Ministra reconhece que desemprego não inverte tão cedo

26-09-2010
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Embora tenha feito um discurso em que a palavra confiança aparece várias vezes, a ministra do Trabalho, Helena André, deixou ontem no Parlamento uma mensagem de pouca esperança quanto à evolução positiva das estatísticas do desemprego em Portugal.

"Apesar da situação que vivemos em termos de desemprego não ser de todo a do nosso agrado, sabemos todos que a situação não se vai inverter nos tempos mais próximos", reconheceu a governante no Parlamento.

Helena André falava no âmbito de uma interpelação do BE sobre emprego e situação social, já depois de o líder parlamentar bloquista a ter desafiado a alterar o Código do Trabalho de modo a permitir a reintegração automática de um trabalhador que tenha uma sentença judicial que aponte para despedimento sem justa causa. Um desafio que ficou sem resposta.

Na intervenção inicial, José Manuel Pureza acusou os partidos do bloco central de se aliarem para fragilizar o Estado social. "Unidos, PS e PSD disseram ao país o que realmente querem e estão a fazer ao Estado social: diminuí-lo para quem é mais fraco e mais dele precisa e vendê-lo às fatias a quem é mais forte e o demoniza", disse o líder parlamentar do BE. O deputado bloquista José Soeiro lembrou a promessa eleitoral do Governo de combater a precariedade e o contraste com as ofertas de emprego no site do Instituto de Emprego, em que "mais de metade são de empresas de trabalho temporário".

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Pelo PSD, o deputado Almeida Henriques responsabilizou os governos socialistas pela "calamidade" do desemprego e pela situação social. E desafiou Helena André a revelar impacto directo em resultado da entrada em vigor do Código Contributivo. Também o CDS questionou a ministra sobre se estava disponível para alterar esta legislação, mas Helena André apenas disse que o Parlamento será avisado, se o Governo chegar a acordo na concertação social.

O PCP, pela voz do deputado Jorge Machado, acusou o Governo de estar a fazer "um ataque sem precedentes às prestações sociais", ao ter alterado a contabilização dos rendimentos dos agregados familiares. Por outro lado, José Luís Ferreira, do PEV, questionou se "não seria possível combater a fraude sem excluir milhares de pessoas dos apoios".

Embora tenha feito um discurso em que a palavra confiança aparece várias vezes, a ministra do Trabalho, Helena André, deixou ontem no Parlamento uma mensagem de pouca esperança quanto à evolução positiva das estatísticas do desemprego em Portugal.

"Apesar da situação que vivemos em termos de desemprego não ser de todo a do nosso agrado, sabemos todos que a situação não se vai inverter nos tempos mais próximos", reconheceu a governante no Parlamento.

Helena André falava no âmbito de uma interpelação do BE sobre emprego e situação social, já depois de o líder parlamentar bloquista a ter desafiado a alterar o Código do Trabalho de modo a permitir a reintegração automática de um trabalhador que tenha uma sentença judicial que aponte para despedimento sem justa causa. Um desafio que ficou sem resposta.

Na intervenção inicial, José Manuel Pureza acusou os partidos do bloco central de se aliarem para fragilizar o Estado social. "Unidos, PS e PSD disseram ao país o que realmente querem e estão a fazer ao Estado social: diminuí-lo para quem é mais fraco e mais dele precisa e vendê-lo às fatias a quem é mais forte e o demoniza", disse o líder parlamentar do BE. O deputado bloquista José Soeiro lembrou a promessa eleitoral do Governo de combater a precariedade e o contraste com as ofertas de emprego no site do Instituto de Emprego, em que "mais de metade são de empresas de trabalho temporário".

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Pelo PSD, o deputado Almeida Henriques responsabilizou os governos socialistas pela "calamidade" do desemprego e pela situação social. E desafiou Helena André a revelar impacto directo em resultado da entrada em vigor do Código Contributivo. Também o CDS questionou a ministra sobre se estava disponível para alterar esta legislação, mas Helena André apenas disse que o Parlamento será avisado, se o Governo chegar a acordo na concertação social.

O PCP, pela voz do deputado Jorge Machado, acusou o Governo de estar a fazer "um ataque sem precedentes às prestações sociais", ao ter alterado a contabilização dos rendimentos dos agregados familiares. Por outro lado, José Luís Ferreira, do PEV, questionou se "não seria possível combater a fraude sem excluir milhares de pessoas dos apoios".

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