O Cachimbo de Magritte: Processo de descredibilização em curso

25-01-2011
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Quem tenha assistido ao segundo dia dos trabalhos do Congresso do PSD, reconhece que a proposta da "Lei da rolha" foi apresentada e justificada aos congressistas. Foi aliás a passagem da intervenção de Pedro Santana Lopes de Domingo que foi mais aplaudida, o que terá eventualmente inibido os candidatos em relação à mesma.A questão tornou-se incómoda, mas 70% do congresso concorda que nos 60 dias antes de qualquer eleição, uma manifestação pública de desacordo com a linha política do partido deve ser considerada uma infracção disciplinar grave.Assim sendo, não se compreende que Pedro Passos Coelho, por pressão dos media, venha agora sugerir que o próximo Congresso (que não é estatutário), assuma também natureza estatutária apenas para revogar a norma aprovada no passado fim se semana.Esta "solução" é contrária ao institucionalismo que qualquer partido deve preservar e pode levantar os seguintes problemas politicos e jurídicos ao candidato Pedro Passos Coelho:1- Como é que PPS vai conseguir alterar a ordem de trabalho de um Congresso depois de fixados os cadernos eleitorais para eleição dos delegados? Será que alguém acredita que haverá unanimidade no Congresso que permita a alteração da sua natureza ?2- Como é que PPS justifica a votação apenas da norma da "Lei da Rolha" e não das restantes normas que foram objecto de votação, designadamente da norma que visava a introdução de uma segunda volta e que não foi aprovada apenas por falta de quorum ? 3- Como é que Pedro Santana Lopes, ex-presidente do Partido, proponente da norma e que ainda ontem a defendeu na SIC-N, poderá assistir a uma manobra destas ?4- Como é que fica a imagem da ainda Presidente do Partido que votou a favor da proposta e declarou a concordância com a mesma aos jornalistas ?5- Finalmente e o que fazer com os quase 350 delegados que aprovaram a norma sendo que seguramente alguns deles não serão delegados ao próximo congresso ?


Quem tenha assistido ao segundo dia dos trabalhos do Congresso do PSD, reconhece que a proposta da "Lei da rolha" foi apresentada e justificada aos congressistas. Foi aliás a passagem da intervenção de Pedro Santana Lopes de Domingo que foi mais aplaudida, o que terá eventualmente inibido os candidatos em relação à mesma.A questão tornou-se incómoda, mas 70% do congresso concorda que nos 60 dias antes de qualquer eleição, uma manifestação pública de desacordo com a linha política do partido deve ser considerada uma infracção disciplinar grave.Assim sendo, não se compreende que Pedro Passos Coelho, por pressão dos media, venha agora sugerir que o próximo Congresso (que não é estatutário), assuma também natureza estatutária apenas para revogar a norma aprovada no passado fim se semana.Esta "solução" é contrária ao institucionalismo que qualquer partido deve preservar e pode levantar os seguintes problemas politicos e jurídicos ao candidato Pedro Passos Coelho:1- Como é que PPS vai conseguir alterar a ordem de trabalho de um Congresso depois de fixados os cadernos eleitorais para eleição dos delegados? Será que alguém acredita que haverá unanimidade no Congresso que permita a alteração da sua natureza ?2- Como é que PPS justifica a votação apenas da norma da "Lei da Rolha" e não das restantes normas que foram objecto de votação, designadamente da norma que visava a introdução de uma segunda volta e que não foi aprovada apenas por falta de quorum ? 3- Como é que Pedro Santana Lopes, ex-presidente do Partido, proponente da norma e que ainda ontem a defendeu na SIC-N, poderá assistir a uma manobra destas ?4- Como é que fica a imagem da ainda Presidente do Partido que votou a favor da proposta e declarou a concordância com a mesma aos jornalistas ?5- Finalmente e o que fazer com os quase 350 delegados que aprovaram a norma sendo que seguramente alguns deles não serão delegados ao próximo congresso ?

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