D.José I-25º Rei de Portugal: O Processo dos Távoras(II)

20-05-2011
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A acusação formulada no julgamento que se seguiu e que decorreu nos primeiros dias do mês de Janeiro de 1759, foram baseadas nas confissões do Duque de Aveiro D.José de Mascarenhas,Concluiu-se daí que réu fora movido por questões das comendas da casa de Aveiro, insinuando-se que dado o seu poderio o duque de Aveiro, "já não tinha mais para subir, se não para o trono sendo Rei".A acusação compunha a aproximação aos jesuítas, após a expulsão daqueles do paço, ordenada por Sebastião José, coligando-se todos na oposição ao Rei e envolvendo nessa conjugação a marquesa de Távora, D.Leonor.Aliás a condenação da "marquesa velha" (assim era referenciada), servia para estabelecer a culpabilidade dos jesuítas, onde Gabriel Malagrida funcionava como seu líder espiritual e também a única forma de extinguir a casa do Távoras, pois fora ela e não o seu marido, que sucedera nos respectivos morgados, títulos e bens.A sentença final foi proferida, a 12 de Janeiro de 1759, no Palácio da Ajuda, considerando o veredicto que todos os réus eram, de facto, culpados. O Duque de Aveiro, os marqueses velhos de Távora, seus filhos Luís Bernardo e José Maria e o Conde de Atouguia foram condenados à pena capital. O mesmo sucedeu com Brás José Romeiro, João Miguel, Manuel Alves, António Alves Ferreira e José Policarpo de Azevedo.Os Távoras negaram todas as acusações, mas foram condenados à morte. Os seus bens foram confiscados pela coroa, o seu nome apagado da nobreza e os brasões familiares foram proibidos. A varonia Távora e morgadio foram então transferidos para a casa dos condes de São Vicente. A sentença ordenou a execução de todos, incluindo mulheres e crianças. Apenas as intervenções da Rainha Mariana e de Maria Francisca, a herdeira do trono, salvaram a maioria deles. A marquesa, porém, não seria poupada.(continua noutro post a execução dos condenados)*******Outros acontecimentos*********Março-Fundação da Real Fábrica de Chapéus em PombalLocalizada a três quilómetros de Pombal, a Quinta da Gramela é hoje propriedade particular. Em 1759 era constituída por casas térreas e só posteriormente é construído o solar, com uma capela adjacente. Aqui funcionou a Fábrica de Chapéus de Pombal.Abril,11-Elevação da vila de Aveiro à categoria de cidadeEm sessão da Câmara Municipal, e estando presentes a nobreza e muito povo, João de Sousa Ribeiro da Silveira fez entrega da carta que elevou Aveiro à categoria de cidade.Feita a publicação, saíram todos para a vizinha igreja matriz, onde se celebrava neste mesmo dia a festa de S. Miguel, e, ainda de manhã, «se cantou com boa música uma Missa solene e orou com admirável estilo o M.R.P.M. Frei Bernardo de S. José Magalhães, da Sagrada Religião dos Pregadores»; de tarde, «cantou-se o te-deum e se fizeram várias preces pela duração da vida, saúde e felicidades do nosso ínclito Soberano, a que se seguiu uma pomposa procissão por várias ruas, que estavam vistosamente ornamentadas».As demonstrações de alegria, com «luminárias, iluminações de diferentes artifícios e encamisadas de primorosa ideia», continuaram nos dias seguintes; além disso, «correram em algumas tardes touros e tudo se fez com galantaria e grandeza» (Gazeta de Lisboa, n.º 44, 1-11-1759; Padre João Vieira Resende, Monografia da Gafanha, pgs. 171-172; Arquivo, I, pgs. 21-27) –Abril,19-Criação da Aula de ComércioO ISCAL orgulha-se de ter uma história marcada pela tradição e pelo rigor académicos. Por isso relembra o seu passado para melhor projectar o seu futuro que quer construir.Na segunda metade do século XVIII foi criada pelo Marquês de Pombal a "Aula do Comércio" (Alvará de 19 de Maio de 1759), há cerca de 240 anos. Passaram então a ministrar-se "lições de aritmética, de pesos e medidas das diversas praças comerciais, de câmbios, de seguros e de escrituração comercial", com vista a dotar profissionais competentes para as organizações de negócios, cuja falta se fazia sentir. Esta sua perspectiva faz com que seja o Marquês de Pombal justamente considerado um dos primeiros micro economistas do mundo.O Curso, com duração de três anos, era ministrado por "lentes" (aquele que lê, professores …) cujo primeiro foi JOÃO HENRIQUE SOUSA e frequentado essencialmente por filhos de homens de negócios e também por escolares sem recursos. O primeiro Curso iniciou-se em 1 de Setembro de 1759 e o interesse foi de tal ordem que o numero previsto de 50 alunos foi largamente ultrapassado, facto que já em 1765 obrigou a fixação do «numerus clausus» em 200 alunos ao candidatarem-se a primeira matricula. Muitos nomes ilustres passaram pela Aula do Comércio sendo de salientar ALEXANDRE HERCULANO, e o diplomata CIPRIANO RIBEIRO FREIRE, o 1º BARÃO DE QUINTELA, autor do Dicionário Bibliográfico Português, e INOCÊNCIO FRANCISCO DA SILVA. Créditos : Iscal


A acusação formulada no julgamento que se seguiu e que decorreu nos primeiros dias do mês de Janeiro de 1759, foram baseadas nas confissões do Duque de Aveiro D.José de Mascarenhas,Concluiu-se daí que réu fora movido por questões das comendas da casa de Aveiro, insinuando-se que dado o seu poderio o duque de Aveiro, "já não tinha mais para subir, se não para o trono sendo Rei".A acusação compunha a aproximação aos jesuítas, após a expulsão daqueles do paço, ordenada por Sebastião José, coligando-se todos na oposição ao Rei e envolvendo nessa conjugação a marquesa de Távora, D.Leonor.Aliás a condenação da "marquesa velha" (assim era referenciada), servia para estabelecer a culpabilidade dos jesuítas, onde Gabriel Malagrida funcionava como seu líder espiritual e também a única forma de extinguir a casa do Távoras, pois fora ela e não o seu marido, que sucedera nos respectivos morgados, títulos e bens.A sentença final foi proferida, a 12 de Janeiro de 1759, no Palácio da Ajuda, considerando o veredicto que todos os réus eram, de facto, culpados. O Duque de Aveiro, os marqueses velhos de Távora, seus filhos Luís Bernardo e José Maria e o Conde de Atouguia foram condenados à pena capital. O mesmo sucedeu com Brás José Romeiro, João Miguel, Manuel Alves, António Alves Ferreira e José Policarpo de Azevedo.Os Távoras negaram todas as acusações, mas foram condenados à morte. Os seus bens foram confiscados pela coroa, o seu nome apagado da nobreza e os brasões familiares foram proibidos. A varonia Távora e morgadio foram então transferidos para a casa dos condes de São Vicente. A sentença ordenou a execução de todos, incluindo mulheres e crianças. Apenas as intervenções da Rainha Mariana e de Maria Francisca, a herdeira do trono, salvaram a maioria deles. A marquesa, porém, não seria poupada.(continua noutro post a execução dos condenados)*******Outros acontecimentos*********Março-Fundação da Real Fábrica de Chapéus em PombalLocalizada a três quilómetros de Pombal, a Quinta da Gramela é hoje propriedade particular. Em 1759 era constituída por casas térreas e só posteriormente é construído o solar, com uma capela adjacente. Aqui funcionou a Fábrica de Chapéus de Pombal.Abril,11-Elevação da vila de Aveiro à categoria de cidadeEm sessão da Câmara Municipal, e estando presentes a nobreza e muito povo, João de Sousa Ribeiro da Silveira fez entrega da carta que elevou Aveiro à categoria de cidade.Feita a publicação, saíram todos para a vizinha igreja matriz, onde se celebrava neste mesmo dia a festa de S. Miguel, e, ainda de manhã, «se cantou com boa música uma Missa solene e orou com admirável estilo o M.R.P.M. Frei Bernardo de S. José Magalhães, da Sagrada Religião dos Pregadores»; de tarde, «cantou-se o te-deum e se fizeram várias preces pela duração da vida, saúde e felicidades do nosso ínclito Soberano, a que se seguiu uma pomposa procissão por várias ruas, que estavam vistosamente ornamentadas».As demonstrações de alegria, com «luminárias, iluminações de diferentes artifícios e encamisadas de primorosa ideia», continuaram nos dias seguintes; além disso, «correram em algumas tardes touros e tudo se fez com galantaria e grandeza» (Gazeta de Lisboa, n.º 44, 1-11-1759; Padre João Vieira Resende, Monografia da Gafanha, pgs. 171-172; Arquivo, I, pgs. 21-27) –Abril,19-Criação da Aula de ComércioO ISCAL orgulha-se de ter uma história marcada pela tradição e pelo rigor académicos. Por isso relembra o seu passado para melhor projectar o seu futuro que quer construir.Na segunda metade do século XVIII foi criada pelo Marquês de Pombal a "Aula do Comércio" (Alvará de 19 de Maio de 1759), há cerca de 240 anos. Passaram então a ministrar-se "lições de aritmética, de pesos e medidas das diversas praças comerciais, de câmbios, de seguros e de escrituração comercial", com vista a dotar profissionais competentes para as organizações de negócios, cuja falta se fazia sentir. Esta sua perspectiva faz com que seja o Marquês de Pombal justamente considerado um dos primeiros micro economistas do mundo.O Curso, com duração de três anos, era ministrado por "lentes" (aquele que lê, professores …) cujo primeiro foi JOÃO HENRIQUE SOUSA e frequentado essencialmente por filhos de homens de negócios e também por escolares sem recursos. O primeiro Curso iniciou-se em 1 de Setembro de 1759 e o interesse foi de tal ordem que o numero previsto de 50 alunos foi largamente ultrapassado, facto que já em 1765 obrigou a fixação do «numerus clausus» em 200 alunos ao candidatarem-se a primeira matricula. Muitos nomes ilustres passaram pela Aula do Comércio sendo de salientar ALEXANDRE HERCULANO, e o diplomata CIPRIANO RIBEIRO FREIRE, o 1º BARÃO DE QUINTELA, autor do Dicionário Bibliográfico Português, e INOCÊNCIO FRANCISCO DA SILVA. Créditos : Iscal

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