portugal contemporâneo: engenharia política

30-05-2010
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Vem por aí a caminho um candidato à liderança do PSD, laboriosamente preparado e ungido por alguns barões do partido. Na falta de comparência de Rui Rio e de Manuela Ferreira Leite, à espera que passe a vaga socrática, e para evitar que Luís Filipe Meneses seja a única alternativa ao desastre, a aristocracia laranja pretende inventar a candidatura de José Pedro Aguiar Branco.Eu imagino que Aguiar Branco seja completamente alheio a esta maldade que lhe querem fazer. Homem inteligente, ele sabe que não tem qualquer carisma político, que lhe falta presença mediática, que nunca disputou eleições e já não tem idade para começar a fazê-lo, que é um homem de gabinete, um técnico do direito, e que será eventualmente um bom ministro, mas nunca convencerá ninguém de que poderá ser um bom primeiro-ministro.Esperemos, pois, que Aguiar Branco tenha a sensatez de não cair nisto, e que mande os brilhantes estrategas às malvas, o mesmo é dizer, para o lugar em que o querem pôr. Entre outras coisas, é graças a estas inteligentes manobras de engenharia política, que os portugueses se revêem cada vez mais nos partidos políticos e acorrem às urnas para votar em dias de eleições.

Vem por aí a caminho um candidato à liderança do PSD, laboriosamente preparado e ungido por alguns barões do partido. Na falta de comparência de Rui Rio e de Manuela Ferreira Leite, à espera que passe a vaga socrática, e para evitar que Luís Filipe Meneses seja a única alternativa ao desastre, a aristocracia laranja pretende inventar a candidatura de José Pedro Aguiar Branco.Eu imagino que Aguiar Branco seja completamente alheio a esta maldade que lhe querem fazer. Homem inteligente, ele sabe que não tem qualquer carisma político, que lhe falta presença mediática, que nunca disputou eleições e já não tem idade para começar a fazê-lo, que é um homem de gabinete, um técnico do direito, e que será eventualmente um bom ministro, mas nunca convencerá ninguém de que poderá ser um bom primeiro-ministro.Esperemos, pois, que Aguiar Branco tenha a sensatez de não cair nisto, e que mande os brilhantes estrategas às malvas, o mesmo é dizer, para o lugar em que o querem pôr. Entre outras coisas, é graças a estas inteligentes manobras de engenharia política, que os portugueses se revêem cada vez mais nos partidos políticos e acorrem às urnas para votar em dias de eleições.

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