Manuela Ferreira Leite apela à recandidatura de Cavaco Silva

25-01-2011
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"Tenho esperança, tenho confiança e tenho especialmente muita convicção que é absolutamente essencial que ele se recandidate. Acho que seria muito mau para o país se ele não se recandidatasse", defendeu Manuela Ferreira Leite, numa entrevista à Rádio Renascença, ontem à noite. Cavaco Silva, que tem mantido uma reserva férrea sobre esta matéria, dará hoje uma entrevista à RTP-1 a partir de Belém.

À Renascença, a líder do PSD retomou as duras acusações ao Governo, personalizando-as em José Sócrates, na linha que atravessou todo o seu mandato, chegando mesmo a prever que o PS poderá vir a ter um problema com o seu líder, para depois dizer que o estado em que o país está não aguenta eleições de seis em seis meses. Afastando o cenário de eleições antecipadas, a líder do PSD deixava assim implícitoum desafio indirecto aos socialistas.

De resto, Manuela Ferreira Leite considera que o procurador-geral da República, Fernando Pinto Monteiro, bem como todo o sistema de Justiça, "têm sido vítimas da actuação política deste Governo".

"O facto de haver um primeiro-ministro envolvido em determinado tipo de problemas e nunca os esclarecer lança suspeitas sobre a justiça, mas a culpa é da actuação política deste Governo", sublinhou. Uma posição que contrasta com o desafio à demissão do procurador-geral lançado por Pedro Passos Coelho, por entender que Pinto Monteiro não tem condições para permanecer no cargo.

O desafio foi criticado po Paulo Rangel, que acusou mesmo o seu adversário na corrida à liderança do PSD de estar a fazer um jeito ao Governo, uma vez que é José Sócrates quem deve explicações públicas ao país sobre o caso Face Oculta.

Distanciando-se, José Pedro Aguiar-Branco criticou a actuação do procurador-geral, o qual lembrou que "é nomeado conjuntamente pelo Governo e pelo Presidente da República", a quem competirá, "em primeira instância", tomar decisões.

Na entrevista à RR, Manuela Ferreira Leite esquivou-se a revelar qual o candidato que gostaria de ver suceder-lhe na presidência do PSD, mas deixou claro que prefere quem trabalhou consigo. Acentuou que a sua actuação foi "importante e decisiva" para fazer uma transição no partido para pessoas que são de uma geração mais nova e que estão na política "exclusivamente com um sentido de serviço público". "As pessoas que constituem a minha comissão política eram todas pessoas dessa área", diz, referindo-se a Aguiar-Branco e Paulo Rangel.

Questionada sobre se não teme que o trabalho de recuperação da credibilidade do partido que considera ter feito pode ser prejudicado com a nova liderança, responde que "ficaria muito triste se isso acontecesse". "Mas respeito sempre as eleições em democracia", concluiu.

"Tenho esperança, tenho confiança e tenho especialmente muita convicção que é absolutamente essencial que ele se recandidate. Acho que seria muito mau para o país se ele não se recandidatasse", defendeu Manuela Ferreira Leite, numa entrevista à Rádio Renascença, ontem à noite. Cavaco Silva, que tem mantido uma reserva férrea sobre esta matéria, dará hoje uma entrevista à RTP-1 a partir de Belém.

À Renascença, a líder do PSD retomou as duras acusações ao Governo, personalizando-as em José Sócrates, na linha que atravessou todo o seu mandato, chegando mesmo a prever que o PS poderá vir a ter um problema com o seu líder, para depois dizer que o estado em que o país está não aguenta eleições de seis em seis meses. Afastando o cenário de eleições antecipadas, a líder do PSD deixava assim implícitoum desafio indirecto aos socialistas.

De resto, Manuela Ferreira Leite considera que o procurador-geral da República, Fernando Pinto Monteiro, bem como todo o sistema de Justiça, "têm sido vítimas da actuação política deste Governo".

"O facto de haver um primeiro-ministro envolvido em determinado tipo de problemas e nunca os esclarecer lança suspeitas sobre a justiça, mas a culpa é da actuação política deste Governo", sublinhou. Uma posição que contrasta com o desafio à demissão do procurador-geral lançado por Pedro Passos Coelho, por entender que Pinto Monteiro não tem condições para permanecer no cargo.

O desafio foi criticado po Paulo Rangel, que acusou mesmo o seu adversário na corrida à liderança do PSD de estar a fazer um jeito ao Governo, uma vez que é José Sócrates quem deve explicações públicas ao país sobre o caso Face Oculta.

Distanciando-se, José Pedro Aguiar-Branco criticou a actuação do procurador-geral, o qual lembrou que "é nomeado conjuntamente pelo Governo e pelo Presidente da República", a quem competirá, "em primeira instância", tomar decisões.

Na entrevista à RR, Manuela Ferreira Leite esquivou-se a revelar qual o candidato que gostaria de ver suceder-lhe na presidência do PSD, mas deixou claro que prefere quem trabalhou consigo. Acentuou que a sua actuação foi "importante e decisiva" para fazer uma transição no partido para pessoas que são de uma geração mais nova e que estão na política "exclusivamente com um sentido de serviço público". "As pessoas que constituem a minha comissão política eram todas pessoas dessa área", diz, referindo-se a Aguiar-Branco e Paulo Rangel.

Questionada sobre se não teme que o trabalho de recuperação da credibilidade do partido que considera ter feito pode ser prejudicado com a nova liderança, responde que "ficaria muito triste se isso acontecesse". "Mas respeito sempre as eleições em democracia", concluiu.

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