FMI: recuperação da economia mundial prossegue a diferentes velocidades

08-06-2010
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“Nas principais economias, as diferenças são grandes e a transferência do apoio público para o sector privado ainda decorre. Paralelamente, nalguns mercados emergentes, a recuperação já assenta na procura privada, estando estes a operar já perto da sua capacidade e a atrair fluxos de capital”, refere o FMI na sua previsão económica regional para o hemisfério ocidental.

Neste sentido, refere que “nas economias desenvolvidas a retirada [das medidas de apoio] continua lenta, com as reduzidas taxas da política monetária a facilitar o financiamento dos mercados emergentes ainda por algum tempo”.

O cenário de recuperação global está, assim, a ser liderado pelos mercados emergentes, mantendo-se as principais economias desenvolvidas a crescer mais lentamente e “ainda dependentes de medidas de estímulo extraordinárias” dos Estados.

EUA vão continuar a sentir efeitos da crise

No caso dos EUA, o FMI antecipa que os efeitos da crise global “durem ainda algum tempo, porque a recuperação dos orçamentos das famílias e do sector financeiro, a par com a fraqueza do mercado de trabalho, continua a limitar muito o crescimento da procura”.

Segundo o relatório, o actual cenário macroeconómico já permitiu o restabelecimento das condições de financiamento e a subida dos preços, que “deverão continuar altos em 2010-2011”, mas sem que eventuais pressões inflacionárias prejudiquem a retoma.

“As taxas de juro nas economias desenvolvidas vão permanecer baixas por algum tempo e, tendo os mercados financeiros mundiais já recuperado o apetite pelo risco, muitos países emergentes terão acesso a empréstimos a baixo custo”, sustenta.

Já o investimento, apesar da recuperação registada no final de 2009, não deverá estar na base na retoma, ficando-se por uma subida de dois por cento nas economias desenvolvidas este ano, depois da contracção de 3,24 por cento em 2009.

América Latina recupera mais depressa

No caso da América Latina e das Caraíbas, o FMI refere que “a recuperação está a acontecer mais depressa do que o previsto, mas a diferentes velocidades em cada país”.

“É esperado um crescimento mais rápido em vários dos países exportadores que estão mais integrados nos mercados financeiros globais. Nos restantes, a recuperação será menos vibrante, particularmente nas economias muito dependentes do turismo”, antecipa.

No seu relatório, o FMI alerta também para os desafios associados à melhoria das condições de financiamento externo, “que é favorável ao desenvolvimento, mas também comporta riscos”.

É que, explica, “ao mesmo tempo que cria oportunidades para uma gestão hábil da dívida pública e para o financiamento do investimento, poderá levar a vagas de aumento da procura doméstica, dos preços dos bens e do crédito, tal como de défices das contas correntes”.

“Nas principais economias, as diferenças são grandes e a transferência do apoio público para o sector privado ainda decorre. Paralelamente, nalguns mercados emergentes, a recuperação já assenta na procura privada, estando estes a operar já perto da sua capacidade e a atrair fluxos de capital”, refere o FMI na sua previsão económica regional para o hemisfério ocidental.

Neste sentido, refere que “nas economias desenvolvidas a retirada [das medidas de apoio] continua lenta, com as reduzidas taxas da política monetária a facilitar o financiamento dos mercados emergentes ainda por algum tempo”.

O cenário de recuperação global está, assim, a ser liderado pelos mercados emergentes, mantendo-se as principais economias desenvolvidas a crescer mais lentamente e “ainda dependentes de medidas de estímulo extraordinárias” dos Estados.

EUA vão continuar a sentir efeitos da crise

No caso dos EUA, o FMI antecipa que os efeitos da crise global “durem ainda algum tempo, porque a recuperação dos orçamentos das famílias e do sector financeiro, a par com a fraqueza do mercado de trabalho, continua a limitar muito o crescimento da procura”.

Segundo o relatório, o actual cenário macroeconómico já permitiu o restabelecimento das condições de financiamento e a subida dos preços, que “deverão continuar altos em 2010-2011”, mas sem que eventuais pressões inflacionárias prejudiquem a retoma.

“As taxas de juro nas economias desenvolvidas vão permanecer baixas por algum tempo e, tendo os mercados financeiros mundiais já recuperado o apetite pelo risco, muitos países emergentes terão acesso a empréstimos a baixo custo”, sustenta.

Já o investimento, apesar da recuperação registada no final de 2009, não deverá estar na base na retoma, ficando-se por uma subida de dois por cento nas economias desenvolvidas este ano, depois da contracção de 3,24 por cento em 2009.

América Latina recupera mais depressa

No caso da América Latina e das Caraíbas, o FMI refere que “a recuperação está a acontecer mais depressa do que o previsto, mas a diferentes velocidades em cada país”.

“É esperado um crescimento mais rápido em vários dos países exportadores que estão mais integrados nos mercados financeiros globais. Nos restantes, a recuperação será menos vibrante, particularmente nas economias muito dependentes do turismo”, antecipa.

No seu relatório, o FMI alerta também para os desafios associados à melhoria das condições de financiamento externo, “que é favorável ao desenvolvimento, mas também comporta riscos”.

É que, explica, “ao mesmo tempo que cria oportunidades para uma gestão hábil da dívida pública e para o financiamento do investimento, poderá levar a vagas de aumento da procura doméstica, dos preços dos bens e do crédito, tal como de défices das contas correntes”.

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