portugal contemporâneo: valores de futuro

30-05-2010
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Ele há coisas extraordinárias. Numa entrevista ao Público de hoje, José Pedro Aguiar Branco manifesta o seu incómodo com o facto de Santana Lopes ser o novo líder parlamentar do PSD, porque, afirma, é necessário «criar uma expectativa de confiança para o futuro e menos de acerto de contas com o passado». E acrescenta que essa confiança tem de ser dada por «novos protagonistas», presumindo-se que Lopes por ter sido já era. Um pouco mais acima, ele mesmo se disponibiliza a ser um desses «novos protagonistas», ao admitir que poderá «reflectir» no futuro sobre uma candidatura à liderança do partido. Ocorre, então, perguntar, se este Dr. José Pedro Aguiar Branco, que se configura agora como um «novo protagonista» do PSD, é o mesmo Dr. José Pedro Aguiar Branco que foi há três anos ministro da justiça do PSD. Por acaso, de um governo chefiado pelo mesmo Lopes, a quem ele terá reconhecido, então, capacidade para chefiar um governo e agora não o vê capaz de chefiar um grupo parlamentar. De facto, com valores de futuro como este, bem pode o PSD olhar para o passado.

Ele há coisas extraordinárias. Numa entrevista ao Público de hoje, José Pedro Aguiar Branco manifesta o seu incómodo com o facto de Santana Lopes ser o novo líder parlamentar do PSD, porque, afirma, é necessário «criar uma expectativa de confiança para o futuro e menos de acerto de contas com o passado». E acrescenta que essa confiança tem de ser dada por «novos protagonistas», presumindo-se que Lopes por ter sido já era. Um pouco mais acima, ele mesmo se disponibiliza a ser um desses «novos protagonistas», ao admitir que poderá «reflectir» no futuro sobre uma candidatura à liderança do partido. Ocorre, então, perguntar, se este Dr. José Pedro Aguiar Branco, que se configura agora como um «novo protagonista» do PSD, é o mesmo Dr. José Pedro Aguiar Branco que foi há três anos ministro da justiça do PSD. Por acaso, de um governo chefiado pelo mesmo Lopes, a quem ele terá reconhecido, então, capacidade para chefiar um governo e agora não o vê capaz de chefiar um grupo parlamentar. De facto, com valores de futuro como este, bem pode o PSD olhar para o passado.

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