Director de programas defende “diversidade” da RTP no Parlamento

23-01-2011
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José Fragoso, que falava na Comissão de Ética na audição anual a que estão obrigados os responsáveis do serviço público de comunicação social, salientou que a RTP é “capaz de chegar a muitos públicos diferentes e é essa diversidade que faz a sua riqueza”, ao responder ao deputado socialista João Serrano que o questionou sobre o que distingue hoje a RTP dos outros operadores.

“É muito claro que a programação portuguesa generalista é muitíssimo pobre do ponto de vista da oferta. Tende a ser monotemática: em horário nobre, nos canais comerciais, os espectadores têm três a quatro telenovelas seguidas no mesmo canal”, lembrou Fragoso, para vincar a filosofia da RTP, que assenta numa “grelha vertical” – como outros países europeus como Espanha, França e Itália -, ou seja, tem programação diferente todos os dias.

A RTP1 e a RTP2 fazem um trabalho conjunto de equilíbrio para conseguir a complementaridade, defendeu Fragoso quando questionado pelo deputado centrista José Manuel Rodrigues sobre a relação entre os dois canais e a distribuição de programas. “Actualmente a oferta televisiva está cada vez mais segmentada, realidade que o cabo ajudou a agudizar”, lembrou o director de Programas. Enquanto a RTP1 tem na informação a sua grande base, a RTP2 está nessa altura a passar programação para o público infanto-juvenil; o desporto amador tem lugar na 2 ao passo que o futebol está presente na 1, exemplificou.

“A RTP1 e a RTP2 somam mais de 30 por cento da audiência da televisão em Portugal. Há um perfil de programação na 2 que não lhe permite pensar em audiências maiores, nem deve ser essa a sua preocupação”, disse o responsável, que defendeu também que “o canal em que está um programa é pouco importante. Os espectadores vão atrás do conteúdo de que gostam através dos vários canais.” Por isso, o documentário sobre Cesária Évora que a RTP1 passou ontem no canal 1 pelas 23h e que teve apenas cerca de 100 mil espectadores, teria a mesma audiência se fosse emitido no canal 2, afirmou Fragoso, reconhecendo que foi uma aposta arriscada do canal, mas que essa é também “a sua obrigação”.

Tanto Fragoso como alguns deputados citaram um relatório da ERC –Entidade Reguladora para a Comunicação Social que analisa o serviço público de televisão durante o ano de 2009 e que classifica a RTP como o operador com maior diversidade de programação e que dá relevo à vertente cultural e aos agentes minoritários, por exemplo.

Questionado sobre a estratégia para 2011, Fragoso disse que a RTP vai continuar a desenvolver as suas linhas de ficção nacional, criação e entretenimento. Na área da ficção, vai estrear em Março uma série sobre idosos chamada Velhos Amigos, haverá nova temporada da série Pai à Força, e está a ser “estudada uma nova série que olhe para o país num tempo fora da actualidade”, para substituir Conta-me Como Foi, que termina em Abril.

Na área do documentário, irá para o ar no último trimestre do ano um conjunto de episódios sobre a história da PIDE que está a ser ultimada pelo jornalista Jacinto Godinho, e será feita uma nova série de uma dezena de documentários com os países de expressão portuguesa e também Macau e Timor, como a que está a ser emitida actualmente.

José Fragoso, que falava na Comissão de Ética na audição anual a que estão obrigados os responsáveis do serviço público de comunicação social, salientou que a RTP é “capaz de chegar a muitos públicos diferentes e é essa diversidade que faz a sua riqueza”, ao responder ao deputado socialista João Serrano que o questionou sobre o que distingue hoje a RTP dos outros operadores.

“É muito claro que a programação portuguesa generalista é muitíssimo pobre do ponto de vista da oferta. Tende a ser monotemática: em horário nobre, nos canais comerciais, os espectadores têm três a quatro telenovelas seguidas no mesmo canal”, lembrou Fragoso, para vincar a filosofia da RTP, que assenta numa “grelha vertical” – como outros países europeus como Espanha, França e Itália -, ou seja, tem programação diferente todos os dias.

A RTP1 e a RTP2 fazem um trabalho conjunto de equilíbrio para conseguir a complementaridade, defendeu Fragoso quando questionado pelo deputado centrista José Manuel Rodrigues sobre a relação entre os dois canais e a distribuição de programas. “Actualmente a oferta televisiva está cada vez mais segmentada, realidade que o cabo ajudou a agudizar”, lembrou o director de Programas. Enquanto a RTP1 tem na informação a sua grande base, a RTP2 está nessa altura a passar programação para o público infanto-juvenil; o desporto amador tem lugar na 2 ao passo que o futebol está presente na 1, exemplificou.

“A RTP1 e a RTP2 somam mais de 30 por cento da audiência da televisão em Portugal. Há um perfil de programação na 2 que não lhe permite pensar em audiências maiores, nem deve ser essa a sua preocupação”, disse o responsável, que defendeu também que “o canal em que está um programa é pouco importante. Os espectadores vão atrás do conteúdo de que gostam através dos vários canais.” Por isso, o documentário sobre Cesária Évora que a RTP1 passou ontem no canal 1 pelas 23h e que teve apenas cerca de 100 mil espectadores, teria a mesma audiência se fosse emitido no canal 2, afirmou Fragoso, reconhecendo que foi uma aposta arriscada do canal, mas que essa é também “a sua obrigação”.

Tanto Fragoso como alguns deputados citaram um relatório da ERC –Entidade Reguladora para a Comunicação Social que analisa o serviço público de televisão durante o ano de 2009 e que classifica a RTP como o operador com maior diversidade de programação e que dá relevo à vertente cultural e aos agentes minoritários, por exemplo.

Questionado sobre a estratégia para 2011, Fragoso disse que a RTP vai continuar a desenvolver as suas linhas de ficção nacional, criação e entretenimento. Na área da ficção, vai estrear em Março uma série sobre idosos chamada Velhos Amigos, haverá nova temporada da série Pai à Força, e está a ser “estudada uma nova série que olhe para o país num tempo fora da actualidade”, para substituir Conta-me Como Foi, que termina em Abril.

Na área do documentário, irá para o ar no último trimestre do ano um conjunto de episódios sobre a história da PIDE que está a ser ultimada pelo jornalista Jacinto Godinho, e será feita uma nova série de uma dezena de documentários com os países de expressão portuguesa e também Macau e Timor, como a que está a ser emitida actualmente.

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