Bloco recusa consultar escutas da Face Oculta

12-05-2010
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O anúncio foi inesperado. O Bloco de Esquerda (BE) decidiu não consultar os resumos de 173 escutas telefónicas do processo Face Oculta, que chegaram anteontem à comissão de inquérito ao negócio PT/TVI.

A decisão foi definida ontem numa reunião entre o líder parlamentar, José Manuel Pureza, e o deputado e relator do inquérito João Semedo. Ao PÚBLICO, Semedo explicou que o BE "não quer confundir o plano judicial com o político", nem "criar a ideia de que o Parlamento é um órgão de recurso sobre decisões judiciais". No entanto, o PÚBLICO sabe que Semedo terá manifestado alguma resistência perante a proposta de não aceder às escutas, pedidas pelo PSD ao DIAP de Aveiro.

As escutas a Armando Vara, Paulo Penedos e Rui Pedro Soares - de acordo com o juiz de instrução criminal de Aveiro, Costa Gomes, a análise destes documentos é indispensável para compreender a tentativa de compra da TVI pela PT - não irão, assim, constar do relatório feito por Semedo. A não ser que os restantes partidos façam alusão aos mesmos nas reuniões da comissão.

A opção por não analisar a documentação (os restantes deputados poderão fazê-lo a partir de quarta-feira) converge também com algumas declarações de Francisco Louçã a propósito das escutas - em diversas ocasiões, entre as quais os debates quinzenais com o primeiro-ministro, o deputado afirmou que as escutas telefónicas devem manter-se no foro judicial, não sendo, portanto, relevantes para o objecto de investigação do inquérito. Mota Amaral, presidente da comissão, começou já a dar sinais de que poderá recuar na intenção de encerrar os trabalhos no próximo dia 17. Ontem, comunicou a substituição da reunião do dia 12 (para debater o relatório) por um encontro de coordenadores, à porta fechada. O momento servirá para discutir a prorrogação dos trabalhos e a documentação recebida esta semana.

O anúncio foi inesperado. O Bloco de Esquerda (BE) decidiu não consultar os resumos de 173 escutas telefónicas do processo Face Oculta, que chegaram anteontem à comissão de inquérito ao negócio PT/TVI.

A decisão foi definida ontem numa reunião entre o líder parlamentar, José Manuel Pureza, e o deputado e relator do inquérito João Semedo. Ao PÚBLICO, Semedo explicou que o BE "não quer confundir o plano judicial com o político", nem "criar a ideia de que o Parlamento é um órgão de recurso sobre decisões judiciais". No entanto, o PÚBLICO sabe que Semedo terá manifestado alguma resistência perante a proposta de não aceder às escutas, pedidas pelo PSD ao DIAP de Aveiro.

As escutas a Armando Vara, Paulo Penedos e Rui Pedro Soares - de acordo com o juiz de instrução criminal de Aveiro, Costa Gomes, a análise destes documentos é indispensável para compreender a tentativa de compra da TVI pela PT - não irão, assim, constar do relatório feito por Semedo. A não ser que os restantes partidos façam alusão aos mesmos nas reuniões da comissão.

A opção por não analisar a documentação (os restantes deputados poderão fazê-lo a partir de quarta-feira) converge também com algumas declarações de Francisco Louçã a propósito das escutas - em diversas ocasiões, entre as quais os debates quinzenais com o primeiro-ministro, o deputado afirmou que as escutas telefónicas devem manter-se no foro judicial, não sendo, portanto, relevantes para o objecto de investigação do inquérito. Mota Amaral, presidente da comissão, começou já a dar sinais de que poderá recuar na intenção de encerrar os trabalhos no próximo dia 17. Ontem, comunicou a substituição da reunião do dia 12 (para debater o relatório) por um encontro de coordenadores, à porta fechada. O momento servirá para discutir a prorrogação dos trabalhos e a documentação recebida esta semana.

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