiroz explicou ainda que os direitos mineiros de prospecção e de exploração, tratamento e comercialização em todo o território nacional, incluindo a plataforma continental e a zona económica exclusiva pertencem ao Estado.

Esclareceu que estes direitos podem ser exercidos em exclusividade por uma empresa pública específica, que assumira o papel de concessionária nacional, ou por uma instituição pública autónoma, que exercerá a função de reguladora da actividade mineira respectiva.

“As empresas concessionárias nacionais de direitos mineiros sobre minerais estratégicos são criadas pelo Governo, competindo-lhes exercer directamente os direitos sobre os respectivos minérios, ou em associação com empresas de direito privado”, explicou.

Os trabalhos visando a criação de uma nova lei mineira em Angola iniciaram-se há dois anos, tendo-se já efectuado, até à presente data, alguns seminários de consulta técnica.

Actualmente, trabalha-se na supervisão e acerto de alguns pontos do ante-projecto de lei, a que se seguirá a sua entrega ao Conselho de Ministros para aprovação, antes de ser submetido à Assembleia Nacional.

Consumo! a quanto obrigas

Cultura Angolana em Paris

A exibição do filme “Na cidade vazia”, da realizadora Maria João Ganga, seguida de debate, encerrou o ciclo de cinema inserido no programa “Angola Mon Amour”, que mostrou em Paris aspectos da diversidade cultural no país. A exibição do filme “Na cidade vazia”, da realizadora Maria João Ganga, seguida de debate, encerrou o ciclo de cinema inserido no programa “Angola Mon Amour”, que mostrou em Paris aspectos da diversidade cultural no país.

Promovido pela embaixada de Angola em França, a actividade visou também reforçar os laços de amizade entre os dois povos, segundo o embaixador angolano naquele país europeu, Victor Lima.

O filme “Sambizanga” da cineasta Sarah Maldoror, que recentemente foi homenageada no Festival Internacional de Cinema de Luanda, além das curtas-metragens “Carnaval da Vitória”e “A televisão em Angola”, de António Ole e da produtora Ariel de Bigault, respectivamente, foram igualmente vistos.

Cartazes apelativos colocados em pontos estratégicos da capital francesa conduziram no último fim-de-semana cidadãos angolanos na diáspora, franceses, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e pessoas interessadas em cultura, independentemente da nacionalidade, ao museu “Quay du Branly”, uma das maiores referências culturais de Paris.

Localizado nas imediações do rio Sena e da Torre Eiffel, dois dos mais expressivos símbolos de Paris, o “Quay du Branly” acolheu nos dois últimos dias uma concentração maior de visitantes interessados em conviver com aspectos da cultura angolana.

Stéphane Martin, presidente do Museu, no seu discurso de acolhimento, realçou esse aspecto durante a sessão oficial de abertura do programa “Angola Mon Amour”, realizado sábado, à noite.

Ao embaixador Victor Lima coube endereçar palavras de apreço a todos que tornaram possível a execução do projecto, sem desmerecer assuntos como as relações entre Angola e a França, onde se deu a conhecer um pouco mais dos múltiplos aspectos que compõem a construção da identidade de Angola e do seu povo.

Seguiu-se, numa outra sala do Museu, um espectáculo aberto pelo grupo “Jovens do Hungo” que se deslocou de Lisboa a Paris, especialmente para o efeito.

Guardiões de ritmos considerados de raiz, os “Jovens” arrebataram a plateia. Acompanhado pelas passadas certas das duas bailarinas, o grupo cantou, fez dançar e, por isso, foi chamado a encerrar o espectáculo.

Filipe Mukenga

O cantor e compositor angolano Filipe Mukenga vai lançar mais uma obra discográfica de inéditos, produzida no Brasil, no mês de Fevereiro de 2009. O cantor e compositor angolano Filipe Mukenga vai lançar mais uma obra discográfica de inéditos, produzida no Brasil, no mês de Fevereiro de 2009.

“Nesta obra, que não vou adiantar o título, conto com a participação especial dos brasileiros Martinho da Vila, Zeca Baleiro e da cantora Vânia Abreu, que constituem uma mais-valia no disco”, acrescentou.

Para Filipe Mukenga, a sua ausência dos palcos deve-se a dificuldades que tem encontrado para conseguir apoios financeiros para as suas obras, alegando que a ausência de patrocinadores se deve ao estilo musical que faz.

“Eu não faço um estilo comercial. Por esta razão os patrocinadores têm dificuldades em obter retorno com os investimentos feitos nos meus álbuns. Mas agora que apareceu uma agência para ajudar a divulgar cantores sem fins lucrativos tudo vai melhorar”, fez saber.

O interlocutor disse, por outro lado, que “a criação de mais editoras musicais, salas de espectáculos, empresas especializadas em som e iluminação, bem como fábricas de discos, seriam uma mais-valia para a projecção dos artistas na evolução da música angolana".

Cantor, compositor e intérprete, Filipe Mukenga é autor de obras como o "Novo Som" (1991), "Kianda-Kianda" (1994) e "Mimbo Yami" (2003).

Memórias coloniais

O livro "Memórias Coloniais", de António Cadete Leite, foi lançado esta quarta-feira, após a sessão de apresentação pública e de assinatura de autógrafos decorrida na Sala Magna da Faculdade de Medicina, da Universidade Agostinho Neto, em Luanda. O livro "Memórias Coloniais", de António Cadete Leite, foi lançado esta quarta-feira, após a sessão de apresentação pública e de assinatura de autógrafos decorrida na Sala Magna da Faculdade de Medicina, da Universidade Agostinho Neto, em Luanda.

Falando à imprensa, o autor frisou tratar-se de memórias pessoais com as quais pretende dar a conhecer ao público, principalmente à juventude, os acontecimentos ocorridos durante a época colonial em Angola.

"Interessa trazer a público informações sobre o passado do país, pois trata-se de um exercício que ajuda a nova geração a manter-se informada sobre a História de Angola", realçou o autor.

Numa primeira fase, segundo António Cadete Leite foram editados mil exemplares, sendo que para o país vieram apenas cem, que estão a ser comercializadas por mil Kwanzas cada.

Editada pela Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, Portugal, a obra foi ilustrada por José Rodrigues e subdivide-se em sete capítulos.

"O senhor ministro do ultramar pede uma ossada para a sobrinha", "As cuecas do magnífico reitor", "O viajante clandestino", o pequeno-almoço no teatro anatómico", "A encomenda do senhor director", "Três evacuações militares" e "Uma viagem até Lisboa" são algumas das histórias no livro.

Professor jubilado da Universidade do Porto, o autor exerceu funções docentes nos Estudos Gerais Universitários de Angola e no pós-independência, de 1975 a 1983, tendo sido ainda regente da cadeira de Anatomia Normal, na Universidade de Angola.

Participou na extensão da Faculdade de Medicina do Huambo.

Escola de cinema dos CPLP

Os realizadores e produtores de cinema da Comunidade dos Países de Línguas Portuguesa (CPLP) já têm vindo a mostrar ao mundo trabalhos cinematográficos com alguma qualidade, mas, carecem de uma escola profissionalizada da sétima arte, que possa cobrir todo o espaço lusófono.

Esse ponto de vista foi apresentado por vários cineastas participantes no ciclo de conferências do Festival Internacional de Cinema de Luanda (FICLuanda), com fim previsto para sábado, que julgam ser imperiosa a medida institucional, para garantir a execução de um cinema científico.

O realizador moçambicano João Ribeiro, que participa do evento na condição de produtor independente, disse que esse passo seria fundamental, pois, no seu país, por exemplo, nenhuma universidade incluiu nos currículos matérias ligadas especificamente às técnicas de produção audiovisual.

"Em Moçambique temos várias universidades, algumas delas com cursos virados à comunicação, mas não há nada especificamente virado para o audiovisual, os cursos técnicos de câmara, som, iluminação e produção. Não há nada disso", expressou.

Segundo João Ribeiro, são ministrados nessas universidades conceitos gerais sobre produção, mas não se estudam com profundidade as técnicas modernas da sétima arte, daí a necessidade de se criar (não em cada um dos países) uma escola onde possam ser mandados os profissionais do ramo, em busca do conhecimento teórico.

O profissional reconheceu haver no espaço lusófono, sobretudo nos países de expressão portuguesa, cineastas e realizadores de televisão que fazem trabalhos cinematográficos com alguma qualidade técnica, mas sem terem bases teóricas para justificar as suas eventuais opções, dada a falta de conhecimentos teóricos.

"Eles acabam por fazer coisas, mas não as conseguem justificar. Essa falta de conhecimento traduz-se, muitas vezes, naquilo que mostram ao público", opinou.

Filmes lusófonos na net

O director do Instituto de Cinema e Audiovisual de Portugal, José Pedro Ribeiro, anunciou esta quinta-feira, em Luanda, o lançamento em 2009 de uma plataforma de distribuição de filmes lusófonos na Internet, visando permitir que os profissionais da comunidade mostrem as respectivas produções com mais regularidade.

O responsável, que falava à margem do terceiro Ciclo de Conferências do Festival Internacional de Cinema de Luanda (FICLuanda), explicou que os trabalhos podem ser disponibilizados gratuitamente ou mediante pagamento de direitos de autor.

"Vamos disponibilizar uma plataforma de Internet para os detentores dos direitos poderem colocar as suas obras, dando a possibilidade a qualquer cidadão, de qualquer parte do mundo, de fazer o download e visualizar o filme, a troco de um pagamento que fica previamente estabelecido com o detentor dos direitos", explicou.

Com essa iniciativa, precisou José Ribeiro, a sua instituição conta criar uma espécie de portal cinematográfico gratuito, que considera "uma nova forma de difusão", em que as condições de cedência e acesso aos filmes serão determinadas pelos legítimos autores.

Disse estarem a ser criadas, a nível do Instituto, as condições técnicas para a entrada em funcionamento do portal, no qual manifesta o interesse de ver adicionados filmes de toda Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"Gostaríamos muito que fosse o mais aberto possível. Estamos ansiosos em receber conteúdos dos diversos titulares dos direitos dos países da CPLP, para poder integrar esse projecto. É nossa vontade que o mesmo seja aberto a todos, para que a cinematografia da comunidade seja mostrada a todo mundo", acrescentou.

Sobre os financiamentos prestados a realizadores e produtores dos países africanos, José Ribeiro disse estar a ser desenvolvido, desde o ano 2000, um programa de fomento à cooperação com a CPLP, que visa apoiar longas-metragens de ficção.

De igual modo, informou, iniciaram em 2004 um outro projecto de intercâmbio no domínio da formação, virado aos documentários, que já permitiu, com apoio da RTP, a produção de documentários de vários países africanos.

Diamantes e Ouro valor +

O Novo Código Mineiro, cuja aprovação em Conselho de Ministros aguarda-se para meados de 2009, considera os diamantes, ouro e os minerais radioactivos como estratégicos para o país, disse terça-feira, em Luanda, o coordenador da Comissão Técnica para a Revisão da Legislação Mineira, Francisco Queiroz. O Novo Código Mineiro, cuja aprovação em Conselho de Ministros aguarda-se para meados de 2009, considera os diamantes, ouro e os minerais radioactivos como estratégicos para o país, disse terça-feira, em Luanda, o coordenador da Comissão Técnica para a Revisão da Legislação Mineira, Francisco Queiroz.

Segundo o jurista, que falava à margem do II seminário de auscultação do Código Mineiro, concorrem para a classificação dos minerais estratégicos factores como a sua raridade, a grande procura no mercado internacional, e o impacto relevante no crescimento das economias.

À luz do presente código, Francisco Queiroz explicou ainda que os direitos mineiros de prospecção e de exploração, tratamento e comercialização em todo o território nacional, incluindo a plataforma continental e a zona económica exclusiva pertencem ao Estado.

Esclareceu que estes direitos podem ser exercidos em exclusividade por uma empresa pública específica, que assumira o papel de concessionária nacional, ou por uma instituição pública autónoma, que exercerá a função de reguladora da actividade mineira respectiva.

“As empresas concessionárias nacionais de direitos mineiros sobre minerais estratégicos são criadas pelo Governo, competindo-lhes exercer directamente os direitos sobre os respectivos minérios, ou em associação com empresas de direito privado”, explicou.

Os trabalhos visando a criação de uma nova lei mineira em Angola iniciaram-se há dois anos, tendo-se já efectuado, até à presente data, alguns seminários de consulta técnica.

Actualmente, trabalha-se na supervisão e acerto de alguns pontos do ante-projecto de lei, a que se seguirá a sua entrega ao Conselho de Ministros para aprovação, antes de ser submetido à Assembleia Nacional.

Consumo! a quanto obrigas

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