ABNEGADO: O COMPANHEIRO VASCO

20-01-2011
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Hoje, no jornal Público, Vasco Pulido Valente decidiu dedicar a sua coluna à “análise” do candidato Manuel Alegre.

De todo o escrito conceda-se que tem alguma razão quando refere ter Alegre desapontado (não pelas razões que aduz, mas por que ainda não foi capaz de transmitir de forma cabal, nas suas prestações televisivas, as ideias e propostas que trouxe para esta campanha).

Todavia, a “análise” de Pulido Valente pretende apenas ser uma forma gratuita de denegrir Manuel Alegre. Na verdade, Valente socorre-se de dois argumentos (que considerará demolidores) para justificar a “irrelevância” de Alegre, “explicando” que a sua prestação televisiva “mostrou que não sabe nada de nada”; por outro lado, o articulista entende que sendo deputado e membro do PS, Alegre não pode reclamar “independência”.

Descontando a banalidade dos argumentos, conviria não esquecer alguns pormenores para evitar uma obnubilação da “análise”. Em 1995 Vasco Pulido Valente participou nas listas do PSD às eleições legislativas, em debate televisivo com José Magalhães não foi capaz de ir além das generalidades e confrangedora ignorância (sobretudo quando assegurou ser o ordenado mínimo 17 contos, quando na altura rondava 60 mil escudos), entretanto, a sua prestação como deputado no consolado de Fernando Nogueira não deixou registo relevante (para ser caridoso na apreciação).

Pulido Valente coloca-se numa posição desconfortável: acreditando efectivamente no seu método de avaliação, não ignorará que o mesmo deverá aplicar-se também à sua excelsa pessoa. Assim, tendo em conta a sua prestação televisiva somos forçados a inferir que o articulista “não sabe nada de nada” (utilizando a sua própria terminologia pueril). Por outro lado, suportando-nos na sua experiência como deputado, não poderemos concluir senão pela sua falta de “independência”.

À luz dos seus próprios critérios, a “análise” de Pulido Valente seria “irrelevante” e contraditória. Sucede, que não é correcto seguir esse fio de raciocínio.

O cronista consegue, certamente, fazer bastante melhor do que apenas esta peça esforçada ao estílo de um companheiro Vasco.

Hoje, no jornal Público, Vasco Pulido Valente decidiu dedicar a sua coluna à “análise” do candidato Manuel Alegre.

De todo o escrito conceda-se que tem alguma razão quando refere ter Alegre desapontado (não pelas razões que aduz, mas por que ainda não foi capaz de transmitir de forma cabal, nas suas prestações televisivas, as ideias e propostas que trouxe para esta campanha).

Todavia, a “análise” de Pulido Valente pretende apenas ser uma forma gratuita de denegrir Manuel Alegre. Na verdade, Valente socorre-se de dois argumentos (que considerará demolidores) para justificar a “irrelevância” de Alegre, “explicando” que a sua prestação televisiva “mostrou que não sabe nada de nada”; por outro lado, o articulista entende que sendo deputado e membro do PS, Alegre não pode reclamar “independência”.

Descontando a banalidade dos argumentos, conviria não esquecer alguns pormenores para evitar uma obnubilação da “análise”. Em 1995 Vasco Pulido Valente participou nas listas do PSD às eleições legislativas, em debate televisivo com José Magalhães não foi capaz de ir além das generalidades e confrangedora ignorância (sobretudo quando assegurou ser o ordenado mínimo 17 contos, quando na altura rondava 60 mil escudos), entretanto, a sua prestação como deputado no consolado de Fernando Nogueira não deixou registo relevante (para ser caridoso na apreciação).

Pulido Valente coloca-se numa posição desconfortável: acreditando efectivamente no seu método de avaliação, não ignorará que o mesmo deverá aplicar-se também à sua excelsa pessoa. Assim, tendo em conta a sua prestação televisiva somos forçados a inferir que o articulista “não sabe nada de nada” (utilizando a sua própria terminologia pueril). Por outro lado, suportando-nos na sua experiência como deputado, não poderemos concluir senão pela sua falta de “independência”.

À luz dos seus próprios critérios, a “análise” de Pulido Valente seria “irrelevante” e contraditória. Sucede, que não é correcto seguir esse fio de raciocínio.

O cronista consegue, certamente, fazer bastante melhor do que apenas esta peça esforçada ao estílo de um companheiro Vasco.

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