O Cachimbo de Magritte: José Pedro Aguiar Branco vs Paulo Rangel

23-05-2011
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Tenho andado distanciado da corrida para a liderança do PSD mas ontem tive oportunidade de ver o debate Aguiar Branco vs Rangel. Ao contrário do que sugere aqui em baixo o Alex, não fiquei com a impressão nítida que o Rangel tenha estado melhor. Não tenho dúvida alguma de que o Rangel tem um pensamento político invulgarmente sólido entre nós e ideias definidas sobre o caminho alternativo que o País deve percorrer. Já o Aguiar Branco parece ser apenas mais um bom político - entre muitos outros que conhecemos - mas sem qualquer brilho especial ou capacidade particular para dar esperança aos portugueses que é possível fazer melhor do que os socialistas fizeram nestes últimos anos. De qualquer modo, pelo menos ontem, o Aguiar Branco foi capaz de (quase) anular as diferenças entre os dois. No futuro, o Rangel deve evitar entrar em discurso directo curto; deve delicadamente exigir não ser interrompido quando está a falar (ontem houve períodos em que o Rangel não conseguia dizer três ou quatro palavras seguidas sem que o Aguiar Branco pelo meio dissesse “certo”, “claro”, “evidente”, “não”); deve conduzir a entrevista de modo a conseguir expor as nuances do seu pensamento e das suas ideias; por outro lado, ao mesmo tempo que não deixa que o interrompam, deve exigir ao seu interlocutor que fundamente o que está a dizer e não se fique pela tese geral. O Paulo Rangel é melhor que os seus dois adversários mas tem de arranjar uma “forma” de tornar isso evidente.


Tenho andado distanciado da corrida para a liderança do PSD mas ontem tive oportunidade de ver o debate Aguiar Branco vs Rangel. Ao contrário do que sugere aqui em baixo o Alex, não fiquei com a impressão nítida que o Rangel tenha estado melhor. Não tenho dúvida alguma de que o Rangel tem um pensamento político invulgarmente sólido entre nós e ideias definidas sobre o caminho alternativo que o País deve percorrer. Já o Aguiar Branco parece ser apenas mais um bom político - entre muitos outros que conhecemos - mas sem qualquer brilho especial ou capacidade particular para dar esperança aos portugueses que é possível fazer melhor do que os socialistas fizeram nestes últimos anos. De qualquer modo, pelo menos ontem, o Aguiar Branco foi capaz de (quase) anular as diferenças entre os dois. No futuro, o Rangel deve evitar entrar em discurso directo curto; deve delicadamente exigir não ser interrompido quando está a falar (ontem houve períodos em que o Rangel não conseguia dizer três ou quatro palavras seguidas sem que o Aguiar Branco pelo meio dissesse “certo”, “claro”, “evidente”, “não”); deve conduzir a entrevista de modo a conseguir expor as nuances do seu pensamento e das suas ideias; por outro lado, ao mesmo tempo que não deixa que o interrompam, deve exigir ao seu interlocutor que fundamente o que está a dizer e não se fique pela tese geral. O Paulo Rangel é melhor que os seus dois adversários mas tem de arranjar uma “forma” de tornar isso evidente.

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