3 ... 2 ... 1 ...: "Violências"

19-12-2009
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Sempre achei que quando um pintor pinta um quadro o faz por gosto, coloca nele a sua visão do mundo e a sua interpretação; mesmo o mais amador ou o mais ignorado dos pintores podem apresentar obras de grande valor só pelo facto de virem de dentro deles.No entanto, outros pintores criam quadros unicamente para os tentarem vender e assim ganharem fama e tirarem proveito da situação.Hoje veio, uma vez mais, ao de cima a violência, neste caso na zona do Porto, onde um segurança foi assassinado, assim elevando para números algo preocupantes as mortes na noite da Invicta.Subitamente apareceu uma corrida de pintores, todos em grande velocidade carregando consigo as telas, pincéis e tintas, tentando conseguir o melhor lugar para pintar o quadro da situação.Arranjando logo uma posição, avançou nas pinceladas o pintor Luís Filipe Menezes. Optando pelos tons escuros, entre o negro e o cinzento escuro colocou a violência em Portugal ao nível do Afeganistão: "os idosos têm medo de sair de casa", "os pais têm medo de deixar as crianças irem sozinhas para a escola", "a violência é cada vez maior"…Resumindo o artista tenta vender um quadro dramático.Ao lado senta-se outro artista, este já com uma palete de cores mais leves.Antes de começar a pintar o artista, de seu nome José Magalhães, começa primeiro por criticar o quadro do vizinho."Quando está em causa a vida das pessoas, os treinadores de bancada não revelam qualquer utilidade para o trabalho de investigação que a polícia especializada no crime altamente organizado está a desenvolver em profundidade há semanas", disparou, complementando eu que para critico de arte não está mal.Centrado no seu quadro, eis que da paleta saem cores claras e brilhantes: "O Executivo está empenhado em criar condições para que as forças e serviços de segurança tenham êxito na sua missão de prevenir e reprimir actividades delituosas," e que esta violência são casos isolados, estando perfeitamente contida, finalizando que a PJ está em cima dos acontecimentos.Outro artista menos dotado na arte da pintura e com a mania de cineasta, o social-democrata Marco António, apresentou a situação em forma de filme, falando numa "reedição de Chicago dos anos 30" e numa actuação governamental que "transmite uma imagem de impunidade para quem pratica" os crimes.Mais uma vez fica provado que tudo serve como arma de arremesso político, tudo depende da perspectiva e da posição de cada um ao olhar para o quadro da situação.O que é igual para todos é que estamos perante um fenómeno, a violência, que tem vindo a aumentar e tomando proporções preocupantes.De certeza que não é algo de novo, antes o avanço para o degrau seguinte onde os criminosos deixam de ter medo de agir à vista de todos, onde o sentimento de impunidade aumenta e o crime violento aparece em cada esquina.Tudo originado por uma nova forma de olhar para as polícias e o sistema de Justiça.Uma força policial mal formada, mal preparada, com falta de meios, seja em números de efectivos, seja em equipamento, etc. Evidentemente que quem acaba por sofrer com este problema são os próprios membros das forças policiais e por consequência o cidadão.Depois um sistema de justiça lento, obsoleto, muitas vezes ineficaz, onde julgamentos se arrastam no tempo, onde os arquivamentos fazem parte do dia-a-dia, onde os recursos escasseiam em variadíssimos aspectos, é evidentemente um sistema que não mete medo nem respeito a ninguém.Claro que também não podemos entrar em pânicos desmedidos, vendo o mal em todo o lado. Apesar de o sistema não estar bem, ainda se sente algum sentimento de segurança; pelo menos eu ainda sinto, mas isso deve ser por viver na "aldeia".O que seria de pedir era a união de esforços das diferentes forças políticas com o objectivo de criar mais segurança, mais confiança, por parte dos cidadãos, no sistema.Pedir também que deixassem de aproveitar tudo o que aparece para o transformar em jogos políticos que só desprestigiam quem neles entra.Resumidamente, ter capacidade para ver que existe algo mais do que partidos políticos.Desta vez fui eu que pintei um quadro… e ainda por cima, no meu caso, pinto "utopias"!


Sempre achei que quando um pintor pinta um quadro o faz por gosto, coloca nele a sua visão do mundo e a sua interpretação; mesmo o mais amador ou o mais ignorado dos pintores podem apresentar obras de grande valor só pelo facto de virem de dentro deles.No entanto, outros pintores criam quadros unicamente para os tentarem vender e assim ganharem fama e tirarem proveito da situação.Hoje veio, uma vez mais, ao de cima a violência, neste caso na zona do Porto, onde um segurança foi assassinado, assim elevando para números algo preocupantes as mortes na noite da Invicta.Subitamente apareceu uma corrida de pintores, todos em grande velocidade carregando consigo as telas, pincéis e tintas, tentando conseguir o melhor lugar para pintar o quadro da situação.Arranjando logo uma posição, avançou nas pinceladas o pintor Luís Filipe Menezes. Optando pelos tons escuros, entre o negro e o cinzento escuro colocou a violência em Portugal ao nível do Afeganistão: "os idosos têm medo de sair de casa", "os pais têm medo de deixar as crianças irem sozinhas para a escola", "a violência é cada vez maior"…Resumindo o artista tenta vender um quadro dramático.Ao lado senta-se outro artista, este já com uma palete de cores mais leves.Antes de começar a pintar o artista, de seu nome José Magalhães, começa primeiro por criticar o quadro do vizinho."Quando está em causa a vida das pessoas, os treinadores de bancada não revelam qualquer utilidade para o trabalho de investigação que a polícia especializada no crime altamente organizado está a desenvolver em profundidade há semanas", disparou, complementando eu que para critico de arte não está mal.Centrado no seu quadro, eis que da paleta saem cores claras e brilhantes: "O Executivo está empenhado em criar condições para que as forças e serviços de segurança tenham êxito na sua missão de prevenir e reprimir actividades delituosas," e que esta violência são casos isolados, estando perfeitamente contida, finalizando que a PJ está em cima dos acontecimentos.Outro artista menos dotado na arte da pintura e com a mania de cineasta, o social-democrata Marco António, apresentou a situação em forma de filme, falando numa "reedição de Chicago dos anos 30" e numa actuação governamental que "transmite uma imagem de impunidade para quem pratica" os crimes.Mais uma vez fica provado que tudo serve como arma de arremesso político, tudo depende da perspectiva e da posição de cada um ao olhar para o quadro da situação.O que é igual para todos é que estamos perante um fenómeno, a violência, que tem vindo a aumentar e tomando proporções preocupantes.De certeza que não é algo de novo, antes o avanço para o degrau seguinte onde os criminosos deixam de ter medo de agir à vista de todos, onde o sentimento de impunidade aumenta e o crime violento aparece em cada esquina.Tudo originado por uma nova forma de olhar para as polícias e o sistema de Justiça.Uma força policial mal formada, mal preparada, com falta de meios, seja em números de efectivos, seja em equipamento, etc. Evidentemente que quem acaba por sofrer com este problema são os próprios membros das forças policiais e por consequência o cidadão.Depois um sistema de justiça lento, obsoleto, muitas vezes ineficaz, onde julgamentos se arrastam no tempo, onde os arquivamentos fazem parte do dia-a-dia, onde os recursos escasseiam em variadíssimos aspectos, é evidentemente um sistema que não mete medo nem respeito a ninguém.Claro que também não podemos entrar em pânicos desmedidos, vendo o mal em todo o lado. Apesar de o sistema não estar bem, ainda se sente algum sentimento de segurança; pelo menos eu ainda sinto, mas isso deve ser por viver na "aldeia".O que seria de pedir era a união de esforços das diferentes forças políticas com o objectivo de criar mais segurança, mais confiança, por parte dos cidadãos, no sistema.Pedir também que deixassem de aproveitar tudo o que aparece para o transformar em jogos políticos que só desprestigiam quem neles entra.Resumidamente, ter capacidade para ver que existe algo mais do que partidos políticos.Desta vez fui eu que pintei um quadro… e ainda por cima, no meu caso, pinto "utopias"!

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