Da Literatura: CITAÇÃO, 249

05-08-2010
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Vasco Pulido Valente, Candidatos?, hoje no Público. Excertos, sublinhados meus:«Paulo Rangel anunciou anteontem a sua candidatura à presidência do PSD. Parece que se “antecipou” a José Pedro Aguiar-Branco, com que andava a combinar não se percebe o quê. O gesto foi considerado “deselegante” e não lhe trouxe qualquer vantagem, excepto uma entrevista de minutos em que não disse nada de original ou de consequente. Como Aguiar-Branco se vai declarar, ou já se declarou, e Pedro Passos Coelho já anda por aí em campanha, o PSD tem agora três putativos “chefes”. É mau? Parece que não. Manuela Ferreira Leite, pelo menos, não acha. “Quantos mais melhor”, disse ela, como se estivesse a vender bilhetes para uma sessão de circo e não acreditasse muito no espectáculo. Cá de fora tudo aquilo cheira a improvisação e a desastre.Porque a verdade é esta: nenhum dos três — ou serão quatro? — artistas que se apresentam entusiasma ninguém. Nunca nenhum fez nada que o recomendasse para inspirar e unificar o partido; ou para, eventualmente (e com muito azar nosso), ser primeiro-ministro. Pedro Passos Coelho é um jovem simpático, produto da JSD, sem peso, prestígio e maturidade, com ideias confusas sobre o mundo e o país. Paulo Rangel passou pela direcção do grupo parlamentar, em que se distinguiu por uma oratória bombástica, à século XIX, e conseguiu depois ganhar uma eleição para o Parlamento Europeu. E Aguiar-Branco, um advogado do Porto, substituiu agora Paulo Rangel em S. Bento, com alguma competência, mas sem grande brilho. Por que razão qualquer deles se imagina destinado a pastorear a Pátria é um puro enigma. [...]»Etiquetas: Citações

Vasco Pulido Valente, Candidatos?, hoje no Público. Excertos, sublinhados meus:«Paulo Rangel anunciou anteontem a sua candidatura à presidência do PSD. Parece que se “antecipou” a José Pedro Aguiar-Branco, com que andava a combinar não se percebe o quê. O gesto foi considerado “deselegante” e não lhe trouxe qualquer vantagem, excepto uma entrevista de minutos em que não disse nada de original ou de consequente. Como Aguiar-Branco se vai declarar, ou já se declarou, e Pedro Passos Coelho já anda por aí em campanha, o PSD tem agora três putativos “chefes”. É mau? Parece que não. Manuela Ferreira Leite, pelo menos, não acha. “Quantos mais melhor”, disse ela, como se estivesse a vender bilhetes para uma sessão de circo e não acreditasse muito no espectáculo. Cá de fora tudo aquilo cheira a improvisação e a desastre.Porque a verdade é esta: nenhum dos três — ou serão quatro? — artistas que se apresentam entusiasma ninguém. Nunca nenhum fez nada que o recomendasse para inspirar e unificar o partido; ou para, eventualmente (e com muito azar nosso), ser primeiro-ministro. Pedro Passos Coelho é um jovem simpático, produto da JSD, sem peso, prestígio e maturidade, com ideias confusas sobre o mundo e o país. Paulo Rangel passou pela direcção do grupo parlamentar, em que se distinguiu por uma oratória bombástica, à século XIX, e conseguiu depois ganhar uma eleição para o Parlamento Europeu. E Aguiar-Branco, um advogado do Porto, substituiu agora Paulo Rangel em S. Bento, com alguma competência, mas sem grande brilho. Por que razão qualquer deles se imagina destinado a pastorear a Pátria é um puro enigma. [...]»Etiquetas: Citações

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