Soluções para a crise almentar: a horta de cidade

18-12-2009
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Soluções para a crise almentar: a horta de cidade

José Manuel Pureza, professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e especialista em Relações Internacionais (podem ver o currículo aqui), defende as hortas de cidade como forma de combater a crise alimentar:

Se algo de positivo há nesta ameaça de catástrofe é ela forçar-nos a repensarmos a pequena e média agricultura como uma prioridade e não como um anacronismo. Talvez esteja na altura de percebermos que a luta pela preservação das hortas no centro das nossas cidades e a luta contra a liberalização mundial do comércio dos produtos agrícolas nos termos em que a quer a OMC não são lutas simétricas mas gémeas.

Mas, pera lá, o que é que está a impedir as pessoas de plantar hortas na cidade? Será o preço do espaço? Será que o preço do espaço sugere que os terrenos urbanos têm uma utilização mais valiosa que a horta? Será o custo do trabalho? Será que os citadinos têm actividade bem mais lucrativas? Mas admitindo que existem entraves sérios às hortas nas cidades que tornariam a produção agrícola nas cidades lucrativa, de quantos hectares é que estamos a falar?

PS – O Porto tem hortas na cidade, sem ter sido feito algum esforço para as preservar. Provavelmente porque as que existem são perfeitamente viáveis para quem trata delas. Se calhar, com um pouco de luta (leia-se subsídios) poderíamos ter mais desviando com isso recursos de actividades mais rentáveis. Outra opção é deixar os preços dos alimentos subir. Não conheço melhor incentivo às hortas de cidade que o preço de mercado da hortaliça.

Soluções para a crise almentar: a horta de cidade

José Manuel Pureza, professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e especialista em Relações Internacionais (podem ver o currículo aqui), defende as hortas de cidade como forma de combater a crise alimentar:

Se algo de positivo há nesta ameaça de catástrofe é ela forçar-nos a repensarmos a pequena e média agricultura como uma prioridade e não como um anacronismo. Talvez esteja na altura de percebermos que a luta pela preservação das hortas no centro das nossas cidades e a luta contra a liberalização mundial do comércio dos produtos agrícolas nos termos em que a quer a OMC não são lutas simétricas mas gémeas.

Mas, pera lá, o que é que está a impedir as pessoas de plantar hortas na cidade? Será o preço do espaço? Será que o preço do espaço sugere que os terrenos urbanos têm uma utilização mais valiosa que a horta? Será o custo do trabalho? Será que os citadinos têm actividade bem mais lucrativas? Mas admitindo que existem entraves sérios às hortas nas cidades que tornariam a produção agrícola nas cidades lucrativa, de quantos hectares é que estamos a falar?

PS – O Porto tem hortas na cidade, sem ter sido feito algum esforço para as preservar. Provavelmente porque as que existem são perfeitamente viáveis para quem trata delas. Se calhar, com um pouco de luta (leia-se subsídios) poderíamos ter mais desviando com isso recursos de actividades mais rentáveis. Outra opção é deixar os preços dos alimentos subir. Não conheço melhor incentivo às hortas de cidade que o preço de mercado da hortaliça.

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