enchamos tudo de futuros

03-08-2010
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links e entrevista

Reparei agora que o link que deixei no meu último texto na

«"Globalmente, o texto dos Bispos é uma convocatória, que enaltece o princípio da responsabilidade partilhada", refere à Agência ECCLESIA José Manuel Pureza, professor universitário e membro da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP). (...) Apesar da pertinência do desafio, o membro da CNJP alerta para uma "sombra", relativa ao facto de entender que "as comunidades cristãs estão pouco treinadas no pluralismo, têm ainda alguma alergia à diversidade política".

"Receio que, nesse trabalho, algumas comunidades marginalizem propostas e visões contrastantes, o que seria uma tragédia – independentemente das 'vítimas'. A perspectiva de que 'devíamos era ser todos do mesmo lado' não se deve sobrepor à pluralidade de caminhos e experiências como expressões diferentes de uma mesma fé", aponta.

O Conselho Permanente da CEP pediu que ninguém se esconda por detrás de desculpas habituais: "estamos cansados dos políticos", "isto não tem solução", "para quê votar se é sempre a mesma coisa", etc. José Manuel Pureza explica que "há uma transposição para as comunidades cristãs da visão 'pecaminosa' da política que existe na sociedade, como o sítio em que se sujam as mãos e não onde se limpa a alma: isto tem vindo a contribuir muito para a própria degradação da vida política".

"Os Bispos fazem bem em propor uma experiência e um olhar da vida política que a potencie como lugar de salvação e não como lugar de pecado, porque ela tem capacidades de transformação muito grandes", acrescenta.

O tom do documento da CEP chegou, em certos momentos, a raiar a desilusão em relação aos políticos, acusados de promoverem "um processo contínuo de sublinhar as divergências e as dificuldades", chegando-se mesmo a afirmar: "não deixemos o futuro do nosso País só nas mãos dos políticos profissionais". Esta mudança do registo de análise surpreendeu José Manuel Pureza.

"A observação sobre os políticos profissionais tem a sua razão de ser, evidentemente, no sentido em que a observação dos factos leva a concluir que há um conjunto de pessoas que não faz outra coisa. O problema é que se vislumbra um estigma implícito que é posto sobre os políticos profissionais, que são muitos e muito diferentes uns dos outros", afirma.

Vincando que a questão nesta área, como em qualquer outra, está em ser "bom ou mau profissional, pugnar ou não pelo bem comum", o nosso entrevistado insiste: "podemos correr o risco de cair numa visão redutora de 'povo limpo' e 'políticos profissionais sujos' e isso tem muito a ver com a dificuldade das comunidades cristãs em Portugal de valorizar a experiência política".» Reparei agora que o link que deixei no meu último texto na Terra da Alegria não está a funcionar. Aqui fica o ponteiro correcto para o documento dos bispos sobre as eleições . Aproveito para deixar ainda outra ligação para um texto da Comissão Nacional Justiça e Paz sobre o mesmo tema, intitulado "Propor a esperança, abrir portas a um futuro melhor" . E para terminar ficam algumas notas dum comentário ao documento dos bispos pelo José Manuel Pureza, em entrevista à Ecclesia:«"Globalmente, o texto dos Bispos é uma convocatória, que enaltece o princípio da responsabilidade partilhada", refere à Agência ECCLESIA José Manuel Pureza, professor universitário e membro da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP). (...) Apesar da pertinência do desafio, o membro da CNJP alerta para uma "sombra", relativa ao facto de entender que "as comunidades cristãs estão pouco treinadas no pluralismo, têm ainda alguma alergia à diversidade política"."Receio que, nesse trabalho, algumas comunidades marginalizem propostas e visões contrastantes, o que seria uma tragédia – independentemente das 'vítimas'. A perspectiva de que 'devíamos era ser todos do mesmo lado' não se deve sobrepor à pluralidade de caminhos e experiências como expressões diferentes de uma mesma fé", aponta.O Conselho Permanente da CEP pediu que ninguém se esconda por detrás de desculpas habituais: "estamos cansados dos políticos", "isto não tem solução", "para quê votar se é sempre a mesma coisa", etc. José Manuel Pureza explica que "há uma transposição para as comunidades cristãs da visão 'pecaminosa' da política que existe na sociedade, como o sítio em que se sujam as mãos e não onde se limpa a alma: isto tem vindo a contribuir muito para a própria degradação da vida política"."Os Bispos fazem bem em propor uma experiência e um olhar da vida política que a potencie como lugar de salvação e não como lugar de pecado, porque ela tem capacidades de transformação muito grandes", acrescenta.O tom do documento da CEP chegou, em certos momentos, a raiar a desilusão em relação aos políticos, acusados de promoverem "um processo contínuo de sublinhar as divergências e as dificuldades", chegando-se mesmo a afirmar: "não deixemos o futuro do nosso País só nas mãos dos políticos profissionais". Esta mudança do registo de análise surpreendeu José Manuel Pureza."A observação sobre os políticos profissionais tem a sua razão de ser, evidentemente, no sentido em que a observação dos factos leva a concluir que há um conjunto de pessoas que não faz outra coisa. O problema é que se vislumbra um estigma implícito que é posto sobre os políticos profissionais, que são muitos e muito diferentes uns dos outros", afirma.Vincando que a questão nesta área, como em qualquer outra, está em ser "bom ou mau profissional, pugnar ou não pelo bem comum", o nosso entrevistado insiste: "podemos correr o risco de cair numa visão redutora de 'povo limpo' e 'políticos profissionais sujos' e isso tem muito a ver com a dificuldade das comunidades cristãs em Portugal de valorizar a experiência política".»

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Reparei agora que o link que deixei no meu último texto na

«"Globalmente, o texto dos Bispos é uma convocatória, que enaltece o princípio da responsabilidade partilhada", refere à Agência ECCLESIA José Manuel Pureza, professor universitário e membro da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP). (...) Apesar da pertinência do desafio, o membro da CNJP alerta para uma "sombra", relativa ao facto de entender que "as comunidades cristãs estão pouco treinadas no pluralismo, têm ainda alguma alergia à diversidade política".

"Receio que, nesse trabalho, algumas comunidades marginalizem propostas e visões contrastantes, o que seria uma tragédia – independentemente das 'vítimas'. A perspectiva de que 'devíamos era ser todos do mesmo lado' não se deve sobrepor à pluralidade de caminhos e experiências como expressões diferentes de uma mesma fé", aponta.

O Conselho Permanente da CEP pediu que ninguém se esconda por detrás de desculpas habituais: "estamos cansados dos políticos", "isto não tem solução", "para quê votar se é sempre a mesma coisa", etc. José Manuel Pureza explica que "há uma transposição para as comunidades cristãs da visão 'pecaminosa' da política que existe na sociedade, como o sítio em que se sujam as mãos e não onde se limpa a alma: isto tem vindo a contribuir muito para a própria degradação da vida política".

"Os Bispos fazem bem em propor uma experiência e um olhar da vida política que a potencie como lugar de salvação e não como lugar de pecado, porque ela tem capacidades de transformação muito grandes", acrescenta.

O tom do documento da CEP chegou, em certos momentos, a raiar a desilusão em relação aos políticos, acusados de promoverem "um processo contínuo de sublinhar as divergências e as dificuldades", chegando-se mesmo a afirmar: "não deixemos o futuro do nosso País só nas mãos dos políticos profissionais". Esta mudança do registo de análise surpreendeu José Manuel Pureza.

"A observação sobre os políticos profissionais tem a sua razão de ser, evidentemente, no sentido em que a observação dos factos leva a concluir que há um conjunto de pessoas que não faz outra coisa. O problema é que se vislumbra um estigma implícito que é posto sobre os políticos profissionais, que são muitos e muito diferentes uns dos outros", afirma.

Vincando que a questão nesta área, como em qualquer outra, está em ser "bom ou mau profissional, pugnar ou não pelo bem comum", o nosso entrevistado insiste: "podemos correr o risco de cair numa visão redutora de 'povo limpo' e 'políticos profissionais sujos' e isso tem muito a ver com a dificuldade das comunidades cristãs em Portugal de valorizar a experiência política".» Reparei agora que o link que deixei no meu último texto na Terra da Alegria não está a funcionar. Aqui fica o ponteiro correcto para o documento dos bispos sobre as eleições . Aproveito para deixar ainda outra ligação para um texto da Comissão Nacional Justiça e Paz sobre o mesmo tema, intitulado "Propor a esperança, abrir portas a um futuro melhor" . E para terminar ficam algumas notas dum comentário ao documento dos bispos pelo José Manuel Pureza, em entrevista à Ecclesia:«"Globalmente, o texto dos Bispos é uma convocatória, que enaltece o princípio da responsabilidade partilhada", refere à Agência ECCLESIA José Manuel Pureza, professor universitário e membro da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP). (...) Apesar da pertinência do desafio, o membro da CNJP alerta para uma "sombra", relativa ao facto de entender que "as comunidades cristãs estão pouco treinadas no pluralismo, têm ainda alguma alergia à diversidade política"."Receio que, nesse trabalho, algumas comunidades marginalizem propostas e visões contrastantes, o que seria uma tragédia – independentemente das 'vítimas'. A perspectiva de que 'devíamos era ser todos do mesmo lado' não se deve sobrepor à pluralidade de caminhos e experiências como expressões diferentes de uma mesma fé", aponta.O Conselho Permanente da CEP pediu que ninguém se esconda por detrás de desculpas habituais: "estamos cansados dos políticos", "isto não tem solução", "para quê votar se é sempre a mesma coisa", etc. José Manuel Pureza explica que "há uma transposição para as comunidades cristãs da visão 'pecaminosa' da política que existe na sociedade, como o sítio em que se sujam as mãos e não onde se limpa a alma: isto tem vindo a contribuir muito para a própria degradação da vida política"."Os Bispos fazem bem em propor uma experiência e um olhar da vida política que a potencie como lugar de salvação e não como lugar de pecado, porque ela tem capacidades de transformação muito grandes", acrescenta.O tom do documento da CEP chegou, em certos momentos, a raiar a desilusão em relação aos políticos, acusados de promoverem "um processo contínuo de sublinhar as divergências e as dificuldades", chegando-se mesmo a afirmar: "não deixemos o futuro do nosso País só nas mãos dos políticos profissionais". Esta mudança do registo de análise surpreendeu José Manuel Pureza."A observação sobre os políticos profissionais tem a sua razão de ser, evidentemente, no sentido em que a observação dos factos leva a concluir que há um conjunto de pessoas que não faz outra coisa. O problema é que se vislumbra um estigma implícito que é posto sobre os políticos profissionais, que são muitos e muito diferentes uns dos outros", afirma.Vincando que a questão nesta área, como em qualquer outra, está em ser "bom ou mau profissional, pugnar ou não pelo bem comum", o nosso entrevistado insiste: "podemos correr o risco de cair numa visão redutora de 'povo limpo' e 'políticos profissionais sujos' e isso tem muito a ver com a dificuldade das comunidades cristãs em Portugal de valorizar a experiência política".»

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