Miss Pearls: Viver na cidade, cansa

29-05-2010
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Seguro a porta do elevador, fecho o portão indiferente a quem se aproxima, dou passagem, entro primeiro, entro em último, finjo que não vejo, sorrio, não sorrio, agradeço, dou a salvação, tenho tempo (empato), estou atrasada (corro), faz favor, obrigada, tantas decisões a tomar em poucos segundo e que podem destruir a reputação de um condómino (malcriad@) ou da directora da empresa do 8º piso (uma manienta). Bem sei que já deveria conhecer de gingeira estes protocolos civilizacionais, boas práticas de uma vida comunitária, mas na hora da verdade perante um elevador ou uma porta de serviço, mil e uma dúvidas me atormentam, correndo o risco de ser considerada um fiasco de urbanidade.Em bom rigor, as coisas hão-de resolver-se por si e acabo sempre penitenciada ou absolvida de alguma eventual infracção: o vizinho não agradece se seguro a porta, a directora do 8ª piso não dá pela minha presença e o elevador arranca mesmo à minha frente. Restam sempre os idosos, sensibilizados pela atenção alheia e fisicamente incapacitados para contra-relógios de portas super-sónicas.Vai-se vivendo assim, conforme nos dá na telha ou levados pelo bom senso, mas é uma canseira e nem sempre resulta.Já agora (pode ser que alguém saiba), a que distância mínima de Lisboa (em quilómetros) se deve nascer para não ser considerado provincian@?

Seguro a porta do elevador, fecho o portão indiferente a quem se aproxima, dou passagem, entro primeiro, entro em último, finjo que não vejo, sorrio, não sorrio, agradeço, dou a salvação, tenho tempo (empato), estou atrasada (corro), faz favor, obrigada, tantas decisões a tomar em poucos segundo e que podem destruir a reputação de um condómino (malcriad@) ou da directora da empresa do 8º piso (uma manienta). Bem sei que já deveria conhecer de gingeira estes protocolos civilizacionais, boas práticas de uma vida comunitária, mas na hora da verdade perante um elevador ou uma porta de serviço, mil e uma dúvidas me atormentam, correndo o risco de ser considerada um fiasco de urbanidade.Em bom rigor, as coisas hão-de resolver-se por si e acabo sempre penitenciada ou absolvida de alguma eventual infracção: o vizinho não agradece se seguro a porta, a directora do 8ª piso não dá pela minha presença e o elevador arranca mesmo à minha frente. Restam sempre os idosos, sensibilizados pela atenção alheia e fisicamente incapacitados para contra-relógios de portas super-sónicas.Vai-se vivendo assim, conforme nos dá na telha ou levados pelo bom senso, mas é uma canseira e nem sempre resulta.Já agora (pode ser que alguém saiba), a que distância mínima de Lisboa (em quilómetros) se deve nascer para não ser considerado provincian@?

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