Abencerragem: Antologia Improvável #390

26-05-2011
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RETRATOAh, Senhor, por que não sermosamados pelo que somos,e sim pelo que nos sonham?Os mais prementes anseiosabandonamos na vida.Resta a mágoa adquirida.Com que torturado esfôrçoarrastamos o que temospara fora da moldura!Para que o olhar amado resplandeça de ternura,há que ser outro o retrato.A mágoa de não nos sermosguardemos adormecida.Para não manchar a telatôda lágrima guardemos.E que as ondas dêsse prantoembalem tamanha perda.Ah, Senhor, nessa premênciade termos o que nos trazem,de sermos o que nos sonham,afinal o que é que somos?Somos o vasto silêncioda solidão que nos fazem.Pastoral / A Nova Poesia Brasileira(edição de Alberto da Costa e Silva)


RETRATOAh, Senhor, por que não sermosamados pelo que somos,e sim pelo que nos sonham?Os mais prementes anseiosabandonamos na vida.Resta a mágoa adquirida.Com que torturado esfôrçoarrastamos o que temospara fora da moldura!Para que o olhar amado resplandeça de ternura,há que ser outro o retrato.A mágoa de não nos sermosguardemos adormecida.Para não manchar a telatôda lágrima guardemos.E que as ondas dêsse prantoembalem tamanha perda.Ah, Senhor, nessa premênciade termos o que nos trazem,de sermos o que nos sonham,afinal o que é que somos?Somos o vasto silêncioda solidão que nos fazem.Pastoral / A Nova Poesia Brasileira(edição de Alberto da Costa e Silva)

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