Benfica: o tamanho é importante

21-05-2011
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O Futebol Clube do Porto, tal como tem acontecido nos últimos trinta anos, foi a melhor equipa e, consequentemente, alcançou mais um título de campeão nacional. Parabéns ao campeão!

É em momentos como este que todos – vencedores e derrotados – têm uma oportunidade de ouro para demonstrar grandeza, respeitando quem perde e elogiando quem ganha.

Como cidadão desejoso de viver num país civilizado, gostaria que o desporto, de uma maneira geral, fosse uma exibição de virtudes, mesmo sabendo que isso não é fácil, devido à mistura de elementos tão voláteis como a paixão ou a adrenalina. Em vez disso, o desporto é mais uma área em que impera o chico-espertismo, a estupidez tribal e a pequenez.

O que se passou no Estádio da Luz, ontem, no final do jogo, foi uma demonstração de pequenez e qualquer instituição, como qualquer pessoa, será sempre do tamanho das suas atitudes. O Benfica, clube de que sou adepto, encolheu mais um bocado e confirmou o desejo de se manter entre os piores. Já se sabe que aparecerão muitos benfiquistas a defender o indefensável, fazendo referências a comportamentos similares por parte do adversário de ontem e poderemos ouvir os nossos adversários a contrapor com outras histórias parecidas passadas anteontem, numa actualização vertiginosa da fábula do lobo e do cordeiro.

É certo que, se o futebol fosse uma ilha – ou, pelo menos, uma península – rodeada de grandeza, a preocupação seria menor. O problema é outro: o futebol é, ao mesmo tempo, causa e consequência de muito do que temos de pior. O país é do tamanho do futebol e o Benfica é do tamanho do país.

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O Futebol Clube do Porto, tal como tem acontecido nos últimos trinta anos, foi a melhor equipa e, consequentemente, alcançou mais um título de campeão nacional. Parabéns ao campeão!

É em momentos como este que todos – vencedores e derrotados – têm uma oportunidade de ouro para demonstrar grandeza, respeitando quem perde e elogiando quem ganha.

Como cidadão desejoso de viver num país civilizado, gostaria que o desporto, de uma maneira geral, fosse uma exibição de virtudes, mesmo sabendo que isso não é fácil, devido à mistura de elementos tão voláteis como a paixão ou a adrenalina. Em vez disso, o desporto é mais uma área em que impera o chico-espertismo, a estupidez tribal e a pequenez.

O que se passou no Estádio da Luz, ontem, no final do jogo, foi uma demonstração de pequenez e qualquer instituição, como qualquer pessoa, será sempre do tamanho das suas atitudes. O Benfica, clube de que sou adepto, encolheu mais um bocado e confirmou o desejo de se manter entre os piores. Já se sabe que aparecerão muitos benfiquistas a defender o indefensável, fazendo referências a comportamentos similares por parte do adversário de ontem e poderemos ouvir os nossos adversários a contrapor com outras histórias parecidas passadas anteontem, numa actualização vertiginosa da fábula do lobo e do cordeiro.

É certo que, se o futebol fosse uma ilha – ou, pelo menos, uma península – rodeada de grandeza, a preocupação seria menor. O problema é outro: o futebol é, ao mesmo tempo, causa e consequência de muito do que temos de pior. O país é do tamanho do futebol e o Benfica é do tamanho do país.

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